(INFORMAÇÕES DO PROGRAMA
(Capa)
ESCOLA DE MULHERES
de Molière
(Verso da Capa – Anúncio Cruzeiros Linea C)
(Página 1)
Cooperativa Paulista de Teatro
apresenta
Escola de Mulheres
de Molière
Tradução de Millôr Fernandes
Cenário de Elifas Andreato
Direção de Roberto Lage
(Página 02 – Anúncio Lua de Tomate Restaurante e Mont Hermon Flat Service)
(Páginas 03a 05 – Fotos do Elenco e Equipe)
(Páginas 06 e 07 – Fotos do Elenco)
Cooperativa Paulista de Teatro
apresenta
Escola de Mulheres
de Molière
Ana Maria Braga
Andrea L’Abbate
Ary França
Elias Andreato
Juçara de Morais
Mauro de Almeida
Autor: Molière
Tradutor: Millôr Fernandes
Diretor: Roberto Lage
Assistente de Direção: Fernando Jacon
Cenário e Figurinos: Elifas Andreato
Programação Visual: Elifas Andreato
Direção Musical: Tunica
Composição e Arranjo: Servulo Augusto
Fotografia: Lau Polinésio
Divulgação: Patrícia Gaspar
Criação de Luz: Roberto Lage, Antonio Bezerra
Cenotécnico: Jarbas Lotto
Assessoria de Marketing: Regina Datti, Patrícia Fiori, Gonçalves Ramos
Programa: Marketing Teatral
Costureira: Alice Correa
(Página 08 – Anúncios Hidrobrasileira S.A., Fantasy Hairdressers e Kapta Manequins)
(Página 09 – Fotos Equipe)
(Página 10)
Escola de Mulheres
de Molière
O Autor e sua obra
Imortalizado como Molière, Jean-Baptiste Poquelin nasceu em Paris a 15 de janeiro de 1622. Após os primeiros estudos, com os jesuítas de Clermont, licenciou-se em direito pela Universidade de Orléans, preparando-se para assumir o cargo do pai, tapeceiro e camareiro real, que era hereditário.
Seu interesse por teatro nasceu das representações dos cômicos da feira, das tragédias de Corneille e dos espetáculos da Comédia dell’Arte, gênero teatral italiano, raízes populares, baseado na improvisação e na expressão corporal dos atores. A amizade com um dos chefes dessas companhias, Tibério Fiurelli, famoso como Scaramouche, aproximou-o dos segredos do palco. A leitura de Plauto e Terêncio, comediógrafos clássicos romanos, também lhe forneceu muitos temas.
Quando em 1643, Jean-Baptiste renunciou ao cargo que o esperava, adotou o pseudônimo de Molière e passou a dedicar-se inteiramente ao teatro, como diretor, autor e ator. Com a atriz Madeleine Béjart, cuja irmã ou filha ilegítima, Armande, desposaria em 1662, fundou o Teatro Ilustre, que faliu em 1645, acarretando sua prisão por dívidas. Solto, excursionou com Madeleine numa companhia ambulante, até formar seu próprio grupo e estrear em 1653 seu primeiro texto, O Atarantado, no palácio do Príncipe de Conti.
Nas suas andanças pelo interior, Molière havia de tal modo aperfeiçoado o poder de observação dos costumes, que obteve sucesso em Paris, em 1658, ao apresentar para a corte uma tragédia de Corneille , Nicomedes, e uma farsa de sua autoria, O Doutor Enamorado. Faça-nos rir, Molière, pediu o jovem rei Luís XIV no final do espetáculo, decidindo praticamente a carreira do artista.
Com o êxito, vem o patrocínio real, pensão e palco permanentes, e Molière passa a escrever em prosa ou verso suas sátiras sociais, fustigando a hipocrisia e pedantismo, as pretensões desmedidas dos cortesãos. De 1659 a 1662, sucedem-se As Preciosas Ridículas, Sganarelo, Escola de Maridos e Escola de Mulheres. Escreve O Tartufo, em 1664, proibido pelo rei por ofender a moral cristã. Uma versão suavizada, O Impostor, foi liberada cinco anos mais tarde, porém Molière continuou satirizando a religião e a sociedade burguesa em Dom Juan, 1665, O Burguês . Fidalgo, 1670, etc.
Em fevereiro de 1673, representando como de hábito o papel central de O Doente Imaginário, Molière sentiu-se mal no palco e morreu poucas horas depois, deixando a comédia francesa elevada ao nível de arte completa e definitiva. Uma arte extremamente mordaz, porém tolerante com os erros humanos, pregando o bom senso ditado pela natureza.
(Página 11 – Anúncio VASP)
Molière, Século XX?
Gostaríamos de realizar um teatro de acesso simples e imediato, mas com uma problemática intrínseca, e Molière toca pois todos os públicos. Para tanto, utiliza a mais variada gama da comicidade.
Para o homem de hoje, Molière parece ser em primeiro lugar, o riso saudável e franco, a alegria de viver, a crítica, sem maldade, mas também sem complacência. Mas a arte de Molière tem condão de nos despistar nas suas veredas aparentemente sem compromisso: ultrapassando o plano puramente cômico, alça-se a um nível de análise da essência da natureza humana. Tudo isso dentro de um clima de generosidade e de pureza que torna a sua lição comovedora.
Com Molière, o cômico atingiu um novo nível. O filão passou a ser outro, em que o irrisório da vida quotidiana vem já misturado ao burlesco da natureza humana. Molière atinge a grande comédia com Escola de Mulheres. Obra corajosa e arrojada é a primeira das suas peças de tese e inaugura essa dignificação do cômico tão cara a Molière, essa tentativa de colocação da comédia no mesmo plano que a tragédia, que o autor sempre quererá realizar. A verdade é que cada época tem o seu Molière, cada país dá-lhe uma nova dimensão, cada público encontra nele uma resposta às suas próprias inquietações.
. Paris, 1622 -1672
Molière, que como poucos viveu o teatro integralmente, foi autor, ator, encenador e administrador da sua própria companhia, parece ter levado consigo o segredo do divertimento que, sendo aparentemente gratuito, põe em jogo toda a condição humana.
(Página 12)
Agradecimentos
Dr. Sérgio Vieira da Motta, Renato Borghi, Regina de Souza Malheiros, Luiz Roberto Zanotti, Bubby e Fernando – Vasp, Paulo matos, Adel Auada, Olivia e Isabel, Carlos Augusto Batalha, Walcir Carrasco, Clarice Blat, Cesar Prates Castanho Jr., Divisão das Casas de Espetáculos, Geisa de Almeida Gama Klass, Silvana de Faria
(Verso da Última Página – Anúncios Camisas Voyeur e Vodka Sputnik)
(Última Capa – Anúncio Vinho Château Renom)