Cartaz, 1997

Convite, 1997

Barra

Maurício Grecco e Carmen Frenzel. Fotos: Silvio Pozatto

Carmen Frenzel

Isa Vianna, Vanessa Ballalai, Marcos Ácher, Maurício Grecco e Carmen Frenzel

Barra

(INFORMAÇÕES DO PROGRAMA)

(Frente)

A Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e
O Núcleo de Teatro para a Infância
apresentam

QUEM SEGURA ESSE BEBÊ?

Sábados e Domingos

Teatro Ziembinski
Rua Urbano Duarte, 30 Tijuca
Tel: (021) 254.5399

(Logos) Teatro Ziembinski – Núcleo aberto à Infância e Juventude, Rio Prefeitura – Cidade Maravilhosa – Secretária Municipal de Cultura

Apoio

(Logos) Makeup, Pizzaria Caravelle, Swuin Center, Lunetterie

(Verso – Fotos de Cena e de Dudu Sandroni)

Estamos tendo a honra de apresentar ao digníssimo publico nosso novo espetáculo.

Quem Segura esse Bebê? Agora um mergulho na tradição do teatro cômico brasileiro através de uma adaptação de As Desgraças de uma Criança de Martins Penna, um de nossos autores mais ilustres.

Depois de passearmos pelo lado de lá do planeta com a Inacreditável História de Marco Pólo e sua Exuberante Viagem ao Oriente (94) e de refletirmos sobre o mundo urbano e contemporâneo de Ludi na TV (96), resolvemos dar uma olhadinha para traz, alcançando o passado e buscando desenvolver o humor ingênuo de Martins Penna, com o olhar voltado para o futuro, de uma interpretação moderna da poética teatral, seja na encenação (direção, cenários, figurinos, iluminação, etc.) e principalmente nas interpretações com um time de atores de primeira linha.

É preciso que se diga, após quatro anos de trabalho contínuos e três espetáculos, que a Unidade do Núcleo de Teatro para a Infância (nome que já não nos cabe mais e que pretendemos mudar em breve), se faz através da atuação de seu elenco, sempre o mesmo desde nosso primeiro espetáculo, e a cada trabalho mais maduro e expressivo, com um desenvolvimento do jogo, que só um trabalho permanente, de grupo pode proporcionar.

Quem Segura esse Bebê? Impôs uma mudança na nossa leitura cênica, mais elaborada do ponto de vista da produção, e no próprio público a que se destinam crianças mais velhas (costumo dizer, “segunda infância”, levando em conta que a adolescência seria a terceira). Estamos, portanto brigando para não estagnarmos com o tempo, e manter acesa a chama da criatividade, que é o que verdadeiramente importa no nosso trabalho.

Dudu Sandroni, julho 97, Tijuca.

Martins Pena (1815-1848) é considerado pelos críticos o fundador da comédia brasileira de costumes e até mesmo do teatro nacional naquilo que ele tem de mais peculiar. O Juiz de Paz na Roça, sua primeira comédia, é vista como um marco do teatro no Brasil. E foi justamente em suas comédias (escreveu 20 comédias e 6 dramas), gênero em que se destacou, conciliando influências clássicas e populares, que Martins Pena pintou um retrato marcante da sociedade brasileira da primeira metade do século XIX. Juntamente com a pintura satírica de sua época, de suas instituições e de seus tipos característicos, Martins Pena trouxe para o palco a espontaneidade do quotidiano e o modo de ser do brasileiro, em seus costumes e em seu modo de falar. Em uma época em que o teatro no Brasil está ainda muito marcado pelas influências europeias, não tendo ainda uma digna representação de si mesmo, Martins Pena dá início à uma tradição da comicidade brasileira, trazendo para a cena situações e tipos em que o Brasil pode finalmente se reconhecer.

Distante de uma preocupação excessivamente literária, ele privilegia a cena e o desejo de divertir. A maioria de suas comédias tende para a farsa, criando um delicioso jogo de quiproquós e de situações vivas (muitas vezes inverossímeis) tendo como objetivo o riso largo da plateia. Isto não impede, no entanto, que suas peças cumpram outras funções, como a de levantar importantes questões éticas.

Com estruturas simples, suas comédias são cheias de peripécias, enganos, confusões, trocas de identidade. Martins Pena lança mão destes recursos da comédia clássica e também do arsenal de figuras cômicas arquetípicas, mas com uma brasilidade inédita.

Tendo deixado um panorama histórico fiel de sua época, Martins Pena permanece, no entanto, atual, provocando ainda as mesmas gargalhadas. Sábato Magaldi se refere à espantosa atualidade de Martins Pena e isto que podemos conferir com mais esta encenação de uma de suas deliciosas comédias, agora ao alcance do público infanto-juvenil.

Elenco

Carmen Frenzel: Manoel Igreja
Isa Vianna: Pacífico
Marcos Ácher: Madalena
Maurício Grecco: Ritinha
Vanessa Ballalai: Abel

Ficha Técnica

Adaptação: Fátima Valença
Direção: Dudu Sandroni
Iluminação e Adereços de Luz: Djalma Amaral
Cenário e Figurinos: Ney Madeira
Direção de Produção: Carla Prujansky
Trilha Sonora: Zelly Mansur
Projeto Gráfico Marcos Ácher e Maurício Grecco
Caricatura: Gil
Divulgação: Nádia Ferreira
Fotos: Silvio Pozatto
Assistência de Cenário e Figurino: Lenita Ribeiro
Assistência de Produção: Ângela Blazo
Cenotécnico: Pedro Girão
Costureiras: Mara Lopes (Tecidos) e Vânia (Malhas)
Alfaiate: Macedo
Manequins: Fonseca Vasconcelos
Operador de Luz: Geraldo Madera
Operador de Som: David Cole

Patrocínio

Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Teatro Ziembinski

Realização

Núcleo de Teatro para a Infância

Nossos agradecimentos ao pessoal do Teatro Carlos Gomes e do teatro Ziembinski