(INFORMAÇÕES DO PROGRAMA)
(Capa)
E DEUS CRIOU A VAROA
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Notas rápidas sobre os autores
Bíblia: é o repositório dos textos sagrados do judaísmo e do cristianismo e provavelmente a coleção de escritos que maior influência exerceu sobre a história da humanidade.
O Gênesis é um livro sobre o começo: a criação do universo e da raça humana; segue-se a história da queda no pecado e a sequência de acontecimentos que levam ao dilúvio e o novo começo.
Eurípedes (486 – 407 A.C.): um dos grandes mestres da tragédia grega. Quando jovem, foi atleta, tendo como tal recebido vários prêmios. Sua primeira tragédia (desaparecida) data de 455. Consideram os estudiosos que tenha escrito mais de
90 peças, mas apenas 18 chegaram até nossos dias. São elas: Alceste, Medéa, Hipólito, Hecuba, Andrômaca, Íon, As Suplicantes, Heracleidae, Hércules Louco, Ifigênia em Taurida, Helena Eletra, Orestes, Ifigênia em Aulida, As Virgens Fenícias, As Bacantes, Cic-plope e As Troianas.
Suas obras possuem uma construção dramática perfeita e talvez o mais humano dos três grandes autores trágicos gregos é ainda hoje o mais representado.
Gil Vicente (1465 -1536): humilde de nascimento, certamente passou sua infância numa das aldeias do norte de Portugal, como ourives chegou à corte e mereceu os favores da rainha Leonor depois de ter recitado para ela um monólogo em espanhol que foi o primitivo Auto da Visitação.
Durante os 34 anos seguintes tornou-se uma espécie de poeta oficial que seguia a corte para onde quer que ela fosse. Deixou 44 peças: 11 em espanhol, 14 em português e as restantes bilíngues. Seus retratos concisos de camponeses, religiosos e cortesãos, mostram os atributos do gênio que era e ficarão para sempre na literatura.
Algumas de suas obras: Exortação da Guerra, Auto da Feira, Auto da Alma, Auto da Barca do Inferno, Farsa de Inês Pereira e Auto de Mofina Mendes.
Camões (1524-1580): é o maior português. Sua obra mais conhecida é o poema épico –Os Lusíadas – publicado em Lisboa em 1572. Viveu vários anos na Índia, trabalhando para o governo, mas era tão pobre, que segundo cronistas da época, seus amigos precisavam lhe dar dinheiro para ter o que comer. Interessou-se pelo teatro como mera curiosidade e maneira de recreação, deixando três autos: Enfatriões, El-Rei Seleuco e Filodemo.
Cervantes (1547-1616): autor de romances, peças de teatro e poesias, foi também soldado, tendo participado da Batalha de Lepanto, onde recebeu três tiros, um dos quais deixou sua mão esquerda defeituosa para sempre. “Para maior glória da direita” costumava ele dizer.
Teve uma vida cheia de aventuras e dificuldades, apesar de ter publicado em 1605 o Dom Quixote que fez enorme sucesso, com várias edições seguidas, inclusive em Bruxelas, Lisboa, Madri e Milão
Outras obras: 12 Novelas Exemplares, Persilles e Sigismunda, e diversas comédias e entremeses.
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Shakespeare (1564 -1616): o maior dramaturgo que jamais apareceu, suas obras conservam hoje o mesmo interesse de quando foram escritas.
Aos 18 anos casa-se com uma mulher oito anos mais velha do que ele, até aos 28 anos pouco se sabe de sua vida, quando então aparece como ator e dramaturgo em ascensão. Durante 15 anos trabalha constantemente para a mesma companhia, atuando e escrevendo peças, deixando uma obra vastíssima, onde são mais conhecidas as seguintes: Hamlet, Otelo, Macbeth, Rei Lear, A Megera Domada, Romeu e Julieta, Sonho de Uma Noite de Verão, A tempestade, O Mercador de Veneza e Antonio e Cleópatra
Molière (1622-1673): seu nome verdadeiro, era Jean Baptiste Poquelin, mas como os parentes não gostavam que alguém da família fizesse teatro, mudou de nome. Formou-se em advocacia e sucedeu seu pai no cargo de tapeceiro do rei, mas abandonou tudo para formar um grupo de teatro que durante vários anos viajou, por toda a França até que finalmente em 1665 passou a ser chamada “La Troupe du Rei”, mantendo-se nesse posto até a morte.
Um dos maiores autores de comédia de todos os tempos, escreveu 30 peças, das quais as mais famosas são: O Misantropo, Tartufo, O Burguês Fidalgo, As Preciosas Ridículas, As Sabichonas, O Avarento, As Trapalhadas de Scapino, o Doente Imaginário e o Médico a Força.
Balzac (1799-1850): um dos maiores escritores de ficção de todos os tempos. Iniciou sua carreira literária escrevendo uma tragédia em verso – Cromwell e a opinião de um crítico da época foi de que deveria se ocupar de outra coisa que não fosse a literatura, Balzac perseverou e deixou uma obra enorme e importantíssima que é conhecida sob o nome geral de A Comédia Humana.
Deixou também algumas peças de teatro e contos. Alguns títulos mais conhecidos de sua obra: O Pai Goriot, Eugênia Grandet, O Coronel Chabert, O Lírio no Vale, A Mulher de 30 anos.
Elizabeth Barret Browning (1806-1861): começou a escrever muito cedo e quando fez 13 anos, seu pai mandou publicar o poema épico que havia escrito – A Batalha de Maratona.
Aos 15 anos ficou seriamente doente, com consequências para o resto da vida. Quase aos 40 recebeu uma carta do poeta Robert Browning (6 anos mais moço do que ela) declarando-lhe amor. Corresponderam-se durante vários anos e finalmente em 1846 casaram-se às escondidas, porque seu pai proibia que qualquer de seus filhos se casasse. Viveu amada até o fim de seus dias. Algumas das suas obras: Sonetos do Português. Aurora Leigh, Janelas da Casa Guidl, Poemas Diante do Congresso.
Dickens (1812-1870): seu gênio consistia principalmente em ver nas coisas e nas pessoas, que poderiam ser consideradas apenas prosaicas, o gérmen de uma espécie de poema em prosa. E seus exageros são sempre uma continuação lógica de algo que existe realmente.
Suas obras mais famosas: David Copperfield, Oliver Twist, Nicolas Nickleby, Um Conto de Natal, Os Papéis de Pickwick, Grandes Esperanças.
Federico Garcia Lorca (1898-1936): é o maior poeta e dramaturgo espanhol contemporâneo. Nasceu na província de Granada e durante toda a sua vida foi extremamente influenciado pela cultura popular de sua região. Em 1918 publicou seu primeiro livro: Impressões e Paisagens.
Alguns de seus livros de poesia: Romancero Gitano, Poema Del Canto Jondo, Poeta em Nueva York.
Em praticamente todas as suas peças mostrava e criticava a posição submissa da mulher dentro da sociedade na Espanha. Suas principais peças: Bodas de Sangue; Yerma; A Casa de Bernarda Alba; A Sapateira Prodigiosa; Dona Rosita – a Solteira e Mariana Pineda.
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Joaquim Manoel de Macedo (1820-1882): formou-se em medicina, mas dedicou-se depois ao magistério, sendo professor de história escreveu vinte romances, sendo que A Moreninha é o mais famosos de todos eles, até hoje lido e transformado ainda a bem pouco tempo em filme de sucesso. Escreveu também poesia e muitas peças, dramas e comédias, sendo que estas últimas são de muito melhor qualidade. Em todas as suas comédias faz a crítica dos costumes, ridiculariza paixões e analisa vários tipos curiosos da sociedade de seu tempo. Suas comédias mais conhecidas: A Torre em Concurso, Cincinato – O Quebra Louças, Uma Pupila Rica, O Primo da Califórnia, O Macaco da Vizinha e O Novo Otelo.
Gonçalves Dias (1823-1864): segundo o crítico literário José Veríssimo: “É, como poeta, o maior e mais completo que o Brasil criou… vive e viverá na nossa literatura, da qual é uma das figuras mais eminentes, se não a mais eminente.” Tinha também todas as qualidades que se pedem a um dramaturgo: imaginação criadora, senso crítico, psicologia dos personagens e dosagem exata. Seus dramas Beatriz Cenci e Patkull foram escritos aos vinte anos e muitos influenciados pelo romantismo então vigente, mas deixou uma belíssima peça que é Leonor de Mendonça.
Machado de Assis (1839-1908): de origem muito humilde – seu pai era pintor de paredes e ficando órfão muito cedo, conseguiu através da força de vontade tornar-se a maior figura de nossa literatura. Deixou uma obra muito vasta e da maior importância onde existem inúmeros livros de contos – alguns deles verdadeiras joias – em romances maravilhosos como: Dom casmurro, Memórias Brás Cubas, Helena, Yayá Garcia, Quincas Borba e algumas peças de teatro. Uma pequena peça sua, escrita em verso – Antes da Missa – devia ser leitura obrigatória para todo brasileiro.
Castro Alves (1847-1871): em apenas 24 anos de vida, deixou uma obra de enorme força e valor. Era essencialmente um poeta – e grande cantor dos negro e defensor extremado da causa da abolição da escravatura – mas deixou também uma peça de teatro que contém passagens de grande beleza poética: Gonzaga ou A Revolução de Minas, onde às vezes a verdade histórica é falseada, em benefício da mensagem que deseja transmitir, não somente o sonho de independência e liberdade como a abolição.
Manuel Bandeira (1886-1969): nasceu em Recife e até o fim de seus dias conservou um grande amor pela sua cidade natal. Em 1912 escreveu seus primeiros versos, mas deixou os originais no sanatório na Europa onde tinha ido se tratar. Só em 1917 publica seu primeiro livro: A Cinza das Horas, mas declarou mais tarde que somente em 1937 quando recebeu um prêmio de 5 cruzeiros por conjunto de obra é que teve o primeiro lucro material com a poesia.
Talvez não exista na literatura de língua portuguesa maior exemplo de transposição para o plano artístico de uma experiência pessoal, desde o primeiro poema até o último.
Alguns de seus livros: Carnaval, Libertinagem, Lira dos Cinquent’anos, Belo Belo, Mafuá do Malungo. Traduziu diversas peças teatrais, entre elas Maria Stuart de Schiller e Macbeth de Shakespeare.
Mário de Andrade (1893-1945): abrangeu praticamente todas as formas literárias: poeta, romancista, contista, ensaísta, crítico de música e de Artes plásticas e até de dramaturgo (uma peça chamada: Café, para ser representada com música). Foi também musicólogo e folclorista. Um dos expoentes da Semana de Arte Moderna de 1922.
Algumas de suas obras: poesia: Paulicéa Desvairada, Losango Cáqui, Remate de Males; romance: Macunaíma, Amar, Verbo Intransitivo; ensaios: Sobre Música Brasileira, Aspectos das Artes plásticas no Brasil; folcloristas: Danças Dramáticas do Brasil, Música de Feitiçaria.
Cecília Meirelles (1901-1964): escreveu seu primeiro verso aos 9 anos e aos 16 publicou seu primeiro livro: Espectros. Suas tendências mais fortes: o culto da beleza imaterial, a preferência pela abstração, o desapego do ambiente real, a dissimulação do lirismo, a predominância de motivos musicais e pictóricos.
Alguns de seus livros: Viagem, Mar Absoluto, Romanceiro da Inconfidência, Canções, Solombra. São lindas suas poesias infantis, reunidas no livro Ou Isto ou Aquilo.
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Carlos Drummond de Andrade: nasceu em Itabira do Mato Dentro, Minas Gerais em 1902, completa pois 70 anos este ano. Começou a publicar em 1922; em 28 publicou na Revista de Antropofagia de São Paulo o poema No Meio do Caminho, que se tornou escândalo literário. Até hoje é poeta maior.
Alguns de seus livros: Alguma Poesia, Brejo das Almas, José, A Rosa do Povo, Claro Enigma, Fazendeiro do Ar, A Vida passada a Limpo, Viola de Bolso.
Luzia está no livro de Crônicas A Bolsa & Vida.
Ariano Suassuna: paraibano radicado no recife e considerado um dos mais importantes autores brasileiros do momento. Poeta, estudioso da literatura de cordel, realiza um teatro social de caráter deliberadamente moralista e religioso. Suas principais peças: Auto da Compadecida, O Santo e a Porca, Uma Mulher Vestida de Sol, Casamento Suspeitoso, A Pena e a Lei, A Farsa da Boa Preguiça.
Clarice Lispector: nasceu na Rússia, mas chegou ao recife com dois meses de idade. Uma das figuras mais importantes de nossa literatura no momento atual. De imaginação riquíssima e sensibilidade a flor da pele chega às raias do fantástico ao surpreender o que há de mais secreto na natureza humana.
Alguns de seus livros – contos: Laços de Família, Felicidade Clandestina; romances: O Lustre, Perto do Coração Selvagem, Cidade Sitiada, A Paixão Segundo G. H., Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres e o próximo a ser publicado Objeto Gritante.
Alguns Textos Originais
Gil Vicente
Auto do Mofina Mendes
Payo: Mofina Mendes! Ah, Mofina Mendes!
Mofina: Que queres, que há?
Payo: Onde deixas a boiada. E as vacas, Mofina Mendes?
Mofina: Mas que cuidado vós tendes de me pagar a soldada, que há tanto que me retendes?
Payo: Mofina,dá-me conta tu, onde fica o gado meu.
Mofina: A boiada não vi eu, andão lá não sei per hu, nem sei que pacigo é o seu.
Nem as cabras não as vi, quiçás pe’os arredores; mas não sei a quem ouvi que andavão elas per hi, saltando pelos penedos.
Payo: Dá-me conta rez a rez. Pois perdes todo o teu frete.
Mofina: Das vacas morrerão sete, e dos bois morrerão tres.
Payo: Que conta de negregura! Que taes andão meus porcos?
Mofina: Dos porcos os mais são mortes de magreira e má ventura.
Payo: E as minhas trinta vitelas das vacas que te entregarão?
Mofina: Creio que hi ficarão delas, porque os lobos dezimarão, e deo olho mao por
elas, que mui poucas escaparão.
(Página 05)
Payo: Dize-me, e dos cabritinhos que recado me dás tu?
Mofina: Erão tenros e gordinhos e a zorra tinha filhinhos, e levou-os hum a hum.
Payo: Essa Zorra, essa malina. Se lhe correra trigosa, não fizera essa chacina; porque mais corre a Mofina vinte vezes qu’a raposa.
Mofina: Meu amo, já tenho dada a conta do vosso gado muito bem, com bom recado; paga-me minha soldada como temos concertado.
Payo: Os carneiros que ficarão? E as cabras, que se fizerão?
Mofina: As ovelhas reganhão, as cabras engafecerão, os carneiros se afogarão, e os rafeiros morrerão.
Payo: Pois Deus quer que pague e peite tão daninha pegureira. Toma este pote de azeite e vae-o vender á feira; e quiças medrarás tu, e que eu contigo não posso.
Mofina: Vou-me à feira de Trancoso logo, nome de Jesus, e farei dinheiro grosso. Do que este azeite render comprarei ovos de pata, que he a coisa mais barata qu’eu lá posso trazer. E estes ovos chocarão; cada ovo dará um pato cada pato um tostão: que passará de hum milhão e meio, a vender barato. Casarei rica e honrada por estes ovos de pata, e o dia que for casada serei ataviada com hum brial d’1escarlata, Diante o desposado, que me estará namorando, virei de dentro bailando assi dest’arte bailado, esta cantiga cantado.
(Estas coisas diz Mofina com o pote à cabeça e andando elevada no baile, cai-lhe)
Payo: Agora posso eu dizer e jurar e apostar, qu’és Mofina Mendes toda. E se bailas na vida, qu’está ainda por sonhar, e os patos por nascer, e o azeite por vender, e o noivo por achar, e a Mofina a bailar; que serenos podia ser?
(Vai-se Mofina Mendes cantando) Música
Payo: Por mais que a dita m’engeite, pastores não me deis guerra; que todo o humano deleite há de dar consigo em terra.
(Página 06)
Shakespeare
Antony and Cleópatra
Act. IV, Scene XV
Cleópatra:
No more, but e’en a woman, and commanded
By such poor passion as the maid tha milks
And does the meanest chares. It were for me
To throw my sceptre at the injurious gods;
To tell them that this world did equal theirs
Till they had sto’n our jewel. All’s but naught;
… : then is it sin
To rush into the secret house of death,
Ere death dare como to us?
Act V, Scene II
I will eat no meat, I’ll not drink, sir;
If idie talk will once be necessery
I’ll not sleep neither . . .
. . . I will not wait pinion’d at Cesar’s court;
Nor once be chastised with the sober eye
Of dull Octavia, Shall they hoist me up
And show me to the shouting varletry
Of censuring Rome? Rather a dicth in Egypt
Be gentle grave to me! Rather on Nilu’s mud
Lay me stark naked, and let the water-flies
Blow me into abhorring! Rather make
My country’s high pyramids my gibbet,
And hang me up in chains!
(…)
Give me my robe, put on my crow; i have
Immortal longings im me. . .
(…)
… Methinks I hear
Anthony call; I see him rouse himself
To praise my noble act …
… husband I come.
Now to that name my courage prove my titie!
I am fire and air; my other elements
I give to baser life …
Come, thou mortal wretch
(To an asp, which she applies to her breast)
With thy sharp teeth this knot intrinsicate
Of life at once untie: poor venomous fool,
Be angry, and dispatch…
(Página 07)
Molière
Le Medécin Malgré Lui
Act Premier – Le théàtre represente un foret
Scène I:
Sganarelle, Martine, paroissent sur le théâtre en se querellant
Sganarelle: Non, je n’en veux rien faire, et que c’est à moi de parler et d”étre le maitre!
Martine: Et je te dis, moi que je veux que tu vives à ma fantasie, et que je ne me suis point mariée avec toi pour souffrier tes fredaines!
Sganarelle: Oh! La grande fatigue que d’avoir une femme! Et qu’ Aristote a bien raison, quand il dit qu’une femme est pire qu’um démon!
Martine: Voyez um peu l ‘habile homme, avec son benêt d’Aristote.
Sganarelle: Oui, habile homme. Trouve-moi um faiseur de fagots qui sache comme moi raisonner des choses, qui ait servi six ans um fameux médecin, et qui alt su dans son jeune age son rudiment par coeur.
Martine: Peste du fou fieffé!
Sganarelle: Peste de la carogne!
Martine: Que maudits soient l’heure et lê jour o’u je m’avisal d’aller dire oui!
Sganarelle: Que maudits oit lê bec cornu de notaire qui me fit signer ma ruine
Martine: C’est bien à toi, vraiment, à te plaindre de cette affaire! Devrois-tu ètre um seul moment sans rendre graces au ciel de m’avoir pour ta femme? Et méritois-tu d’épouser une femme comme moi? Sganarelle: Il est vrai que tu me fis trop d’honneur, et que j’eus lieu de me louer la première nuit de mês noces! Eh! Morbleu! ne me fais poin parler là- dessus: je dirois certaines choses . . .
Martine: Quoi? Que dirois-tu?
Sganarelle: Baste, laissons l”a ce chapitre.Il suffit que nous savons ce que nous savons, et que tu fus bien heureuse de me trouver
Martine: Qu’appeles-tu bien heureuse de te trouver? Um homme qui me rédui à l’hôspital, um débauché, um traitre, qui me mange tout ce que j’ai! …
Sganarelle: Tu as menti: j’em bois une partie.
Martine: Qui me vend, piéce à piéce, tout ce qui est dans lê logis!. . .
Sganarelle: C’est vivre de ménage.
Martine: Qui m’a ôté jusqu’au lit que j’avois! . . .
Sganarelle: Tu t’en lèveras plus matin.
Martine: Enfin qui ne laisse aucun meuble dans toute la Maison . . .
Sganarelle: On em déménage plus aisément.
Martine: Et qui, du matin jusqu’au soir, ne fait que jouer et que boire!
Sganarelle: C’est pour ne me point ennuyer.
Martine: Et que veux-tu, pendant ce temps, que je fasse avec ma famille?
Sganarelle: Tout ce qu’il te plaira
Martine: J’ai quatre pauvres petits enfants sur lês bras . . .
Sganarelle: Mets-les à terre.
Martine: Qui me demandent à toute heure du pain.
Sganarelle: Donne-leur lê fouet: quand j’ai bien bu et bien mange, je veux que tout lê mond soit soul dans ma maison.
Martine: Et tu prétends, ivrogne, que lês choses aillent toujours de même?
Sganarelle: Ma femme, allons tout doucemente, s’il vous plait.
Martine: Que j’endure éternellement tes insolences et tes débauches?
Sganarelle: Ne nous emportons point, ma femme.
Martine: Et que je ne sache pas trouver le moyen de te ranger à ton devoir?
Sganarelle: Ma femme, vous savez que je n’ai pas l’âme endurante, et que j’ai le bras assez bon.
Martine: Je me moque de tes menaces
(Página 08)
Sganarelle: Ma petite femme, ma mie, votre peau vous démange, à votre ordinaire.
Martine: Je te montrerai bien que je ne te crains nullement.
Sganarelle: Ma chère moitié, vous avez envie de me dérober quelquer chose.
Martine: Crois-tu que je m’épouvante de tes paroles?
Sganarelle: Doux objet de mês voeux, je vous frotterai lês oreilles.
Martine: Ivrogne que tu es!
Sganarelle: Je vous battrai
Martine: Sac à vin!
sganarelle: Je vous rosserai
Martine: Infame!
Sganarelle: Je vous étrillerai
Martine: Tritre! insolent! trompeur! lâche! coquin! pendard! gueux! belitre! fripon! maraud! voleur!. . .
Sganarelle: Ah! Vous em voulez donc! (Sganarelle prend um bâton et bat sa femme)
Martine, criant. Ah! ah! ah! ah!
Sganarelle: Voilà le vrai moyen de vous apaiser.
Scène II:
Monsieur Robert, Sganarelle, Martine
Monsieur Robert: Holà! holà! holà! Fi! Qu’est ceci? Quelle infamie! Peste soit le coquin, de battre ains sa femme!
Martine: les mains sur les côtés, parle à monsieur Robert en le faisant reculer – Et je veux qu’il me batte, moi!
Monsieur Robert: Ah! J’y consens de tout mon coeur.
Martine: De quoi vous mêlez-vous?
Monsieur Robert: J’ai tort.
Martine: Est-ce là votre affaire?
Monsieur Robert: Vous avez raison
Martine: Voyeuz um peu cet impertinent, qui veut empêcher lês maris de battre leurs femmes!
Monsieur Roberto: Je me retracte
Martine: Qu’avez-vous à voir là-dessus?
Monsieur Robert: Rien
Martine: Est-ce à vous d’y mettre le nez?
Monsieur Robert? Non
Martine: Mèlez-vous de vos affaires Monsieur Robert: Je ne dis plus mot
Martine: Il me plait d’être battue
Monsieur Roberto: D’accord.
Martine: Ce n’est pas à vos dépens
Monsieur Robert: Il est vrai
Martine: Et vous étes un sot de venir vous fourrer où vous n’avez que faire .(Elle lul donne um souflet)
Monsieur Robert, à Sganarelle: Compère, je vous demande pardon de tout mon coeur, Faites, rossez, battez comme il faut votre femme; je vous alderal si vous le voulez
Sganarelle: Il ne me plait pas , moi
Monsieur Robert: Ah! c’est une autre chose.
Sganarelle: Je la veux battre, si je le veux; et ne la veux pas battre, si je ne le veux pas.
Monsieur Robert: Fort bien
Sganarelle:C’est ma femme, et non pas la vôtre.
Monsieur Robert: Sans doute
Sganarelle: Vous n’avez rien à me commander (Página 9) Monsieur Robert: D’accord.
Sganarelle: Je n’ai que faire de votre aide
Monsieur Roberto: Três-volontiers
Sganarelle: Et vous êtes um impertinent de vous ingérer des affaires d’autrui. Apprenez que Cicéron dit qu’entre l’arbre et le doigt il ne faut point mettre, l’écorce. (Il le chasse aprés lávoir battu).
Scène III:
Sganarelle, Martine
Sganarelle: Oh ça! Faisons la paix nous deux. Touche là. (II lui présent la main.)
Martine: Oui, après m’avoir ainsi battue!
Sganarelle: Cela n’est rien. Touche.
Martine: Je ne veux pas
Sganarelle: Eh?
Martine: Non.
Sganarelle: ma petite femme!
Martine: Point.
Sganarelle: Allons, te dis-je.
Martine:Je n’en ferai rien.
Sganarelle: Viens, viens, viens
Martine: Non; je veux être en colère.
Sganarelle: Fit c’est une bagatelle, Allons, allons.
Martine: Laisse-moi là.
Sganarelle: Touche, te dis-je
Martine: Tu m’as trop matraitée
Sganarelle: Eh bien, va, je te demande pardon; mets lá ta main
Martine: Je te pardonne. (Bas, à part.) Mais tu le payeras
Sganarelle: Tu es une folle de prende garde a cela: ce sont petites choses qui sont de temps en temps nécessaires dans l’amitié; et cinq ou six coups de bâton, entre gens qui s’alment, ne font que regaillardir l’affection. Va, je m’em vais au bois, et je te promets aujord’hui plus d’um cent de fagots.
Scène IV:
Martine, seule.
Martine: Va, quelque mine que je fasse, je n’oublierai pas mon ressentiment; et je brule em moi-même de trouver lês moyens de te punir des coups que tu m’as donnés.
Martine: Va, quelque mine que je fasse, je n’oublierai pas mon ressentiment; et je brule em moi-même de trouver lês moyens de te punir des coups que tu m’as donnés.
Dickens
Great Expectations
In na arm-chair, with na elbow resting on the table and her head leaning on thet hand, sat the strangest lady i have ever seen, or shall ever see.
She was dressed in rich materiais: satins, and lace, and silks, all of white. Her shoes where white. And she had a long white. And she had a long white veil dependent from her hair, and she had bridal flowers in her hair, but her hair was white. . . .
(…)
I saw thar everything within my view which ought to be white, had been white long ago, and had lost its lustre, and was faded and yellow. I saw that the bride withnin the bridal dress had withered like the dress, and like the flowers, and had no brightness left but the brightness of her sunken eyes. I saw that the dress had been put upon the rounded figure of a young woman, and that the figure upon which it now hung loose, had shrunk to skin and bone. Once, I had been taken to see some ghastly waxwork at the Fair, representing, I know not what impossible personage lying un state. Once, I had been taken to one of our old marsh churches to see a skeleton in the ashes of a rich dress, that had been dug out of a vault under the church pavement. Now, waxwork and akeleton seemed to have dark eyes that moved an looked at me. I should have cried our, if I could.
“Play, play, play”
I felt myself so unequal to the performance that I gave it up, and stood looking at her.
(…)
“Are you sullen and obstinate”?
(…)
“No madam, I am very sorry for you, and very sorry I can’t play just now. It’s so new here, and so trange, and so trange, and so fine – and melancholy”.
(…)
“so new to him, so old to me; so strange to him, so familiar to me; so melancholy to both of us”
(Pagina 09)
Balzac
La Femme de Trente Ans
La marquise, alors âgée de trente ans, était belle, quoique frêle de formes et d’une excessive délicatesse. . . .
(…)
Sés paupíères, presque toujours chastement baissées vers la terre, se relevalent rarement.
(…)
Comme presque toutes lês femmes qui ont des três longs cheveux, elle était pâle et parfaitement blanche….
(…)
Son cou était um peu long peut-être, mais ces sortes de cous son les plus garcieux, et donenent aux têtes de femmes de vagues affinités avec les magnétiques ondulations du serpente….
(…)
A trente ans selement une femme peut connaitre les ressources de cette situation. Elle y sait rire, plaisanter, s’attendrir sans se compromettre. Elle possède alors le tact necessaire pour attaquer chez un homme toutes les cordes sensibles, et pour étudier les sons qu’elle tire. Son silence es aussi dangereux que sa parole. Vous ne devinez jamais si, a cette âge, elle es franche ou fausse, si elle se moque ou si elle est de bonne foi dans ses aveux.
Frederico Garcia Lorca
Marina Pineda
Última Cena
Mariana: Dadme un ramo de flores!
Em mis últimas horas yo quiero engalanarme.
Quiero sentir la dura carícia de mi anillo
Y prenderme em el pelo mi mantilla de encaje
Amas la Libertad por encima de todo,
Pero yo soy la misma Libertad. Doy mi sangre,
Que es tu sangre e la sangre de todas lãs criaturas.
No se podrá comprar el corazón de nadie!
(Uma monja le ayuda a ponerse la mantilla. Mariana se dirige al fondo gritando)
Ahora sé lo que dicen el ruiseñor y el árbol.
El hombre es um cautivo y no puede librarse
Libertad de lo alto! Libertad verdadera,
Emciende para mi tus estrellas distantes,
Adios!
(Página 10)
Celine
Tema Medieval Anônimo
C’est trois jeunes conscrits
Qui s’em vont à lá guerre
Toujours en regrettant
Leurs charmantes maitresses
Que leurs coeurs aiment tant
Le plus jeune des trois
Regrette fort la sienne
N’a-t-il pas bien raison
C’es la plus jolie fille
Qu’il ya dans le canton
Le beau galant s’en va
Trouver son capitaine
Bonjour mon capitaine
Donnez moi mon congé
Que j’aulle voir ma Celline
Si loin je l’ai laisséée
Le capitaine lui dit
Voici ta carte blanche
Aussi ton passeport
Va-t-en voir ta Celine
Et viens servir encore
Le beau soldat s’en va
Trouver ses père et mère
Bonjour mon père, ma mère
Aussi tous les parents
Je viens voir ma Celine
Que mon coeur aime tant
Le père lui dit : mon fils
Ta Celine, elle est morte
Un jour de vendredi
Son corps il est en terre
Son âme au paradis
Le beau soldat s’en va
Pleurer dessus sa tombe
Bonjour m’amie Celine
Celine, parles moi
Ton amant qui t’appele
Qui voudrait te revoir
Celine lui répond:
Ma bouche est pleine de terre
La tienne est pleine d’amour
Retournes dans la guerre
Va-t-en finir tes jours
Le belle a lui rèpond :
Va puisque je suis morte
Galant tu m’oublieras
T’en trouveras bien d’autres
Des plus belles que moi
Le beau solda s’en va
Trouver son capitaine
Bonjour mon capitaine
Me voila de retour
Puísque Celine est morte
Je veux servir toujours.
(Página 11)
Sequência – 1ª Parte
Músicas: Pot-pourri
Mulher – Antonio Carlos Jobim, Vinicius de Moraes
Não Posso Esquecer – Antonio Carlos Jobim, Vinicius de Moraes
Viagem – Taiguara
Margarida – Gutemberg Guarabira
Mulher Indigesta – Noel Rosa
Rosa – Custódia Mesquita
Textos:
Bíblia – Gênesis, Cap. 2, Vers. 18 a 25
Clarice Lispector – A Mulher quer Dizer Hoje
Bíblia – Salomão, Cântico dos Cânticos
Eurípides – As Troianas (Andrômaca)
Música: Toma Jeito – Luiz Bandeira
Textos: Molière – Médico à Força (1ª Cena) e Dickens – Grandes Esperanças
Música: Valsinha – Chico Buarque de Holanda e Vinícius de Moraes
Texto: Elizabeth Barret Browning – Soneto
Música: Tema Medieval Anônimo
Texto: Anônimo Medieval – O Romance do Conde Olinos e de Branca Flor
Música: Romance de D. Jorge e Dona Flor, folclore
Texto: Cervantes – Dom Quixote
Música: Tiro-Liro-Liro, Canto Popular Português
Texto: Gil Vicente – Auto de Mofina Mendes
Música: Jóia Falsa – Evaldo Ruy
Texto: Carlos Drummond de Andrade – Luzia
Música: Pot-pourri:
A Mulata é a Tal – João de Barro e Antonio Almeida
Januária – Chico Buarque de Holanda
Carolina – Chico Buarque de Holanda
Adalgisa – Dorival Caymmi
Rosa – Dorival Caymmi
Maira – Assis Valente
Florisbela – Assis Valente
Rita – Chico Buarque de Holanda
Baby – Caetano Veloso
Kalu – Humberto Teixeira
Maria da Conceição – folclore
Irene – Caetano Veloso
Anda Jalco – Canto Popular Espanhol
Texto: Federico Garcia Lorca – Mariana Pineda
Música: Celine – Tema Medieval Anônimo
Texto: Do Processo de Joana D’ Arc
2ª Parte
Música: Boca Pintada – folclore
Texto: Quadrinhos de Cantador Nordestino – Luiz Dantas
Música: Acabas de Assassinar-me – folclore
Texto: Machado de Assis – Confissões de uma Viúva Moça
Músicas: Já não me Queres Bem – folclore e Vem Morena – Luiz Gonzaga
Textos: Camões – Soneto e Tchang-Tsi – Uma Mulher Fiel a seus Deveres
Músicas: Abalogum – folclore e Oyá – folclore
Texto: Castro Alves – Gonzaga e a Revolução de Minas
Música: Banzo – Heckel Tavares
Texto: Shakespeare – Antonio e Cleópatra
Músicas: Maracatu – folclore e Iemanjá – Dorival Caymmi
Texto: Manuel Bandeira – Dona Janaína
Música: Mãe d’Água – folclore
Texto: Mario de Andrade – Sambinha
Música: Clarisse – Caetano Veloso
Texto: Cecília Meireles – Mulher no Espelho
Músicas: Mulher de Trinta – Luiz Antonio e Papai Balzac – Armando Cavalcante, Klércius Caldas
Balzac – A Mulher de Trinta
Música: Detalhes – Roberto Carlos e Erasmo Carlos
Texto: Gonçalves Dias – Pedido
Música: Ronda – Paulo Vanzolini
Texto: Joaquim Manoel de Macedo – O Novo Otelo
Música: Incelença – Folclore
Texto: Ariano Suassuna – Auto da Compadecida
Músicas: Canto de Cego – folclore e Canto de Boi – folclore
Texto: Clarice Lispector – Objeto Gritante
Músicas: Geléia Geral – Gilberto Gil, Torquato Neto e Roda – Gilberto Gil e João Augusto
Maria Pompeu
Oscar Felipe
Fernando Lebeis
Helder Parente
Seleção, Adaptação e Tradução de Textos: Roberto de Cleto e Oscar Felipe
Pesquisa, Seleção Musical e Arranjos: Fernando Lebeis
Ambientação: Arthur Silveira
Direção: Roberto de Cleto
(Última Capa)
Alguns dados sobre o Grupo Hachette
Em 1826 Louis Hachette comprou uma pequena Livraria Editora (cujo fundo editorial era apenas de 6 livros didáticos editados).
Em vista do impulso dado ao ensino primário por volta de 1830 Louis Hachette procurou imprimir um cunho de indústria moderna-produção em massa – à sua editora.
Ao mesmo tempo que se dedicava ao Setor de Livros didáticos ia também editando grandes escritores do século XIX, tais como: Jules Michelet, Sainte-Beuve, George Sand, Lamartine, Hugo, Zola, Taine, Littré e outros.
Louis Hachette morreu em 1864 mas sua Livraria Editora continuou seu crescimento vertiginoso.
O Grupo Hachette hoje tem um capital de FF 70.000.000 (aproximadamente 12 milhões de dólares), constituindo-se de editoras, impressoras, vários jornais e revistas, distribuição da maioria dos jornais e revistas francesas na França e no exterior e várias sucursais e filiais em diferentes países.
A sucursal do Brasil foi criada em 1951 e inicialmente só distribuía periódicos franceses. Aos poucos foi ampliando suas atividades para incluir importação e distribuição de livros franceses e a edição local de métodos de ensino do francês sempre com grande aceitação (Mauger, Robin et Bergeaud e agora o moderníssimo método Capelle adotado por praticamente todos os cursos das Alianças Francesas no Brasil e pelos estabelecimentos de ensaio).
Uma das recentes inovações da Hachette do Brasil é a importação semanal via aérea pela Varig diretamente de paris e Londres de jornais, revistas e livros.
A Librairie Hachette S.A. do Brasil tem nova sede no Rio de janeiro no Bairro Peixoto em Copacabana à rua Décio Vilares n° 278 Tel. 255-4617, 255-4652 e 255-2994, e continua atendendo também na sua loja 20 do Edifício Av. Central.
(INFORMAÇÕES DO PROGRAMA)
(Capa)
Prefeitura Municipal de Nova Friburgo
Sesquicentenário da Independência
Festejos de Maio
Maria Pompeu
Oscar Felipe
Fernando Lebeis
Helder Parente
Direção: Roberto de Cleto
E DEUS CRIOU A VAROA
1º de Maio
Dia do Trabalho
(Interior)
Sequência – 1ª Parte
Músicas: Pot-pourri
Mulher – Antonio Carlos Jobim, Vinicius de Moraes
Não Posso Esquecer – Antonio Carlos Jobim, Vinicius de Moraes
Viagem – Taiguara
Margarida – Gutemberg Guarabira
Mulher Indigesta – Noel Rosa
Rosa – Custódia Mesquita
Textos:
Bíblia – Gênesis, Cap. 2, Vers. 18 a 25
Clarice Lispector – A Mulher quer dizer hoje
Bíblia – Salomão, Cântico dos Cânticos
Eurípides – As Troianas (Andrômaca)
Música: Toma Jeito – Luiz Bandeira
Texto:
Molière – Médico à Força (1ª Cena)
Dickens – Grandes Esperanças
Música: Valsinha – Chico Buarque de Holanda e Vinícius de Moraes
Texto: Elizabeth Barret Browning – Soneto
Música: Tema Medieval Anônimo
Texto: Anônimo Medieval – O Romance do Conde Olinos e de Branca Flor
Música: Romance de D. Jorge e Dona Flor, folclore
Texto: Cervantes – Dom Quixote
Música: Tiro-liro-liro, canto popular português
Texto: Gil Vicente – Auto de Mofina Mendes
Música: Jóia Falsa – Evaldo Ruy
Texto: Carlos Drummond de Andrade – Luzia
Música: Pot-pourri:
A Mulata é a Tal – João de Barro e Antonio Almeida
Januária – Chico Buarque de Holanda
Carolina – Chico Buarque de Holanda
Adalgisa – Dorival Caymmi
Rosa – Dorival Caymmi
Maira – Assis Valente
Florisbela – Assis Valente
Rita – Chico Buarque de Holanda
Baby – Caetano Veloso
Kalu – Humberto Teixeira
Maria da Conceição – folclore
Irene – Caetano Veloso
Anda Jalco – Canto Popular Espanhol
Texto: Federico Garcia Lorca – Mariana Pineda
Música: Celine – Tema Medieval Anônimo
Texto: Do Processo de Joana D’ Arc
2ª Parte
Música: Boca Pintada – folclore
Texto: Quadrinhos de Cantador Nordestino – Luiz Dantas
Música: Acabas de Assassinar-me – folclore
Texto: Machado de Assis – Confissões de uma Viúva Moça
Músicas: Já não me Queres Bem – folclore e Vem Morena – Luiz Gonzaga
Textos: Camões – Soneto e Tchang-Tsi – Uma Mulher Fiel a seus Deveres
Músicas; Abalogum – folclore e Oyá – folclore
Texto: Castro Alves – Gonzaga e a Revolução de Minas
Música: Banzo – Heckel Tavares
Texto: Shakespeare – Antonio e Cleópatra
Músicas: Maracatu – folclore e Iemanjá – Dorival Caymmi
Texto: Manuel Bandeira – Dona Janaína
Música: Mãe d’Água – folclore
Texto: Mario de Andrade – Sambinha
Música: Clarisse – Caetano Veloso
Texto: Cecília Meireles – Mulher no Espelho
Músicas: Mulher de Trinta – Luiz Antonio e Papai Balzac – Armando Cavalcante, Klércius Caldas
Balzac – A Mulher de Trinta
Música: Detalhes – Roberto Carlos e Erasmo Carlos
Texto: Gonçalves Dias – Pedido
Música: ronda – Paulo Vanzolini
Texto: Joaquim Manoel de Macedo – O Novo Otelo
Música: Incelença – folclore
Texto: Ariano Suassuna – Auto da Compadecida
Músicas: Canto de Cego – folclore e Canto de Boi – folclore
Texto: Clarice Lispector – Objeto Gritante
Músicas: Geléia Geral – Gilberto Gil, Torquato Neto e Ronda – Paulo Vanzolini
Maria Pompeu
Oscar Felipe
Fernando Lebeis
Helder Parente
Seleção, Adaptação e Tradução de Textos: Roberto de Cleto e Oscar Felipe
Pesquisa, Seleção Musical e Arranjos: Fernando Lebeis
Ambientação: Arthur Silveira
Direção: Roberto de Cleto
(INFORMAÇÕES DO PROGRAMA)
(Capa)
E DEUS CRIOU A VAROA
(Interior)
Bíblia, Genesis – Cap.2, Vers. 18 a 25
Clarice Lispector – A Mulher quer Dizer Hoje
Bíblia – Salomão – Cântico dos Cânticos
Eurípedes – As Troianas (Andrômaca)
Molière – Médico à Força (1ª cena)
Dockens – Grandes Esperanças
Elizabeth Barrett Browning – Soneto
Anônimo Medieval – Oramance do Conde Olinos e de Branca Flor
Cervantes – Dom Quixote
Gil Vicente – Auto de Mofina Mendes
Carlos Drummond de Andrade – Luzia
Federico Garcia Lorca- Mariana Pineda
Do Processo de Joana D’Arc
Quadrinhas de Cantador Nordestino – Luíz Dantas
Elsie Lessa – Balanço final
Camões – soneto
Marina Colassanti – Eu sei, mas não devia
Castro Alves – Gonzaga, ou a Revolução de Minas
Shakespeare – Antonio e Cleópatra
Manuel Bandeira – Dona Janaína
Cecília Meireles – Mulher no Espelho
Balzac – A Mulher de Trinta Anos
Gonçalves Dias – Pedido
Joaquim Manoel de Macedo – O Novo Otelo
Ariano Suassuna – Auto da Compadecida
Clarice Lispector – Objeto Gritante
Notas Rápidas Sobre os Autores
Bíblia: é o repositório dos textos sagrados do judaísmo e do cristianismo e provavelmente a coleção de escritos que maior influência exerceu sobre a história da humanidade.
O Gênesis é um livro sobre o começo: a criação do universo e da raça humana; segue-se a história da queda no pecado e a sequência de acontecimentos que levam ao dilú.
Eurípedes (486 – 407 A.C.): um dos grandes mestres da tragédia grega. Quando jovem, foi atleta, tendo como tal recebido vários prêmios. Sua primeira tragédia (desaparecida) data de 455. Consideram os estudiosos que tenha escrito mais de 90 peças, mas apenas 18 chegaram até nossos dias. São elas: Alceste, Medéa, Hipólito, Hecuba, Andrômaca, Íon, As Suplicantes, Heracleidae, Hércules Louco, Ifigênia em Taurida, Helena Eletra, Orestes, Ifigênia em Aulida, As Virgens Fenícias, As Bacantes, Cic-plope e As Troianas.
Suas obras possuem uma construção dramática perfeita e talvez o mais humano dos três grandes autores trágicos gregos é ainda hoje o mais representado.
Molière (1622-1673): seu nome verdadeiro, era Jean Baptiste Poquelin, mas como os parentes não gostavam que alguém da família fizesse teatro, mudou de nome. Formou-se em advocacia e sucedeu seu pai no cargo de tapeceiro do rei, mas abandonou tudo para formar um grupo de teatro que durante vários anos viajou, por toda a França até que finalmente em 1665 passou a ser chamada “La Troupe du Rei”, mantendo-se nesse posto até a morte.
Um dos maiores autores de comédia de todos os tempos, escreveu 30 peças, das quais as mais famosas são: O Misantropo, Tartufo, O Burguês Fidalgo, As Preciosas Ridículas, As Sabichonas, O Avarento, As Trapalhadas de Scapino, o Doente Imaginário e o Médico a Força.
Dickens (1812-1870): seu gênio consistia principalmente em ver nas coisas e nas pessoas, que poderiam ser consideradas apenas prosaicas, o gérmen de uma espécie de poema em prosa. E seus exageros são sempre uma continuação lógica de algo que existe realmente.
Suas obras mais famosas: David Copperfield, Oliver Twist, Nicolas Nickleby, Um Conto de Natal, Os Papéis de Pickwick, Grandes Esperanças.
Elizabeth Barret Browning (1806-1861): começou a escrever muito cedo e quando fez 13 anos, seu pai mandou publicar o poema épico que havia escrito – A Batalha de Maratona.
Aos 15 anos ficou seriamente doente, com consequências para o resto da vida. Quase aos 40 recebeu uma carta do poeta Robert Browning (6 anos mais moço do que ela) declarando-lhe amor. Corresponderam-se durante vários anos e finalmente em 1846 casaram-se às escondidas, porque seu pai proibia que qualquer de seus filhos se casasse. Viveu amada até o fim de seus dias. Algumas das suas obras: Sonetos do Português. Aurora Leigh, Janelas da Casa Guidl, Poemas Diante do Congresso.
Cervantes (1547-1616): autor de romances, peças de teatro e poesias, foi também soldado, tendo participado da Batalha de Lepanto, onde recebeu três tiros, um dos quais deixou sua mão esquerda defeituosa para sempre. “Para maior glória da direita” costumava ele dizer.
Teve uma vida cheia de aventuras e dificuldades, apesar de ter publicado em 1605 Dom Quixote que fez enorme sucesso, com várias edições seguidas, inclusive em Bruxelas, Lisboa, Madri e Milão
Outras obras: 12 Novelas Exemplares, Persilles e Sigismunda, e diversas comédias e entremeses.
Gil Vicente (1465 -1536): humilde de nascimento, certamente passou sua infância numa das aldeias do norte de Portugal, como ourives chegou à corte e mereceu os favores da rainha Leonor depois de ter recitado para ela um monólogo em espanhol que foi o primitivo Auto da Visitação.
Durante os 34 anos seguintes tornou-se uma espécie de poeta oficial que seguia a corte para onde quer que ela fosse. Deixou 44 peças: 11 em espanhol, 14 em português e as restantes bilíngues. Seus retratos concisos de camponeses, religiosos e cortesãos, mostram os atributos do gênio que era e ficarão para sempre na literatura.
Algumas de suas obras: Exortação da Guerra, Auto da Feira, Auto da Alma, Auto da Barca do Inferno, Farsa de Inês Pereira e Auto de Mofina Mendes.
Carlos Drummond de Andrade: nasceu em Itabira do Mato Dentro, Minas Gerais em 1902, completa 70 anos este ano. Começou a publicar em 1922; em 28 publicou na Revista de Antropofagia de São Paulo o poema No Meio do Caminho, que se tornou escândalo literário. Até hoje é poeta maior.
Alguns de seus livros: Alguma Poesia, Brejo das Almas, José, A Rosa do Povo, Claro Enigma, Fazendeiro do Ar, A Vida passada a Limpo, Viola de Bolso.
Luzia está no livro de Crônicas A Bolsa & Vida.
Federico Garcia Lorca (1898-1936): é o maior poeta e dramaturgo espanhol contemporâneo. Nasceu na província de Granada e durante toda a sua vida foi extremamente influenciado pela cultura popular de sua região. Em 1918 publicou seu primeiro livro: Impressões e Paisagens.
Alguns de seus livros de poesia: Romancero Gitano, Poema Del Canto Jondo, Poeta em Nueva York.
Em praticamente todas as suas peças mostrava e criticava a posição submissa da mulher dentro da sociedade na Espanha. Suas principais peças: Bodas de Sangue; Yerma; A Casa de Bernarda Alba; A Sapateira Prodigiosa; Dona Rosita – a Solteira e Mariana Pineda.
Elsie Lessa – Nasceu em São Paulo. Livros publicados Enfermeira de 3a, Pelos Caminhos do Mundo, Armazém da Lua, Pelos Caminhos do Mundo, Armazém da Lua, Pelos Caminhos do Mundo, A Dama da Noite. Traduziu várias peças de sucesso, entre elas Nossa Cidade, Boeing, Boeing, A Cegonha se Diverte e muitos romances. Desde 1952 mantém no vespertino O Globo coluna sob o título Globo Trotter.
Camões (1524-1580): é o maior português. Sua obra mais conhecida é o poema épico –Os Lusíadas – publicado em Lisboa em 1572. Viveu vários anos na Índia, trabalhando para o governo, mas era tão pobre, que segundo cronistas da época, seus amigos precisavam lhe dar dinheiro para ter o que comer. Interessou-se pelo teatro como mera curiosidade e maneira de recreação, deixando três autos: Enfatriões, El-Rei Seleuco e Filodemo.
Marina Colassanti: Nasceu em Asmar na Etiópia. Foi durante onze anos editora do Caderno B do Jornal do Brasil. Já fez programas de televisão nas TVs Rio, Tupi e Continental. Foi editora de modas do Jornal do Brasil e do Jornal dos Sports, colaborou nas revistas Fairplay e Claudia (atualmente colabora para a revista Nova). Traduziu cerca de onze livros para o português, incluindo obras de Alberto Morávia, Kawabata, Barthes, etc. Tem três livros publicados: dois de crônicas Eu Sozinha e Nada na Tanga e um dos contos Zoológico. Atualmente prepara um livro de estórias infantis.
Castro Alves (1847-1871): em apenas 24 anos de vida, deixou uma obra de enorme força e valor. Era essencialmente um poeta – e grande cantor dos negro e defensor extremado da causa da abolição da escravatura – mas deixou também uma peça de teatro que contém passagens de grande beleza poética: Gonzaga ou A Revolução de Minas, onde às vezes a verdade histórica é falseada, em benefício da mensagem que deseja transmitir, não somente o sonho de independência e liberdade como a abolição.
Shakespeare (1564 -1616): o maior dramaturgo que jamais apareceu, suas obras conservam hoje o mesmo interesse de quando foram escritas.
Aos 18 anos casa-se com uma mulher oito anos mais velha do que ele, até aos 28 anos pouco se sabe de sua vida, quando então aparece como ator e dramaturgo em ascensão. Durante 15 anos trabalha constantemente para a mesma companhia, atuando e escrevendo peças, deixando uma obra vastíssima, onde são mais conhecidas as seguintes: Hamlet, Otelo, Macbeth, Rei Lear, A Megera Domada, Romeu e Julieta, Sonho de Uma Noite de Verão, A tempestade, O Mercador de Veneza e Antonio e Cleópatra
Manuel Bandeira (1886-1969): nasceu em Recife e até o fim de seus dias conservou um grande amor pela sua cidade natal. Em 1912 escreveu seus primeiros versos, mas deixou os originais no sanatório na Europa onde tinha ido se tratar. Só em 1917 publica seu primeiro livro: A Cinza das Horas, mas declarou mais tarde que somente em 1937 quando recebeu um prêmio de 5 cruzeiros por conjunto de obra é que teve o primeiro lucro material com a poesia.
Talvez não exista na literatura de língua portuguesa maior exemplo de transposição para o plano artístico de uma experiência pessoal, desde o primeiro poema até o último.
Alguns de seus livros: Carnaval, Libertinagem, Lira dos Cinquent’anos, Belo Belo, Mafuá do Malungo. Traduziu diversas peças teatrais, entre elas Maria Stuart de Schiller e Macbeth de Shakespeare.
Cecília Meireles (1901-1964): escreveu seu primeiro verso aos 9 anos e aos 16 publicou seu primeiro livro: Espectros. Suas tendências mais fortes: o culto da beleza imaterial, a preferência pela abstração, o desapego do ambiente real, a dissimulação do lirismo, a predominância de motivos musicais e pictóricos.
Alguns de seus livros: Viagem, Mar Absoluto, Romanceiro da Inconfidência, Canções, Solombra. São lindas suas poesias infantis, reunidas no livro Ou Isto ou Aquilo.
Balzac (1799-1850): um dos maiores escritores de ficção de todos os tempos. Iniciou sua carreira literária escrevendo uma tragédia em verso – Cromwell e a opinião de um crítico da época foi de que deveria se ocupar de outra coisa que não fosse a literatura, Balzac perseverou e deixou uma obra enorme e importantíssima que é conhecida sob o nome geral de A Comédia Humana.
Deixou também algumas peças de teatro e contos. Alguns títulos mais conhecidos de sua obra: O Pai Goriot, Eugênia Grandet, O Coronel Chabert, O Lírio no Vale, A Mulher de 30 anos.
Gonçalves Dias (1823-1864): segundo o crítico literário José Veríssimo: “É, como poeta, o maior e mais completo que o Brasil criou… vive e viverá na nossa literatura, da qual é uma das figuras mais eminentes, se não a mais eminente.” Tinha também todas as qualidades que se pedem a um dramaturgo: imaginação criadora, senso crítico, psicologia dos personagens e dosagem exata. Seus dramas Beatriz Cenci e Patkull foram escritos aos vinte anos e muitos influenciados pelo romantismo então vigente, mas deixou uma belíssima peça que é Leonor de Mendonça.
Joaquim Manoel de Macedo (1820-1882): formou-se em medicina, mas dedicou-se depois ao magistério, sendo professor de história, escreveu vinte romances, sendo que A Moreninha é o mais famosos de todos eles, até hoje lido e transformado ainda a bem pouco tempo em filme de sucesso. Escreveu também poesia e muitas peças, dramas e comédias, sendo que estas últimas são de muito melhor qualidade. Em todas as suas comédias faz a crítica dos costumes, ridiculariza paixões e analisa vários tipos curiosos da sociedade de seu tempo. Suas comédias mais conhecidas: A Torre em Concurso, Cincinato – O Quebra Louças, Uma Pupila Rica, O Primo da Califórnia, O Macaco da Vizinha e O Novo Otelo.
Ariano Suassuna: paraibano radicado no recife e considerado um dos mais importantes autores brasileiros do momento. Poeta, estudioso da literatura de cordel, realiza um teatro social de caráter deliberadamente moralista e religioso. Suas principais peças: Auto da Compadecida, O Santo e a Porca, Uma Mulher Vestida de Sol, Casamento Suspeitoso, A Pena e a Lei, A Farsa da Boa Preguiça.
Clarice Lispector: nasceu na Rússia, mas chegou no recife com dois meses de idade. Uma das figuras mais importantes de nossa literatura no momento atual. De imaginação riquíssima e sensibilidade a flor da pele chega às raias do fantástico ao surpreender o que há de mais secreto na natureza humana.
Alguns de seus livros – contos: Laços de Família, Felicidade Clandestina; romances: O Lustre, Perto do Coração Selvagem, Cidade Sitiada, A Paixão Segundo G.H., Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres e o próximo a ser publicado Objeto Gritante.
Maria Pompeu
Aracy Cardoso
Octavio César
Valter Santos
Paulo César Girão
Maria Pompeu:
Comemora este ano, vinte anos de teatro, com mais de quarenta peças e vinte filmes como atriz. Como produtora já apresentou Receita de Vinícius, Amor Depois das Onze, Capeta em Caruaru, Casa de Bernarda Alba, Transas e Tranças, Reencontro Drummond, Todo Dia, Esses Jovens Sonhadores e seus Caminhos Maravilhosos e Farsa da Boa Preguiça, além deste Varoa que estreou em março de 1972 e foi levada a 85 colégios, no mesmo ano. É professora de expressão corporal e redatora da Rádio MEC.
Aracy Cardoso:
Com vinte e dois anos de carreira, é difícil destacar as coisas mais importantes de Aracy Cardoso, porque como ela mesma diz “tudo o que fiz, foi importante pra mim”. No entanto, entre seus inúmeros trabalhos de teatro, televisão e cinema, etc. está a inauguração do Teatro Miguel Lemos e os espetáculos Tartuffo, de Molière, Desejo de O’Neil. Nestes últimos anos, vimos Aracy em O Atelier de Zazá, de Feydeau, na novela Fogo sobre Terra, de Janete Clair e nos espetáculos O Homem do Principio ao Fim, de Millor Fernandes que apresentou no circuito universitário de São Paulo.
Octávio Cesar:
Começou em teatro com o grupo Teatro Universitário de Juiz de Fora, na peça O Coronel de Macambira e em dois anos de carreira profissional já se apresentou em Botequim, Calabar, o Elogio da Traição, A Torre em Concurso, Maria da Ponte, no show com Marlene, Te Pego pela Palavra e na Farsa da Boa Preguiça.
Valter Santos:
Começou com Calígula, de Camus na Escola de Teatro da FEFIEG e se revelou em Esses Intrépidos Rapazes e sua Maravilhosa Semana de Arte Moderna, em São Paulo, pelo qual recebeu o Prêmio de Revelação de Ator. Além disso, esteve em Hair, A Viagem, A Torre em Concurso, nas novelas Conde Zebra, e Fogo sobre Terra e nos filmes Um Homem sem Importância, O Sítio do Pica-Pau e O Fantasma de Dom Juan.
Paulo César Girão:
Este jovem violonista que foi apresentado por João Bosco no Show Mostragem do Teatro Opinião, esteve nos Festivais Universitários de 71 e 72, foi produtor do programa Brasil-me-musica, da Rádio MEC, fez a trilha musical da peça Um Homem sem Documentos Morreu Atropelado na Avenida, do Grupo Carreta e tem músicas gravadas pelos Mutantes, Pery Ribeiro e Alaíde Costa. É atualmente aluno do Instituto Villa-Lobos.
Seleção de Texto: Roberto de Cleto e Oscar Felipe
Direção: Roberto de Cleto
Pot-pouri:
Falou e Disse: Baden e P. Cesar Pinheiro
Deus me Perdoe: Humberto Teixeira e Armando Cavalcanti
Minha: Francis Hime e Rui Guerra Por quem Chora Ana Maria: Juca Chaves
Quarto – 20: Paulo César Girão
Toma jeito João: Luís Bandeira
Pelas Tantas da Manhã: P.C. Girão e Darci Marcello
O Tempo: Reginaldo Bessa
Valsinha: Chico Buarque e Vinícius de Moraes
Tema Medieval: Anônimo, Instrumental
Bebe, Meu Cavalo Bebe: P.C. Girão San Vicente: Milton Nascimento e Fernando Brandt
Tiro-Liro-Liro: Tema Português
Por Mais que a Dita M’Engeite: P.C. Girão e Gil Vicente
Joia Falsa: Evaldo Rui
Pot-pourri:
A Mulata é a Tal: João de Barro e Antonio Almeida
Morena Rosa: Dorival Caymmi
Helena: Antonio Almeida Constantino Silva
Conceição: Evaldo Gouveia e Jair Amorim
Marina: Dorival Caymmi
Irene: Caetano Veloso
Anda Jalco: canto popular espanhol
Canto de Joana d’Arc: P. C. Girão
Da Cor do Pecado: Bororó
Boca Pintada: Folclore
Meu Coração é um Pandeiro: Luís Gonzaga Jr.
Mulher Brasileira: Vital Farias e Lizardo Alves
Vergonhas: Paulo Cesar Girão
Me Deixa em Paz: Monsueto e A. Amorim
Quando é que Você vai Abrir seus Braços pra Mim?: P.C. Girão
Cotidiano: Chico Buarque
Abalogum: Folclore
Maracatu: Folclore
Dona Janaína: P.C. Girão e Manuiel Bandeira
Morena do Mar: Dorival Caymmi
Mulher de Trinta: Luiz Antonio
Papai Balzac: Armando Cavalcante e Klecius Caldas
Que Será: Marino Pinto e Mário Rossi
Ronda: Paulo Vanzolini
Sangue de Boi: P. C. Girão
Desafio de Navalha: Claudio Jorge e Ivan Wrigg
Roda-Viva: Chico Buarque
Colaboração: Artes Gráficas Edil