Programa do espetáculo que estreou na cidade de São Paulo, SP, no Teatro da Cia. Paideia, em 22.03.2013

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Fotos: Rafael Steinhauser

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(INFORMAÇÕES DO PROGRAMA)

(Capa)

YCATU – ÁGUA BOA – 2013

(Verso da Capa)

Arte da Capa: Telumi Hellen
Diagramação: Carmen Rosa
Fotos: Pipo Gialluisi e Rafael Steinhauser

(Página 1)

Palavra do Diretor

Leve uma criança ao Teatro, então, ela poderá: Ver, Ouvir, Sentir e Pensar”.

Ycatu – Água Boa. Espetáculo que oferecemos ao nosso público depois de intenso e difícil processo de trabalho. Intenso por que queremos sempre fazer o melhor e difícil por se tratar de um tema tão importante e fundamental para todos. A frase acima, que comemora o Dia Mundial do Teatro para Crianças e Jovens, em 20.03.2013, nos define claramente o compromisso que assumimos quando fazemos Teatro para a criança. Com este trabalho desejamos que esta criança em nosso espetáculo possa sonhar um mundo melhor e que todos nós possamos contribuir para que este sonho se realize.

Não posso deixar de agradecer a todos que colaboraram com este projeto e ao Thiago A. Schimidt, pelo apoio e inspiração.

(Página 2)

Elenco

Aglaia Pusch
Ana Luiza Junqueira
Camila Amorin
Flávio Porto
Rogério Modesto
Valdênio José

Ficha Técnica

Texto e Direção: Amauri Falseti
Cenário, Figurino e Arte Gráfica: Telumi Hellen
Iluminação: Wagner Freire
Coreografia: Manoela Pamplona
Direção Musical: Marcos Iki
Assistente de Iluminação: Alessandra Marques
Operação de Luz: Carolina Chmielewski
Assistente de Cenografia e Figurino: Clau do Carmo
Costureiras: Edineuma Rodrigues, Elisângela Dally, Judite de Lima e Salete André
Adereços de Cabeça: Mariana Chiarello
Músicos e Execução de Efeitos Sonoros: Marcos Iki e Tobias Halm

Indicação Etária: Livre
Duração: 60 minutos
Data de Estreia: 22 de março de 2013 (Dia Mundial da Água)

(Página 3)

Sinopse

Ycatu – Água Boa é um espetáculo para toda família. Ycatu significa “água boa” em tupi-guarani. A peça discute como o homem faz parte da natureza e coloca sua vida em risco ao não proteger os recursos hídricos. O autor cita ideias de pesquisadores contemporâneos, como o escritor norte-americano Ernest Callenbach, autor do romance Ecotopia, no qual defende uma vida sustentável; e a escritora e ativista canadense Maude Barlow, fundadora do Blue Planet Project, que trabalha pelo direito das pessoas à água limpa.

A água é um bem natural insubstituível sem a qual a vida não resiste”, lembra Cobra Norato, Iara propõe: “Recuperemos o sagrado de todas as coisas e de toda a existência”. Enquanto os atores lembram os ditados populares sobre a água e a importância da preservação, fica claro que todas as coisas estão interligadas entre si. O que fere a Terra, fere também os filhos e filhas da Mãe Terra.

O resgate das lendas brasileiras é embalado por músicas do cancioneiro popular que tratam da natureza.

(Páginas 4 e 5)

Paidéia e Grips: Um Intercâmbio Brasil / Alemanha

Grips: “aprende rápido”, “mente ativa” – do alemão coloquial da região norte

Paidéia: “Cultura e educação plena e holística do homem” – do grego

Transformar as diversas questões sociais que adoecem o mundo em espetáculos lúdicos, belos, divertidos e que despertem curiosidades e reflexões é o desafio destas duas companhias de teatro que há anos se dedicam ao público de todas as idades e se debruçam sobre assuntos pertinentes à infância e à juventude, aos novos cidadãos do planeta.

De um lado, o Grips Theater de Berlim, Alemanha e, de outro, a Paidéia, de Santo Amaro, São Paulo, Brasil. Seria desnecessário enumerar as diferenças entre os dois países, mas uma delas é que, para um, o Teatro é parte sólida da cultura e do cotidiano das pessoas, enquanto o outro precisa lutar e ultrapassar diversas barreiras para que possa manter o Teatro com dignidade que merece.

Apesar das diferenças e também graças a elas, se concretiza um trabalho que pretende, por meio da troca de saberes, contribuir e avançar ainda mais na pesquisa do teatro para crianças e jovens. Depois de muitas tentativas, finalmente, o intercâmbio da Cia. Paidéia de Teatro e do Grips Theater de Berlim se torna realidade. A atriz Aglaia Pusch e o diretor Amauri Falseti, fundadores da Paidéia, sempre almejaram fazer um intercâmbio com uma companhia estrangeira e o teatro Grips já era a meta desde a fundação da Paidéia, em maio de 1998. Em 1989, se estabeleceu o primeiro contato com o fundador e então diretor do Grips, Volker Ludwig, que se entusiasmou com a ideia de fazer uma parceria com um grupo brasileiro e propôs que Amauri escrevesse um texto para ser encenado por eles. Tal proposta do atual intercâmbio. No final dos anos 1990, por meio de um contato com a Central de Teatro Jovem da Alemanha, conheceram o autor Lutz Hübner, cujo texto O Coração de um Boxeador fora premiado.

O Instituto Goethe de São Paulo também sempre foi um valioso parceiro e sempre apoiou as diversas iniciativas da Paidéia tais como: a fundação da Paidéia Associação Cultural, as produções de peças, as traduções de textos alemães e a realização do Festival Internacional Paidéia de Teatro para Infância e Juventude, que acontece anualmente. Essas ações contribuíram para o estreitamento das relações com a Central de Teatro Jovem da Alemanha e com Lutz Hübner.

Este não é o primeiro trabalho de intercâmbio realizado com artistas e grupos da Alemanha. Em 2003, por exemplo, a Paidéia foi convidada pelo diretor Wener Hahn a apresentar o espetáculo Nellie Goodbye, de Lutz Hübner, no teatro LUTZ – Junge Büne em Hagen, Alemanha. Foi um evento comemorativo onde a versão alemã e brasileira, do mesmo espetáculo, foram apresentadas. Nessa ocasião, a Paidéia também participou do Festival de Teatro de Krefeld e se aproximou do diretor Stefan Fischer-Fels que acabou vindo com seu grupo a São Paulo no momento em mais uma interação Brasil/Alemanha: a cenógrafa Birgit Shöene decidiu ficar em São Paulo para fazer a cenografia do novo espetáculo da Paidéia: Dom Quixote, de Lutz Hübner.

Em 2011, Fischer-Fels assumiu a direção do Grips e a vice-presidência da ASSITEJ e Lutz Hübner escreveu seu primeiro texto para crianças, especialmente para ser encenado pelas duas companhias iniciando assim o projeto de intercâmbio Paidéia / Grips 2011-2013.

O GRIPS, a Paidéia e Lutz Hübner participaram ativamente da ASSITEJ (Associação Internacional de Teatro para Crianças e Jovens), organização internacional autônoma que tem como papel essencial a educação das novas gerações e que acredita na capacidade e no poder da arte teatral em unir grandes grupos de pessoas a favor da paz e do melhoramento do planeta e da humanidade.

(Página 6)

O Intercâmbio

Ycatu – Água Boa concretiza a segunda etapa do intercâmbio Grips / Paidéia: A ideia das companhias montarem espetáculos sobre a água surgiu em 2009, durante a III edição do Festival Internacional Paidéia de Teatro para a Infância e Juventude, quando Stefan Fischer-Fels, que na época era diretor do Teatro Infanto-Juvenil de Düsseldorf, realizou um workshop sobre Educação Ambiental no Teatro para Crianças e Jovens, em conjunto com o dramaturgo, diretor de teatro e educador ambiental brasileiro José Geraldo Rocha.

Após um longo período de estudos que incluiu a ida a Paidéia à Berlim permitindo debates e troca de conteúdos entre as companhias, foram traçados os caminhos de cada montagem. A pesquisa da Paidéia percorreu o universo das lendas indígenas, textos sobre o sagrado da água e textos políticos que norteiam as questões mundiais da água. Também foram colhidas músicas do domínio público brasileiro e exploradas as inúmeras formas de produzir sons utilizando a água como instrumento. Os gongos utilizados no espetáculo foram confeccionados pelos próprios atores sob a orientação do Iuthier e ferreiro Georg Ehrenwinkler.

Em setembro deste ano o espetáculo alemão Durst de Thomas Ahrens vem se apresentar na sétima edição do Festival Internacional Paidéia de Teatro para Infância e Juventude: Uma Janela para Utopia. Em 2014 será a vez da Paidéia levar seu Yucatu-Água Boa para a Alemanha.

O diretor do Grips, Stefan Fischer-Fels participou do workshop A Juventude Molda o Futuro, organizado pelo Instituto Goethe São Paulo em parceria com a Paidéia, voltado a professores e profissionais de teatro. O tema do encontro foi água, sustentabilidade e meio ambiente. Também participou deste workshop a pedagoga de teatro do GRIPS, Stephanie Kaluza.

A terceira etapa do intercâmbio já está em andamento. Trata-se da encenação da versão de Armin Petras para O Círculo de Giz Caucasiano, de Bertolt Brecht. O desafio então será, além de montar tal texto para jovens, mesclar o elenco alemão e brasileiro através da coreógrafa Lara Kugelmann.

A primeira etapa do intercâmbio já foi concluída com sucesso: a montagem de um mesmo texto pelas duas companhias, Baltus, o Pequeno Herói de Lutz Hübner. As duas montagens se apresentaram nos dois países e a versão brasileira ganhou o prêmio FEMSA na categoria melhor atriz coadjuvante.

(Página 7)

Sobre o Grips

Fundado em 1969 por Volker Ludwing, num contexto de movimento estudantil, suas primeiras peças surgiram a partir do espírito de revolta e, por longos anos, receberam duras críticas por parte dos mais conservadores. Atualmente, é referência de teatro para crianças e jovens, tendo alcançado visibilidade para um setor até então subestimado pela indústria cultural. O Teatro Grips substituiu as velhas histórias moralizantes e sentimentais por histórias realistas da vida cotidiana mantendo sempre uma postura de mostrar verdades, alimentando perspectivas e coragem. Tornou-se o precursor de um novo teatro para o público infantil e juvenil. Com seus espetáculos, busca os pequenos e grandes espectadores conduzindo-os por uma viagem em que as situações se transformam em uma grande dança da vida sem qualquer intenção de ensinar ou educar. Com o tempo, foi ganhando audiências muito além das fronteiras da Alemanha e hoje o teatro Grips faz também espetáculos para o público adulto, Fischer-Fels que já havia sido dramaturgo do Grips além de diretor do Junges Schauspielhauss Düsseldorf.

Hoje o Grips recebe cerca de com mil espectadores por ano e é um dos teatros mais frequentados de Berlim.

(Página 8)

Sobre a Paidéia

A Paidéia é uma Associação Cultural cuja missão é promover e valorizar a cultura, em todas as suas manifestações, para alcançar o fortalecimento da cidadania e a emancipação humana.

Desde 2006, graças ao convênio firmado com a Subprefeitura de Santo Amaro, a Paidéia ocupa o antigo Pátio dos Coletores de Lixo, transformado no atual Pátio dos Coletores de Cultura, com a preciosa ajuda de artistas, amigos do Brasil e da Alemanha, empresários, pais e jovens, alunos de seus projetos.

Desde sua criação, a Paidéia busca, por meio do teatro, desencadear ações eficazes e dinâmicas capazes de despertar e envolver principalmente jovens e crianças da comunidade, em processos culturais, nos quais tanto a criação, a imaginação e a expressão do senso crítico contribuam para o desenvolvimento da atuação cidadã.

Após seis anos realizando e sediando o Festival Internacional Paidéia de Teatro para a Infância e Juventude: Uma Janela para a Utopia, evento que se consagrou como fórum de debate, reflexão e intercâmbio internacional, o grupo da Paidéia entende que o teatro vive crises e tem interesses semelhantes em todo o mundo. Sabemos que, apesar das particularidades culturais e políticas dos diferentes países, os temas discutidos se tornam cada vez mais universais. Por essa razão, acreditamos ser este o momento ideal para se fazer um intercâmbio que possa trazer um bom resultado efetivo em teor e estética, além de ampliar os horizontes do pensar e do fazer teatral.

(Verso da Última Capa)

Agradecimentos

Ana Paula Meirelles, Andrea Gronemeyer, Carlos Camarinha Christine Röhrig, Dra. Regina Helena Ribeiro, Georg Ehrenwinkler, Elza Rosa Nunes, Fabiana Ramos, Jovens da Paidéia, Lucas Pusch, Luiz Fernando Del Moral Lobat, Luiza Lameirão, Maria Amara da Silva, Nilton Rosa, Pipo Gialluisi, Renata Alkmin, Renata Tilli, Ricardo Muniz Fernandes, Samuel Noronha, Sergio Alkimim, Suzana Azevedo, Tiago Schmidt, Valentin Mühlberger, Voluntários da Bilheteria, Voluntários do Café Paidéia, Voluntários da Técnica.

Administração Paidéia

Coordenação administrativa financeira: Marina Keran (Presidente da Paidéia Associação Cultural e voluntária)
Assistente financeira: Laís Sue Wu
Assistente administrativa: Viviane Andrade

Assessoria de Imprensa: Cris Brito Escritório de Comunicação

(Última Capa)

Paidéia Associação Cultural:
Rua Darwin, 153 – Alto da Boa Vista
Tel.: 5522.1283
www.paideiabrasil.com.br

Realização

(Logos) Paidéia, Grips

Apoio

(Logos) ABT, Armazém da Luz, Goethe-Institut São Paulo, Freunde der Erziehungskunst Rudolf Steiners, Super Candida, Secretaria de Cultura, Secretaria de Coordenação das subprefeituras Santo Amaro, Prefeitura de São Paulo, PROAC, Governo do Estado de São Paulo

Projeto realizado com o apoio do Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Cultura, Programa de Ação Cultural 2011