Lucia Coelho. Foto: Antonio Carlos Bernardes

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Projeto Encontros & Oficinas

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Teatro é Representar Sentimentos, Teatro é Emoção

Eu nem me lembro se existia teatro infantil na minha época de criança, porque nunca fui a um. Era menina de colégio interno, ficava lá, enclausurada na escola das freiras, e na hora do recreio a gente brincava de fazer teatro. Gosto muito de lembrar esses momentos de brincadeiras. Penso que brincar e fazer teatro são duas coisas muito próximas; a gente só descobre isso depois. Mas já naquela época, eu estava fazendo teatro.

Sempre foi difícil para eu definir o que é teatro infantil. Teatro é vida, é emoção, é sentimento, é busca e descoberta. Descobrir é responder a uma inquietação interior. Quando você percebe, já está dentro de um processo de criação. O interessante é que em cada momento, um novo tema nos surpreende e nos interessa. Teatro é o que a gente gosta de ver e de fazer.

Na minha vida inteira sempre fui muito ligada a crianças. Meu ideal era ter uma família com noventa filhos. Passei a vida me envolvendo com meus alunos, meus filhos de verdade e os outros filhos – que também são de verdade e que tenho uma porção – são alunos e ex-alunos de teatro.

O teatro entrou na minha vida de uma forma muito original. Eu tinha que trabalhar e ganhar dinheiro, cortar o “cordão” com a família. Minha habilidade manual abriu caminho para eu trabalhar no Ateliê de Arte do Colégio Bennett. Arte manual não era matéria curricular e eu também não tinha, ainda, descoberto minha paixão.

Tudo Começou no Bennett

Sempre fui a pior aluna de todas as escolas que frequentei. Quando me apresentavam a um novo colégio interno, eu pedia para ver o regulamento e fazia exatamente o contrário com o objetivo de ser expulsa, o que não era nada difícil.  Eu não gostava de nada: nem dos professores, nem das aulas, de nada mesmo. O engraçado é que, posteriormente, tornei-me professora e sempre tive uma preferência pelos alunos rebeldes!

Meus pais, inicialmente, não me deixavam estudar no Bennett, por ser um colégio protestante e nossa família era católica. Só consegui estudar lá quando estava terminando o Ginásio, porque nessa época eu era um pouco dona do meu nariz. Quando cheguei ao Bennett, encontrei professores maravilhosos e uma, especialmente, chamada Dilma, que me disse de cara – “se você está querendo me irritar, desista, eu gosto de você do jeito que você é” – Disse mais, que eu estaria perdendo meu tempo com aquela atitude. Fui mudando a imagem do professor, vi que não era esse bicho de sete cabeças que só mandava e dava ordens. Senti que tinha encontrado amigos, parceiros, que também gostavam de inventar e de descobrir coisas novas. Conquistei a liberdade de ser e de dizer o que sentia. Comecei a ter diálogo com os mestres, que mostravam ser iguais a mim. Descobri o prazer de estudar e nunca mais parei. Foi assim que o Bennett passou a ser minha casa.

Pavor ou Emprego

Um dia, eu soube que a Heloísa Marinho estava se aposentando e deixando o cargo de professora de teatro de bonecos.  Eu nunca tinha ouvido falar em teatro de bonecos, nem se quer visto ou feito bonecos. Uma amiga soube e inventou que eu poderia aceitar esse desafio: ela me ensinaria as técnicas de confecção e de manipulação necessárias. Comecei a ter aulas particulares com ela, enquanto ela falava super bem de mim para impressionar a diretora do Colégio. Era uma atriz fazendo teatro, dizia que eu era incrível, talentosíssima e muito experiente com bonecos. Eu morria de pavor, mas, ao mesmo tempo, pensava: pavor ou emprego? Resolvi que ia aprender e me dedicar. Isso foi em 1961, época em que os bonequeiros argentinos Pedro Dominguez e o Ilo Krugli estavam chegando ao Brasil. Alguém viu no jornal uma matéria sobre a dupla, dizendo que eles vieram para revolucionar a linguagem de animação. Era exatamente disso que eu precisava.

Emoção ao Assistir um Coelho

Eu já estava fazendo o curso, mas ainda não tinha sido tocada pela paixão. Talvez por eu nunca ter visto nenhuma peça até então, faltava-me empolgação. Mesmo assim comecei a gostar daquela turma de professores que eram muito engraçados. Um dia eles fizeram um espetáculo e aconteceu algo que eu nunca mais esqueci. O Pedro entrou em cena com um coelho. Tive a impressão de que coelho estava vivo. Não existia mais Pedro, só um coelho vivo e muito emotivo que se movimentava no palco. Até que num momento eu esqueci a mão, o Pedro, e só via o coelho, que de tanto se movimentar, ficou cansado e bocejando de sono. O Pedro “desveste” o boneco, e, com as duas mãos faz uma rede para o boneco dormir, e canta uma canção de ninar.

Comecei a chorar de emoção e a me conscientizar de que aquilo era o que eu queria fazer. Era para aquilo que eu existia. Para me emocionar com aquele tipo de arte e para emocionar aqueles que estivessem me assistindo. A partir desse dia, eu nunca mais quis saber de outra coisa. Foi ali que eu descobri para quê eu servia, foi ali que eu descobri o teatro.

A Relação Ator/ Boneco

Acredito que os bonecos são o reflexo da gente. Somos nós que transformamos uma “coisa” em ser vivo, que tanto pode ter cara e boca, como pode ser um sapato. Depende da nossa relação com ele. Meu primeiro espetáculo profissional foi o Tá na Hora, Tá na Hora, com o Grupo Navegando. A empanada escondia apenas o rosto dos atores, deixando aparecer o corpo para que a integração boneco/ator pudesse ser sentida.  Na realidade, não existem dois seres, mas um só. Considero o boneco uma extensão do artista. Depois desse espetáculo, acabei com as empanadas, comecei a deixar o ator também à vista do público, percebi que crianças e adultos olham para onde os atores estão produzindo vida, movimento.

De Esposa à Professora

Nessa época, meu sonho era casar e ter muitos filhos. De repente me aparece aquele coelho na minha vida. E não é que, por coincidência, eu me caso com uma pessoa que se chama Coelho?

Os bonecos dinamizaram as salas de aula. Eles contavam histórias baseadas nas histórias de verdade, como a Abolição da Escravatura, a Inconfidência Mineira, a Descoberta das Américas entre outras. Minha irmã, Marília Gama Monteiro, professora também é quem escrevia os textos. O engraçado é que os professores de classe não gostavam (ou não sabiam) fazer essas representações, e eu fui assumindo essa tarefa. As mães eram grandes colaboradoras, ajudavam na confecção dos cenários, dos figurinos e adereços. Os alunos – que na época tinham de nove a treze anos – participavam da construção de tudo. Tive alunos que adoravam atuar, e outros nem tanto. Uma dessas, que na época tinha dez anos, Cica Modesto, até hoje é minha cenógrafa. Sua mãe, Magda Modesto, fazia a complementação cenográfica e até atuava junto ao elenco. Outros alunos, quando conheceram o piano, não paravam mais de tocar. Às vezes, eu chamava a Cecília Conde para dar umas oficinas. Para o cenário, a gente nunca chamou ninguém, porque muitos pais eram arquitetos e nossos consultores. Fazíamos um espetáculo atrás de outro. Assim que acabava um, a gente já estava começando outro. Esses alunos cresceram e ficaram comigo oito anos.

Um belo dia chegou um novo diretor, que era muito religioso e queria que nós só representássemos peças religiosas. Se os alunos gostassem da ideia, faríamos numa boa, mas da forma imposta, como ele queria, fui contra. Como os meus alunos do TAB – Teatro Amador Bennett, já estavam se formando no segundo grau e indo embora em busca de suas vidas profissionais, fui com eles.

NAU

Fundamos a NAU – Núcleo de Artes da Urca, para darmos continuidade às nossas pesquisas teatrais. Criamos oficinas de arte que também abriram espaço para novos aprendizes. As oficinas para crianças foram tomando muita força e ocupando o espaço físico da escola. A NAU tornou-se uma escola maternal enquanto nascia o Navegando, o nosso grupo de teatro.

Filosofia da Descoberta

Não é por coincidência que os navegantes oriundos do TAB hoje são profissionais de vanguarda nas artes cênicas, visuais, na literatura e na música. O fato de eles terem tido a oportunidade de experimentar e conhecer as diferentes áreas artísticas fez com que eles fizessem suas escolhas de acordo com os talentos descobertos. Tenho orgulho do meu trabalho em educação. Sendo educadora, aprendi com meus alunos. Nossa relação foi de troca, de procura através do estudo e da vontade de descobrir algo importante para as nossas vidas.

A educação não pode ser imposta, é processo de descoberta.  A primeira fase é propícia para a aquisição do conhecimento. Há que se ter uma boa base intelectual, estar em dia com a modernidade tecnológica. Mas é fundamental, porém, saber que a mão vem antes da tela do computador, que a técnica só faz sentido se liberar o espírito. O conhecimento da técnica ajuda a liberar o espírito. Isto é a criatividade. Descobri que emoção não é uma coisa que muita gente conhece. Pensamos que somos livres, mas estamos sempre bloqueados pela programação que recebemos, seja da família ou social.  Você só se libera da censura quando se entrega a emoção. São poucos os momentos na vida que nos esquecemos de quem somos, e esses são os melhores momentos de criação. Estou terminando um espetáculo sobre a vida de Galileu Galilei, e ainda não sei o resultado. Não tenho expectativa nem medo. Apenas estamos entregues ao processo.

Novas Experiências, Novas Emoções

Não gosto de repetir um espetáculo que eu já tenha montado. Até tentei, com o Tá na Hora, Tá na Hora que foi minha primeira peça – e de sucesso – mas não deu certo. Cada trabalho é único. Depois damos um passo à frente e caímos no mundo do desconhecido.

Tenho quarenta anos de profissão e toda vez que começo um processo criativo caio numa escuridão, aonde a gente vai atrás da luz pra descobrir o caminho. Ao mesmo tempo, as ideias das outras pessoas do grupo vão se entrelaçando e tecendo um único tecido. De repente, a gente descobre algo que fizemos juntos. Trabalhar em grupo é muito bom. Eu odeio trabalhar sozinha, é muito triste. Gosto de discutir e chegar a um acordo. Ou você convence ou é convencido. Sempre podem aparecer novas ideias para substituir as velhas, mesmo que as velhas sejam as de hoje.

O Mais Importante

O trabalho mais importante é sempre o último. Para mim, o que está na saudade mais próxima é o Bicho Esquisito. É a história de um professor que joga o desenho de um aluno no lixo e depois esse desenho se desprega do papel e vai atrás do aluno e os dois vivem uma aventura. Esse trabalho foi um grande desafio: Não tínhamos dinheiro para fazer os bonecos e nem os cenários. Mas tínhamos muito papel e resolvemos explorar suas possibilidades. Tudo no espetáculo era de papel.  Adoramos tudo. Foi bom o tempo todo. Às vezes, em certos espetáculos, esbarramos em pedras no caminho que nos obrigam a parar e repensar. São empecilhos circunstanciais que transformamos em criatividade.

Fora do Ninho

O primeiro espetáculo de outra pessoa que eu dirigi foi O Rei Mago, de Thiago Santiago. E eu nunca tinha tido essa experiência de dirigir outro grupo, nem o um texto de outra pessoa. Foi aquela coisa de sair do ninho. Fiquei super-receosa, sem coragem para dirigir. Mas o Thiago acabou me dando o texto pra ler, e há um trecho em que um cego bêbado conta uma história para o Rei Melchior e termina dizendo que aquela é a história que ele gosta de acreditar. Foi justamente por causa dessa frase que aceitei o projeto: “A verdade é aquela que você escolhe para acreditar”. Quem fez o cego bêbado foi a Andréa Dantas, que trabalhou maravilhosamente bem e ainda ganhou um prêmio de melhor atriz pelo papel.

Cada trabalho tem alguma coisa boa para guardar. Tem um ou outro não tão bom, mas isso por conta das produções. Nunca gostei de equipe de produção impondo alguma coisa, porque aí você acaba perdendo a liberdade. Liberdade de fazer o que bem entender. O bom das viagens que você embarca em grupo é entrar no sentimento dos outros e conhecendo-os, você se descobre também. São nessas idas e vindas que acabamos solidificando uma criação. E esse momento é tudo de bom,

Teatro Infantil Hoje

O que faz o teatro para crianças resistir a todas essas crises é esse amor profundo que a gente tem por ele: o teatro e as crianças. Hoje em dia isso é muito difícil, porque temos que pagar a conta de luz, do gás, ajudar um filho ou um neto. As dificuldades são cada vez maiores. Imagine eu, professora aposentada? Como é que a gente vive? Sempre tentei ganhar dinheiro fazendo teatro. Até agora ainda não aprendi. Já ganhei dinheiro dando aula e fazendo outros trabalhos, que chamo de biscate. E todas as vezes que ganhei dinheiro nessas outras coisas, usei dessa experiência para fazer teatro.  Mas o que nos faz sobreviver é o amor incondicional e eterno pelo teatro.

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Participação em Espetáculos para Crianças e Jovens

Como Diretor

Entre as 48 realizações do TAB – Teatro Amador Bennett

O Milagre
Era uma vez de Verdade: Tiradentes
O Ovo de Colombo
A Grande Tourada
Caiu do Céu
As Aventuras de Crispim
Gênesis I-27, segundo Vinicius de Moraes
Pra Onde Eu Vou, Venha Também

Trabalhos profissionais

1984 – Dito e Feito, de Marilia Gama Monteiro
1985Os Monstrengos do ReiArgumento de Armando Daut d’Oliveira, texto Marília Gama Monteiro
1985 – O Gato Pardo de Patrícia e Leonardode João das Neves
1986O Rei Mago. de Thiago Santiago
1987 – Fada Meninanspirado no livro de Miguel Pereira, texto Lúcia Coelho
1989 – Copélia, de Marília Gama Monteiro
1997 – Papagueno, de Tim Rescala
1997 – A Águia e a Galinha, de Leonardo Boff, adaptação Benjamim Santos
1998 – A Águia e a Galinha, de Leonardo Boff, adaptação Benjamim Santos
1999 – Pianíssimo, de Tim Rescala
2000 – Papagueno, de Tim Rescala
2000 – Pianíssimo, de Tim Rescala
2002 – Baia da Guanabara, de Rogério Blat, com argumento de Luana de Jesus Castro
2003 – O Bicho Esquisito,
2004 – Teatro de Sombras de Ofélia, de Marília Gama Monteiro
2005 – O Bicho Esquisito,
2005 – Folias de Natal, de Gisa Gonsioroski
2006 – Galileu Galilei
2007 – O Ovo de Colombo, de Marília Gama Monteiro
2009 – O Milagre do Santinho Desconfiado, de Marília Gama Monteiro
2012 – Macunaíma, uma História de Amor de Marília Gama Monteiro, a partir de Mário de Andrade
2014 – A Pequena Vendedora de Fósforo, de Hans Christian Andersen, adaptação Denise Crispun
2015 – A Pequena Vendedora de Fósforo, de Hans Christian Andersen, adaptação Denise Crispun

Como Autor e Diretor

1978 – Tá na Hora, Tá na Hora, criação coletiva, texto Lúcia Coelho
1979 – Duvi-de-ô-dó, de Caíque Botkay e Lúcia Coelho
1980 – Passa, Passa Tempode Caíque Botkay e Lúcia Coelho
1981 – Cara ou Coroa, de Caíque Botkay e Lúcia Coelho
1992 – Sete Quedas – A Lenda e o Sonho, de Maria Bati, adaptação Lúcia Coelho
1994 – A Mulher que Matou os Peixes, de Clarice Lispector, adaptação de Lúcia Coelho e Zezé Polessa
1994 – Tá na Hora, Tá na Hora, criação coletiva, texto Lúcia Coelho
1995 – Tem Rei lá Fora, de Lúcia Coelho, adapatado da ópera Amahl e os Visitantes da Noite, de Giancarlo Menotti

Como Autor

1997 – A Estrela Menina, direção Gualter Costa

Participação em Espetáculos Adultos

Como Diretor

1991 – O Vampiro
1993 – Ai, Quem me Dera uma Estação de Amor – Vinicius de Moraes, roteiro Lúcia Coelho, Casa de Cultura Laura Alvim
1993 – À Teus Pés, de Ana Cristina Cesar, Teatro Villa-Lobos – Espaço III
1994 – Bodas de Fígaro
1996 – Meta Isso na Sua Cabeça, de Lícia Manzo e Luiz Carlos Góes, Teatro da Universidade Gama Filho
1996 – Os Melhores Momentos de West Side Story,
1998 – Ponto e Virgula, de Aloisio Abreu, Teatro Dina Sfat
2005 – Crimes do Coração, de Bete Henley, Teatro dos Quatro, Teatro do Jockey
2011 – Meniná, de Lúcia Coelho, Teatro do Jóckey

Prêmios de Teatro

1978 – Tá na Hora, Tá na Hora

Prêmio MEC – Troféu Mambembe
Indicação de Melhor Cenografia para Cica Modesto

IV Prêmio SNT
Um dos Cinco Melhores Espetáculos do Ano

1979 – Duvi-de-ô-dó

Prêmio MEC – Troféu Mambembe
Indicação de Melhor Autor para Lucia Coelho e Caíque Botkay
Indicação de Melhor Diretor para Lucia Coelho
Indicação de Atriz Revelação para Andréa Dantas
Indicação Categoria Especial para os Bonecos de Cica Modesto
Indicação Categoria Especial pelos Adereços de Zilda Coelho
Indicação Categoria Especial pela Iluminação de Roberto Santos
Indicação Categoria Grupo, Movimento, Personalidade para o Grupo Navegando
Prêmio de Melhor Cenografia para Cica Modesto
Prêmio de Melhor Produção para o Grupo Navegando

V Prêmio SNT

Um dos Cinco Melhores Espetáculos do Ano

1980 – Passa, Passa Tempo

Prêmio MEC – Troféu Mambembe
Indicação de Melhor Atriz para Andréa Dantas
Indicação de Melhor Cenografia para Cica Modesto
Indicação de Atriz Revelação para Fernanda Coelho
Indicação de Revelação pela Manipulação dos Bonecos para Fábio Pilar
Indicação de Categoria Especial pela criação dos Bonecos de Cica Modesto
Indicação Categoria Grupo, Movimento, Personalidade para o Grupo Navegando
Prêmio de Melhor Autor para Lucia Coelho e Caíque Botkay
Prêmio de Melhor Diretor para Lucia Coelho
Prêmio de Melhor Produtor ou Empresário para Elvira Rocha e Lúcia Coelho

VI Prêmio SNT
Um dos Cinco Melhores Espetáculos do Ano

Prêmio Molière

Pelo espetáculo e pela direção frente ao Núcleo de Artes da Urca

1982 – Cara ou Coroa

Prêmio MEC – Troféu Mambembe
Indicação de Melhor Diretor para Lucia Coelho
Indicação de Melhor Atriz para Andréa Dantas
Indicação de Melhor Figurino para Cica Modesto
Prêmio de Melhor Cenografia para Cica Modesto

Prêmio INACEN
Um dos Cinco Melhores Espetáculos do Ano

1984 – Dito e Feito

Prêmio MEC – Troféu Mambembe
Indicação de Melhor Diretor para Lucia Coelho
Indicação de Prêmio Especial pela adaptação de O Circulo do Giz para Marília Monteiro
Indicação Produtor ou Empresário para NAU – Núcleo de Arte da Urca
Prêmio de Melhor Cenografia para Cica Modesto
Prêmio Categoria Grupo, Movimento, Personalidade para o Grupo Navegando pela ocupação criativa do Teatro Villa-Lobos

Prêmio INACEN
Um dos Cinco Melhores Espetáculos do Ano

1986 – O Rei Mago

Prêmio MINC – Troféu Mambembe
Indicação de Melhor Autor para Thiago Santiago
Indicação de Melhor Cenografia para Lídia Kosovski
Prêmio de Melhor Diretor para Lucia Coelho
Prêmio de Melhor Atriz para Andréa Dantas

Prêmio INACEN
Um dos Cinco Melhores Espetáculos do Ano

1989 – Copélia

Prêmio MINC – Troféu Mambembe
Indicação de Melhor Cenografia para Cica Modesto
Indicação Produtor ou Empresário para Lúcia Coelho
Prêmio Categoria Grupo, Movimento, Personalidade para o Grupo Navegando pelos dez anos de atividades.

Prêmio FUNDACEN
Um dos Cinco Melhores Espetáculos do Ano

Prêmio Coca-Cola de Teatro Infantil
Indicação de Melhor Coreografia para Lia Rodrigues
Prêmio de Melhor Cenografia para Cica Modesto
Prêmio de Melhor Música para Caíque Botkay

1994 – A Mulher que Matou os Peixes

Prêmio MINC – Troféu Mambembe
Indicação para Melhor Direção para Lúcia Coelho
Prêmio de Melhor Atriz para Zezé Polessa
Indicação para Prêmio Especial pela idealização do espetáculo para Lúcia Coelho e Zezé Polessa

Prêmio Coca-Cola de Teatro Jovem
Indicação para Melhor Direção para Lúcia Coelho
Indicação Melhor Cenografia para Cica Modesto
Indicação de Melhor Música para Caíque Botkay
Indicação a Categoria Especial pelos Adereços para Magda Modesto
Prêmio de Melhor Atriz para Zezé Polessa
Prêmio Categoria Especial pela idealização e realização para Lúcia Coelho e Zezé Polessa

1997 – Papagueno

Prêmio MINC – Troféu Mambembe
Indicação de Ator Coadjuvante para Fernando Sant’Anna
Prêmio de Melhor Autor para Tim Rescala
Prêmio de Melhor Direção para Lúcia Coelho
Prêmio de Melhor Atriz para Claudia Mele
Prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante para Alice Borges
Prêmio de Melhor Cenografia para Cica Modesto
Um dos Cinco Melhores Espetáculos do Ano

Prêmio Coca-Cola de Teatro Jovem
Indicação de Melhor Texto para Tim Rescala
Indicação de Melhor Produção para Oscar José
Indicação de Melhor Ator para Cláudio Mendes
Indicação de Melhor Atriz para Alice Borges
Indicação de Melhor Iluminação para Jorginho de Carvalho
Indicação de Melhor Espetáculo
Prêmio de Melhor Direção para Lúcia Coelho
Prêmio de Melhor Ator para Fernando Sant’Anna
Prêmio de Melhor Música para Tim Rescala
Prêmio de Melhor Cenografia para Cica Modesto

1999 – Pianíssimo
Prêmio Coca-Cola de Teatro Jovem
Indicação de Melhor Direção para Lúcia Coelho

2007 – O Ovo de Colombo

Prêmio Zilka Sallaberry de Teatro Infantil
Indicação de Melhor Texto para Marília Gama Monteiro
Indicação de Melhor Direção para Lúcia Coelho
Indicação de Melhor Ator para Marcelo Dias
Indicação de Melhor Atriz para Maria Cristina Gatti
Indicação de Melhor Cenografia para o Grupo Navegando
Indicação de Melhor Iluminação para Jorginho de Carvalho
Prêmio Especial pelos 40 anos de atividades para Lúcia Coelho

2009 – O Milagre do Santinho Desconfiado

Prêmio Zilka Sallaberry de Teatro Infantil
Indicação a Melhor Espetáculo
Indicação de Melhor Direção para Lúcia Coelho
Indicação de Melhor Ator para Marcelo Dias
Indicação de Melhor Iluminação para Jorginho de Carvalho
Indicação de Melhor Música para Marcelo Alonso Neves
Prêmio de Melhor Texto para Marília Gama Monteiro

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Entrevista  realizada no no Teatro Cacilda Becker, no dia 03 de Outubro de 2006, para o Projeto Encontros e Oficinas. Pesquisa de espetáculos e premiações atualizada em setembro de 2013. Fotos: Arquivo de Lúcia Coelho.