(INFORMAÇÕES DO RELEASE)
Grupo de Teatro Pede Chinelo
A Estória dos Meninos de Ferro nasceu como um dos muitos exercícios que temos praticado, na busca de uma linguagem e forma de vincular o teatro ao público (geral), mantendo uma proximidade com a nossa realidade sociocultural.
O maior empreendimento é a nossa força de trabalho. Estamos, com esse espetáculo, começando a descobrir e pratica fantoches, como continuidade da nossa experiência em teatro.
Quisemos nós mesmos confeccionar todo o material de cena, sem imitarmos bonecos e brinquedos sofisticados. Fizemos uso de todo material a nossa volta que pudesse se transformar numa peça útil, coerente e viva no contexto.
Pensamos que os atraentes brinquedos coloridos dos bazares e magazin’s encantam, porém possuem um efeito inibitório na criatividade, na maior parte das vezes.
Pensamos que o valor do nosso trabalho está não no “belo extraordinário”, mas na criatividade simples que conseguimos com determinado empenho. Aliás, é isso exatamente o que queremos estimular, pois cremos que a criança nos grandes centros urbanos está cada vez mais passiva diante de brinquedos comprados e imagens televisivas, formando-se homens poucos criativos (mecânicos e repetidores).
Buscando aprofundar nossa proposta de relacionamento não distanciado da arte com o público, tentamos desenvolver entre plateia, atores e bonecos uma aproximação sempre crescente e que possa vir até a gerar opiniões variadas do público, seja ele adulto ou infantil. Inicia-se esse processo desde do momento em que chegamos ao local da mostra; estende-se pela preparação da cena – com lençol, corda, grampos de secador de roupas e música – indo até o desenrolar do trabalho de teatro propriamente dito, desembocando num novo contato com a plateia quando o teatrinho “finda”. Só que para nós, não finda!
Quanto ao conteúdo, preocupamo-nos em desenvolver a simplicidade das relações entre os personagens. Objetivo nosso foi também mostrar uma festa rural (ou quase), caseira, num trabalho bastante caseiro, artesanal. Não deixamos de mostrar a solidariedade e a prática coletiva, coisa que, aliás, buscamos exercitar sempre.
Temos nos apresentado em escolas, festas de aniversário, empresas, associações, etc. – tanto na zona sul quanto na zona periférica – na tentativa de atingir plateias diversas e aprender com tal experiência, acumulando, através de discussões e troca de ideias, um aprimoramento, não só …dos Meninos de Ferro, mas também para o todo do trabalho que buscamos desenvolver, como expressão artística do nosso entendimento da realidade e da sua transformação.
Regina Gutman
José da Costa (Diretor)
Apresentações
Em Centro Culturais e Recreativos desde a estreia do trabalho
05.10.1979 – Abrigo Tereza de Jesus, Rua Ibituruna, 53, Tijuca
25.11.1979 – Centro Cultural Baukus, Rua Jardim Botânico, 635/203, Jd. Botânico
29.11.1979 – Colégio Cruzeiro (cruzeirinho), Rua são clemente, 348 – Botafogo
01.12.1979 – Serpros – Ases – Associação de Empregados, Rua Gal. Canabarro, 578 – Maracanã
02.12.1979 – Conjunto Habitacional de Irajá, Rua Monsenhor Félix, s/nº
11.01.1980 – Teatro Cacilda Becker, rua do Catete, 338 (Ensaio Aberto)
05.02.1980 – Colônia de Férias do SESC, Praia de Copacabana
15.03.1980 – Teatro Cacilda Becker, dentro da Jornada de Teatro Alternativo
30.03.1980 – Tombos Esportivo Social Club (TESC)