Nova Peça – A Vaca Rosemeire será apresentada em março

Matéria publicada no O Estado de São Paulo – Caderno 2
Por Lívia Deodato – São Paulo – 19.12.2005

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Cia. Teatral ganha novo espaço: Companhia Teatral Paidéia ganha nova Sede

A trupe deixa a Biblioteca Kennedy e vai para o Pátio dos Coletores de Cultura

Após quatro anos ocupando a Biblioteca Presidente Kennedy, na Avenida João Dias, 822, A Companhia Paidéia de Teatro muda sua sede para o Pátio dos Coletores de Cultura, localizado na Rua Darwin, 153, Alto da Boa Vista. O nome foi rebatizado pelo grupo: nos anos 50, o espaço que acaba de ser cedido pela subprefeitura de Santo Amaro era chamado de Pátio dos coletores de Lixo. “Queríamos também recuperar a história desse lugar”, conta um dos fundadores da Paidéia, Amauri Falseti.

A Biblioteca Presidente Kennedy teve de ser deixada pela trupe porque vai ser transformada em um centro de referência de arquitetura e também receberá um novo nome – será chamada de Biblioteca Prestes Maia.

O espaço do Pátio dos Coletores de Cultura é maior do que o da biblioteca e, por isso, Falseti acredita que, agora, conseguirá atender os jovens que aguardam, numa lista de espera, para participar das oficinas ministradas pela companhia. “Acredito que, depois da reforma que faremos em janeiro, conseguiremos receber cerca de cem pessoas para assistirem às nossas peças, além de conseguirmos atender os cerca de 200 jovens da lista de espera”.

A Paidéia, desde a sua fundação, em 1997, trabalha com jovens moradores da periferia de São Paulo. Oficinas de dramaturgia, interpretação, serigrafia e até de costura (para produção de figurinos) já foram oferecidas e continuam nos planos de 2006. “existe uma mistura de jovens de classes sociais diferentes, o que torna o resultado ainda mais rico”, diz Falseti.

Além dos trabalhos na comunidade, a trupe já ensaia as novas peças que vão apresentar no próximo ano, a partir de fevereiro, no novo espaço: O Prodígio do Mundo Ocidental, de John Synge, Claraboia Sem Luar, de Edward Stulbach, e A Vaca Rosemeire, de Andri Beyeler.