(INFORMAÇÕES DO PROGRAMA DO RIO DE JANEIRO)
(Capa – Desenho)
(Página 01)
A Companhia Dramática
Reta 3
apresenta
UBU REI (Rio de Janeiro)
Drama de Alfred Jarry
Direção e Tradução de Gianni Ratto
Teatro Maison de France
Diretor: Bernar Coste
(Página 02 – Anúncio Chevrolet)
(Página 03)
Apresentação (ou quase)
Ubu Rei é uma peça jovem. Ela atravessa os tempos guardando o frescor, a mordacidade, a irreverência e o humor satírico de que foi impregnada desde que uma turma de colegiais – num longínquo fim de século – a imaginou.
Nossa companhia é jovem, tanto pela idade de seus componentes como pelo espírito que a anima.
O espetáculo que apresentamos é a consequência, portanto, de um encontro que procura guardar as motivações e reconhecer as coincidências daquele e de nosso tempo.
Mas explicar um espetáculo é inútil: ele vive no palco e se não passa a ribalta, os esclarecimentos pouco valem: se o público não entende, o defeito é nosso. Além do mais me parece, cada espectador tem o direito de interpreta-lo segundo seu próprio ponto de vista.
Portanto, nós, como os antigos comediantes no prólogo de suas peças, só podemos pedir a clemência da “distinta” plateia.
Gianni Ratto
(Página 04 – Anúncio Vinólia)
(Página 05 – Foto)
Dedicamos nosso espetáculo à Cacilda Becker
(Página 06 – Anúncio Prata Wolff)
(Página 07 – Foto)
“Do senhor Ubu, ainda no estágio de esboço, poderá sair uma personagem de um sinistro amplamente cômico. O Senhor Ubu tem certamente muitas coisas para dizer. Coisas sobre as quais ainda não falou e que, certamente, irá dizer.”
Remy de Gourmont
“Quanto à estória que está para começar, ela se passa na Poronha, quer dizer em Lugar Nenhum. ”
Alfred Jarry
(Página 08 – Anúncio Volkswagen)
(Página 09 – Foto)
“Essas desordens da inteligência nas quais os sentimentos não tem direito de cidadania, somente foram possíveis na Renascença, e Jarry, por um milagre, foi o último de seus alucinados sublimes.”
Guillaume Apolllinaire
“Jarry fez coisa melhor do que ter escrito Ubu: ele foi Ubu… Shakespeare ator, desta vez devorou Shakespeare autor. No caminho onde Homais, Prudhomme e Bonhomet reencontram-se, o luar mistura suas sobras numa criação que os supera e que alcança diretamente as marionetes de Deus: Ubu.”
Albert Thibaudet
(Páginas 10 e 11)
As personagens, os intérpretes e os responsáveis:
Pae Ubu: Ivan Setta
Mãe Ubu: Maria Francisca
Capitão Borgária: Sérgio Mauro
Reino de Venceslau, Rei da Poronha:
Venceslau: Wagner Ribeiro
Rainha Rosamunda: Dayse Lourenço
Bougrelau, Seu Filho: Sonny Albertson
Ladislau, Seu Filho: Pedro Touron
Boleslau, Seu Filho: Vicente Rocha
Fantasmas dos Ancentrais: Ilo Krugli
Convidados e Conjurados: Pedro Touron
Oficiais Poronheses: Cecília Conde
A Armada Poronhesa: Sonny Albertson
Mensageiro: Vicente Rocha
Reino de Ubu
Povo, Camponeses, Nobres, Conselheiros, Magistrados, Financistas, Fiscais das Finanças, Toda a Armada Poronhesa, etc: Todos
Giron, Guarda do Corpo da M. Ubu: Pedro Touron
Império da Rússia
Czar Aléxis: Wagner Ribeiro
A Batalha: Todos
Oficiais Russos e Toda a Armada Russa: Todos
A Fuga
O Urso: Dayse Lourenço
Pile: Wagner Ribeiro
Cotice: Sérgio Mauro
A Equipagem do Navio: Todos
O Mar: Cecília Conde, Dayse Lourenço
E ainda: Artilharia, Infantaria, Cavalaria Poronhesa e Russa, a Burra Financeira.
Figurinos e Desenhos: Pedro Touron
Fantoches e Bonecos: Ilo e Pedro
Música: Cecília Conde
Direção Geral: Gianni Ratto
Direção e Produção Executiva: Tatiana Memória
Promoção: Eugênio Fernandes
Confecção dos Trajes: Leia e Odaléia
Contrarregra: Aureny Santos
A C.E.T. de São Paulo possibilitou a realização de Ubu Rei, a Soc. Reta 3 sua Companhia Dramática, expressa sua gratidão.
(Anúncio – Ethel)
(Página 12 – Anúncios Chateau Restorant e Tecidos Oswaldo)
(Página 13)
Cronologia (Parcial) do Pae Ubu
1873 – Nascimento de Alfred Jarry na cidade de Laval.
1878/79 – Jarry é aluno do Petit Lycée de Laval.
1879/88 – Aluno do Liceu Sait Brieuc. Escreve várias comédias em prosa e em versos. Nesse mesmo período, no Liceu de Rennes, um professor de física, M. Hébert, alcunhado o P.H. ou Père Heb, Eb, Ebou, Ebance, Ebouille, encarna para os alunos “todo o grotesco do mundo”. Herói de pantagruélicas caçoadas escolares será elevado a Rei da Polônia no texto L Polonais, redigido por Charles Morin.
1888/91 – Jarry toma conhecimento do texto de Morin e o adapta para teatro. Representa por marionetes, é esta a mais antiga versão de Ubu Rei.
1891/93 – Em Paris, no decorrer dos estudos de Jarry, o P.H. assume definitivamente o nome de Pae Ubu. O Echo de Paria Literaire Illustré publica trechos de L’Autoclète e de Ubu Cocu sob o título de Guinhol.
1894 – Ubu Rei é lido pelo próprio Jarry, nas salas do “Mercure de France” no meio da hilaridade geral. A esta revista, à Alfred Vallette e sua esposa Rachilde, Jarry ficará ligado para sempre.
1895 – Publicação de César Anthechrist (cenas de Ubu Rei) no Mercure.
(Página 14 – anúncio Casa de Móveis Kogut e Calçados Italmocassin)
(Página 15)
1896 – Ubu Rei é publicado no Livre D’Art. Jarry trabalha ao lado de Lunhé-Poe, Diretor do Théâtre de l’Oevre. A programação por eles estabelecida, inclui Peer Gynt de Ibsen e Ubu Rei. A peça é publicada integralmente no Mercure. Um artigo: Da inutilidade do teatro no teatro, prepara a apresentação do espetáculo. Dia dez de dezembro: estreia de Ubu Rei, com direção de Lugné-Poe, cenários de Bonnard, Toulouse Loutrec, Vuillard, Ranson e Jarry. Intérprete de Ubu: Firmin Gemier. Escândalo e admiração: o mito Ubu nasceu.
1898 – Ubu Rei é apresentado no “Théâtre de Pantin” pelas marionetas de Pierre Bonnard.
1899 – O terceiro ciclo de Ubu inclui Ubu Acorrentado. O Almanaque Ilustrado do Pae Ubu inicia o quarto ciclo de Ubu, tocando todos os temas da atualidade.
1900 – A Revue Blanche publica Ubu Acorrentado.
1901 – Ubu sur la Utte é apresentado em Montmartre no Théâtre Guinhol des Gueles de Bois. Este Ubu pertence ao quinto ciclo.
1906 – As Edições de Sansot publicam o quinto cinclo de Ubu. Jarry está doente, a beira da morte e recebe os últimos sacramentos. Consegue todavia sobreviver, assistido por seus amigos e sua irmã.
1907 – o 1º de novembro, às 16 horas e 15 minutos, no Hospital da Caridade, em Paris, Jarry morre.
(Páginas 16 a 20 e Última Capa – Anúncios: Parfum Femme, Restaurante Ariston, Gelli, Fracalanza, Yashica, A Camélia Flores, Nosso Bons Restaurates, Banco Lar Brasileiro, Cigarros Hilton)
(INFORMAÇÕES DO PROGRAMA DE SÃO PAULO)
(Capa – Desenho)
A COMPANHIA Dramática Reta 3 apresenta
Drama em cinco atos de Alfred Jarry
Direção e Tradução: Gianni Rato
(Interior)
“Do senhor Ubu, ainda no estágio de esboço, poderá sair uma personagem de um sinistro amplamente cômico. O Senhor Ubu tem certamente muitas coisas para dizer. Coisas sobre as quais ainda não falou e que, certamente, irá dizer.”
Remy de Gourmont
“Quanto à estória que está para começar, ela se passa na Poronha, quer dizer em Lugar Nenhum. ”
Alfred Jarry
“Essas desordens da inteligência nas quais os sentimentos não tem direito de cidadania, somente foram possíveis na Renascença, e Jarry, por um milagre, foi o último de seus alucinados sublimes.”
Guillaume Apolllinaire
“Jarry fez coisa melhor do que ter escrito Ubu: ele foi Ubu… Shakespeare ator, desta vez devorou Shakespeare autor. No caminho onde Homais, Prudhomme e Bonhomet reencontram-se, o luar mistura suas sobras numa criação que os supera e que alcança diretamente as marionetes de Deus: Ubu.”
Albert Thibaudet
Apresentação (ou quase)
Ubu Rei é uma peça jovem. Ela atravessa os tempos guardando o frescor, a mordacidade, a irreverência e o humor satírico de que foi impregnada desde que uma turma de colegiais – num longínquo fim de século – a imaginou.
Nossa companhia é jovem, tanto pela idade de seus componentes como pelo espírito que a anima.
O espetáculo que apresentamos é a consequência, portanto, de um encontro que procura guardar as motivações e reconhecer as coincidências daquele e de nosso tempo.
Mas explicar um espetáculo é inútil: ele vive no palco e se não passa a ribalta, os esclarecimentos pouco valem: se o público não entende, o defeito é nosso. Além do mais me parece, cada espectador tem o direito de interpreta-lo segundo seu próprio ponto de vista.
Portanto, nós, como os antigos comediantes no prólogo de suas peças, só podemos pedir a clemência da “distinta” plateia.
Gianni Ratto
As personagens, os intérpretes e os responsáveis:
Pae Ubu: Ivan Setta
Mãe Ubu: Maria Francisca
Capitão Borgária: Sérgio Mauro
Reino de Venceslau, Rei da Poronha:
Venceslau: Wagner Ribeiro
Rainha Rosamunda: Dayse Lourenço
Bougrelau, Seu Filho: Sonny Albertson
Ladislau, Seu Filho: Pedro Touron
Boleslau, Seu Filho: Vicente Rocha
Fantasmas dos Ancentrais: Ilo Krugli
Convidados e Conjurados: Pedro Touron
Oficiais Poronheses: Cecília Conde
A Armada Poronhesa: Sonny Albertson
Mensageiro: Vicente Rocha
Reino de Ubu
Povo, Camponeses, Nobres, Conselheiros, Magistrados, Financistas, Fiscais das Finanças, Toda a Armada Poronhesa, etc: Todos
Giron, Guarda do Corpo da M. Ubu: Pedro Touron
Império da Rússia
Czar Aléxis: Wagner Ribeiro
A Batalha: Todos
Oficiais Russos e Toda a Armada Russa: Todos
A Fuga
O Urso: Dayse Lourenço
Pile: Wagner Ribeiro
Cotice: Sérgio Mauro
A Equipagem do Navio: Todos
O Mar: Cecília Conde, Dayse Lourenço
E ainda: Artilharia, Infantaria, Cavalaria Poronhesa e Russa, a Burra Financeira.
Figurinos e Desenhos: Pedro Touron
Fantoches e Bonecos: Ilo e Pedro
Música: Cecília Conde
Direção Geral: Gianni Ratto
Direção e Produção Executiva: Tatiana Memória
Promoção: Eugênio Fernandes
Confecção dos Trajes: Leia e Odaléia
Contrarregra: Aureny Santos
A C.E.T. de São Paulo possibilitou a realização de Ubu Rei, a Soc. Reta 3 sua Companhia Dramática, expressa sua gratidão.
Dedicamos nosso espetáculo à Cacilda Becker
(Última Capa)
Cronologia (Parcial) do Pae Ubu
1873 – Nascimento de Alfred Jarry na cidade de Laval.
1878/79 – Jarry é aluno do Petit Lycée de Laval.
1879/88 – Aluno do Liceu Sait Brieuc. Escreve várias comédias em prosa e em versos. Nesse mesmo período, no Liceu de Rennes, um professor de física, M. Hébert, alcunhado o P.H. ou Père Heb, Eb, Ebou, Ebance, Ebouille, encarna para os alunos “todo o grotesco do mundo”. Herói de pantagruélicas caçoadas escolares será elevado a Rei da Polônia no texto L Polonais, redigido por Charles Morin.
1888/91 – Jarry toma conhecimento do texto de Morin e o adapta para teatro. Representa por marionetes, é esta a mais antiga versão de Ubu Rei.
1891/93 – Em Paris, no decorrer dos estudos de Jarry, o P.H. assume definitivamente o nome de Pae Ubu. O Echo de Paria Literaire Illustré publica trechos de L’Autoclète e de Ubu Cocu sob o título de Guinhol.
1894 – Ubu Rei é lido pelo próprio Jarry, nas salas do “Mercure de France” no meio da hilaridade geral. A esta revista, à Alfred Vallette e sua esposa Rachilde, Jarry ficará ligado para sempre.
1895 – Publicação de César Anthechrist (cenas de Ubu Rei) no Mercure.
1896 – Ubu Rei é publicado no Livre D’Art. Jarry trabalha ao lado de Lunhé-Poe, Diretor do Théâtre de l’Oevre. A programação por eles estabelecida, inclui Peer Gynt de Ibsen e Ubu Rei. A peça é publicada integralmente no Mercure. Um artigo: Da inutilidade do teatro no teatro, prepara a apresentação do espetáculo. Dia dez de dezembro: estreia de Ubu Rei, com direção de Lugné-Poe, cenários de Bonnard, Toulouse Loutrec, Vuillard, Ranson e Jarry. Intérprete de Ubu: Firmin Gemier. Escândalo e admiração: o mito Ubu nasceu.
1898 – Ubu Rei é apresentado no “Théâtre de Pantin” pelas marionetas de Pierre Bonnard.
1899 – O terceiro ciclo de Ubu inclui Ubu Acorrentado. O Almanaque Ilustrado do Pae Ubu inicia o quarto ciclo de Ubu, tocando todos os temas da atualidade.
1900 – A Revue Blanche publica Ubu Acorrentado.
1901 – Ubu sur la Utte é apresentado em Montmartre no Théâtre Guinhol des Gueles de Bois. Este Ubu pertence ao quinto ciclo.
1906 – As Edições de Sansot publicam o quinto cinclo de Ubu. Jarry está doente, a beira da morte e recebe os últimos sacramentos. Consegue todavia sobreviver, assistido por seus amigos e sua irmã.
1907 – o 1º de novembro, às 16 horas e 15 minutos, no Hospital da Caridade, em Paris, Jarry morre.