Filipeta, 2016

Programa 2016

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Fotos: Daniel Geller

João Lucas Romero, Eduardo Katz, Priscila Assum

 

 

 

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(INFORMAÇÕES DO PROGRAMA)

(Capa)

Oi e Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro
apresentam

FILHOTE DE CRUZ CREDO

A triste história alegre de meus apelidos

De Fabrício Carpinejar
Direção: Isaac Bernat
Com Eduardo Katz, João Lucas Romero, Priscila Assum

(Interior)

Bullying. A palavra é difícil de pronunciar e, resumindo, bem resumidamente, significa aquela implicância muito comum entre as crianças e entre os adolescentes.

Implicar, pegar no pé, zombar, sacanear, provocar, discriminar, zoar…  Podem ser muitos os sinônimos.

Para a mesma coisa: incomodar-se com quem é diferente de você.

A palavra em inglês é mais ou menos nova, mas, hoje, é usada no mundo inteiro e está ligada a uma coisa que, infelizmente, acontece há muito, muito tempo…  De uma forma ou de outra, todos nós já sofremos bullying ou já fizemos bullying. Muito chato, não é? …  Afinal, somos todos diferentes uns dos outros…  Ninguém é igual a ninguém.

E todo mundo tem direito de ser como é.

A peça Filhote de Cruz Credo fala de bullying , e é baseada em um livro com o mesmo título, que conta uma história real. A história do autor, o Fabrício, que, quando criança era considerado “feio” e, por conta disso, recebia um monte de apelidos. O que o fazia se sentir deslocado, solitário, mal-humorado…

Mas, o que, afinal, era ser “feio” para os colegas de escola de Fabrício?

No fundo, no fundo, era ser diferente, era não ter o “padrão de beleza” esperado e, o que é mesmo “padrão de beleza”?…. E por que mesmo eles se incomodavam com o nariz, com o queixo do garoto?…

O menino, “filhote de cruz credo”, cresceu, virou jornalista, poeta, escritor, teve filho, ganhou muitos prêmios e teve inteligência e humor suficientes para contar os perrengues por que passou e como enfrentou o fato de ter sido motivo de perseguição.

Vamos ver, então, como ficou a história, triste e engraçada, ao mesmo tempo, agora Fabrício Carpinejar transportada para o palco?…  Vamos nos divertir e pensar se estamos respeitando as diferenças? Ou se estamos perdendo tempo, querendo que todo mundo seja do mesmo jeito?…

Roberto Guimarães, Gestor de Cultura do Oi Futuro

Lá se vão quatro anos. Foi numa livraria do Jardim Botânico do Rio de Janeiro que encontrei o livro Filhote de Cruz Credo – A Triste História Alegre de Meus Apelidos, de um tal Fabrício Carpinejar. O título já apresentava três questões que eu adoro: feiura, ambiguidade e apelidos. A “feiura” como síntese de tudo aquilo que não é bem aceito pela sociedade.

Tudo aquilo que um palhaço, ou um comediante, transformam em matéria prima do seu trabalho. Daí vem a ambiguidade do subtítulo: da tristeza inicial da constatação das nossas “feiuras”, vem a alegre descoberta de que podemos rir e aceitar melhor as nossas imperfeições. E os apelidos, que quase sempre sublinham as tais imperfeições, podem ser uma fonte de angústia e constrangimento, que eu conheço bem…  Aqui entra o bullying, uma questão social gravíssima.

As diversas campanhas sobre o tema costumam ter como foco o limite que deve ser dado à prática do bullying, e o respeito ao sofrimento da vítima. A história que estamos contando traz mais o ponto de vista daquele que é “zoado”, que também precisa aprender a se aceitar. Através da descoberta do senso de humor, Fabrício Carpinejar aborda essas questões de forma leve e poética, a partir da sua experiência pessoal. Com base na primeira adaptação teatral feita pelo também gaúcho Bob Bahlis, eu criei a minha própria. Incrementei a dramaturgia com músicas da MPB que abordam temas afinados com a peça: rejeição, feiura, mentira, enfrentamento, romantismo e senso de humor. E defini os anos 1970, época da infância do Fabrício, como referencial estético do espetáculo.

Após três anos de empreitada quixotesca, meu primeiro empreendimento como produtor teatral, finalmente eu encontrei a minha sagaz diretora de produção: Jenny Mezencio. Em pouco tempo, nós conseguimos o patrocínio e o teatro do Centro Cultural Oi Futuro, que viabilizou o nosso projeto. Em seguida, veio o elenco mais incrível e a equipe mais linda que eu poderia imaginar, encabeçada pelo ator, professor e diretor Isaac Bernat. Um cara com uma bagagem extraordinária, que me ajudou a transformar a minha idealização em uma grande realização artística. Embarque nessa tremenda viagem com a gente. Assuma o Filhote de Cruz Credo que existe dentro de você, e bom espetáculo!

Eduardo Katz, ator, adaptador e idealizador – Rio, junho de 2016

Nesse momento, o que mais se espera do ser humano e aprender a ser tolerante. Ao se abrir para o diferente surge uma verdadeira possibilidade de escapar de um mundo maquiado, superficial e desumano. Uma brincadeira depreciativa reiterada muitas vezes, pode fazer muito mal a uma criança que começa a descobrir a sua identidade, seu gosto pela vida e as suas relações afetivas com o outro.

Com o livro Filhote de Cruz Credo, Fabrício Carpinejar nos apresenta sua própria história e nos mostra que uma das melhores maneiras de lidar com o problema do bullying infantil reside no apoio da família, da escola, e no estímulo à construção da autoestima da criança.

Este universo por sua vez, despertou no dramaturgo e ator Eduardo Katz a vontade de levar esta preciosa história de vida para o teatro. A nossa turma se reuniu então, pra trazer pra você que saiu de casa pra ir ao teatro, o que preparamos com tanto carinho e entusiasmo. Abra seu coração e se coloque no lugar do Fabrício, quem sabe assim, você percebe que é muito mais legal rirmos juntos das nossas diferenças do que nos aproveitarmos delas pra zoarmos alguém.

Na verdade, como sabiamente disse Shakespeare: somos feitos da matéria dos sonhos e o sono confina nossa breve existência. Vamos pois, ouvir o bardo e sonhar com um mundo mais justo, plural, democrático e divertido, onde cada um possa estar feliz em ser quem é e como é. Muito obrigado a toda esta turma que criou junto esta peça feita com tanto amor.

Tetê esta é pra você. Uarauara Das

Isaac Bernat, diretor

Músicas

Sentimento Exposto: Erasmo Carlos/ Tom & Jerry: Getúlio Cortes/ Pega na Mentira: Erasmo Carlos e Roberto Carlos/ Sentado A Beira do Caminho: Erasmo Carlos e Roberto Carlos/ No Tempo da Vovó: Erasmo Carlos/ O Caderninho: Alemão/ Festa de Arromba: Erasmo Carlos e Roberto Carlos/ É Preciso Saber Viver: Erasmo Carlos e Roberto Carlos/ Mais Um na Multidão: Carlinhos Brown, Erasmo Carlos e Marisa Monte/ Vem Quente que eu Estou Fervendo: Carlos Imperial e Eduardo Araújo/ Caramelo: Donovan e Roberto Carlos.

Elenco

Fabrício: Eduardo Katz
Rodrigo, Médico I e II, Fred: João Lucas Romero
Mãe, Tia, Professora, Alice: Priscila Assum

Ficha Técnica

Baseado na obra homônima de Fabrício Carpinejar
Primeira Adaptação: Bob Bahlis
Idealização e Readaptação: Eduardo Katz
Direção: Isaac Bernat
Direção Musical: Charles Kahn
Direção de Movimento: Michel Robim
Cenografia: Doris Rollemberg
Figurinos: Desirée Bastos
Iluminação: Aurélio de Simoni
Visagismo: Mona Magalhães
Assistente de Direção e Stand In: Kika Werner
Assistente de Visagismo: Lucas Drigues
Equipe de Visagismo: Júlia Bravo e Lívia Bravo
Equipe de Iluminação: André Ensá, João Gaspary, Pingo Almeida e Walace Furtado
Operação de Luz: Elisa Tandeta
Contrarregragem: Luiz Souza
Maquinista: Renato Silva
Adereços da Festa: Alessandra Cadore
Costura Cênica: Nice Tramontin
Costura de Figurino: Dora Pinheiro
Recortes de Cenografia: Articulação Cenografia
Comunicação Visual e Ilustrações (projeto gráfico): Dante
Fotos de Divulgação: Daniel Geller
Assessoria de Imprensa: Rachel Almeida
Atendimento: Viviane Cabral
Direção de Produção: Jenny Mezencio
Realização: Eduardo Katz

(Jogo e Corte e Cole)

Faça a Festinha!!! Recorte as figuras, convide seus amigos para brincar e monte a sua festa.
Você pode também criar novos desenhos e recortar para a festa ficar ainda mais legal.

(Última Capa)

Agradecimentos

Aizik Geller, Ana Carolina Sauwen, Andrea Ecard, Antonio Assum Strazzer, Bruno Lamberg, Bruno Perlatto, Chayanna Ferreira, Carmen Fontenele, Deborah Geller, Denise Isnard, Eduardo Battaglia, Eliane Martins, Elsa Romero, Gastão Villeroy, Gisele Góes, Gisele Vilas Boas, Imaginarium Rio Sul, Ivonice Alves Guimarães, Joana Lebreiro, Joseph Azevedo, Júlia Bernat, Lara Rabello, Letícia Isnard, Lucas Drigues, Luciana Adão, Luciana Phebo, Lucinéa Lugão, Morena Cattoni, Roberto Guimarães, Sidnei Oliveira, Soraya Ravenle, Sultana Garson Bernat, Teresa Isnard Bernat, Thalita Mendes, Tatiana Richard,Tobias Volkmann, Verônica Pinheiro, Zélia Peixoto.

Sábados e Domingos, 16h.
Oi Futuro Flamengo
Rua Dois de Dezembro, 63, Flamengo
Funcionamento da bilheteria de ter. a dom. 14h às 20h.
Informações: (21) 3131.3060
Ingressos R$ 20,00 e R$ 10,00.

Patrocínio

Governo do Rio de Janeiro, Secretaria de Cultura, Lei Estadual de Incentivo à Cultura, Oi

Realização

Eduardo Katz

Correalização

Oi Futuro

Apoio

3 Corações, Pão do Bento, Adina, Metrô Rio, Invepar