Programa do espetáculo que estreou em 11.10 com temporada até 2014

Filipeta, 2014

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Kiko do Vale e Marino Rocha. Fotos: Dalton Valério e Caíque Cunha

Giulia Nadruz e Kiko do Vale

 

 

 

 

 

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(INFORMAÇÕES DO PROGRAMA)

(Capa)

Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e Secretaria Municipal de Cultura,
Centro de Referência Cultura Infância – Teatro Municipal do Jockey
e Eletrobrás Furnas apresentam

O ELIXIR DO AMOR

(Verso da Capa)

O Amor é o Elixir

Do que se faz o elixir?

Um pai oferece um chá Donizzetti para seu filho.

O filho cresce até virar pai. Acrescenta mais ingredientes ao chá. Folhas de texto do tipo Vanessa, raízes de equipe do espetáculo. E por fim adiciona flores de atores a esse chá tão mágico! Flores lindas e que perfumam a cena, cada uma diferente da outra. Juntos dão o verdadeiro sabor desse chá!

Esse chá é o nosso elixir.

Bebam e divirtam-se!

 Daniel Herz, Diretor

 A adaptação do libreto da ópera cômica O Elixir do Amor para o teatro musical infantil começou com o desafio de mergulhar a fundo na partitura de Gaetano Donizetti (Bérgamo , Itália, 1797-1848) buscando extrair a sua essência musical, livre dos adornos e exacerbações características do século XIX, e transformá-la em um conto cantado no ouvido da criança. A sonoridade sinfônica e o bel canto foram reduzidos a poucos instrumentos e vozes que trazem o colorido intimista de um sarau caseiro. O libreto e o tema adicional procuram respeitar as exigências dramatúrgicas e a ambientação nos pampas.

O Elixir é uma ópera divertida e sensível, composta com rigor técnico, mas que nunca perde a leveza. E tem cada ária! Cada melodia! Que aula de música!

                   Josimar Carneiro, adaptador do libreto, Diretor Musical, Arranjador.

(Páginas 01 e 02)

Mas bah, tchê, tri legal!

Há alguns anos venho desenvolvendo uma pesquisa de teatro para crianças onde o clássico e o popular se misturam. Depois de O Barbeiro de Ervilha e A Borralheira, uma opereta brasileira (Adaptações de óperas italianas para diferentes regiões do Brasil), eu tenho a alegria de apresentar para vocês, juntamente com esta equipe que tanto admiro, a adaptação de O Elixir do Amor com um gostinho todo especial de chimarrão.

Quando li o libreto da ópera foi amor à primeira lida! O ingênuo Nemorino acredita no elixir do amor, uma poderosa poção mágica que é capaz de fazer conquistar o amor impossível! Mas existe mesmo a tal poção? Sim, dentro do coração de Nemorino. Para despertar o sentimento da sua querida Adina ele encontrou bem lá no fundinho do coração a fórmula mágica para o seu próprio elixir: algumas colheradas de esperança, um punhado de força e uma boa salpicada de coragem!

O ponto de partida para esta dramaturgia foi o compositor Gaetano Donizetti. Ele foi um clássico nacionalista italiano e criou óperas belíssimas dando voz ao seu país. Ora, pensando no compositor… Se ele fosse brasileiro… De onde ele seria? Mas bah! É claro, tchê! Seria do Rio Grande do Sul! O gaúcho é conhecido por amar e defender bravamente a sua terra e a sua gente! A ação da história original – que se passa no campo da Itália no início do século XIX – encaixou perfeitamente nos campos gaúchos. A solidão do peão – vaqueiro dos pampas, chamava pelo protagonista Nemorino, o camponês do libreto original. A fazendeira italiana Adina passou a ser a patroa da estância. Estas e muitas outras afinidades contribuíram para o enorme desejo de levar esta história para os palcos com um sopro dos costumes, das tradições e do folclore do universo campesino do Rio Grande.

O clima de romance entre prendas e peões dos contos do grande folclorista João Simões Lopes Neto serviu de fonte inspiradora para a criação do universo dramatúrgico. Da mesma maneira o cancioneiro gaúcho – que são belíssimas poesias populares – inspiraram a criação dos trovadores, os cantadores da nossa história.

Dedico este espetáculo ao querido público e deixo aqui a minha imensa gratidão a toda a equipe, parceiros de criação e de técnica. Obrigada em especial ao amigo e parceiro Daniel Herz por ter me apresentado esta linda obra e aos nossos patrocinadores por incentivarem a arte e a cultura nas nossas crianças. O meu carinho também a Karen Acioly e ao charmoso e acolhedor Centro de Referência Cultura Infância – Teatro Municipal do Jockey!

E agora, depois de beber um golinho do elixir amoroso do Dr. Dulcamara, eu deixo aqui o coração para o meu “Nemorido” Glauco Bernardi, companheiro de toda a vida!

Viva o Amor!

Viva o Teatro e a Música!

Vanessa Dantas, Dramaturga e Adaptadora do libreto, Atriz, Produtora.

 (Página 03)

O Que é O Que É?

É verde, quentinho, tem gosto amargo e simboliza a amizade na cultura gaúcha?

É o Chimarrão!

O gaúcho tem uma forma muito carinhosa de receber as pessoas em sua terra. Se aparece visita, ele logo oferece a sua bebida preferida, o chimarrão, como parte das boas vindas! A bebida faz parte do dia a dia do gaúcho da cidade e também do gaúcho do campo, desde o amanhecer até a noitinha, quando termina as suas tarefas. Segundo todo gaúcho, o bom mesmo é tomá-lo em roda de amigos, pois, passando de mão em mão, o chimarrão mantém acesa a chama do amor e da amizade!

(Página 04 a 07 – Fotos do elenco)

Elenco

Kiko do Vale, Nemorino
Giulia Nadruz, Adina
Leonardo Miranda, Belcore
Marino Rocha, Doutor Dulcamara
Vanessa Dantas, Gianetta
Isabela Rescala, Serafina
Saulo Vignoli, Donizetti
Letícia Malvares, Gaetana
Roberto Bahal, Padre
João Bouhid, Coroinha

Ficha Técnica

Da ópera L’Elisir d’Amore de Gaetano Donizetti e Felice Romani
Adaptação do Libreto: Vanessa Dantas e Josimar Carneiro
Direção: Daniel Herz
Dramaturgia Original: Vanessa Dantas
Direção Musical: Josimar Carneiro
Arranjos: Josimar Carneiro e Jayme Vignoli
Direção de Movimento: Marcia Rubin
Diretora Assistente: Clarissa Kahane
Diretor Musical Assistente: Jayme Vignoli
Idealização do Projeto: Vanessa Dantas e Daniel Herz.

Acordeão e Teclado: Roberto Bahal
Violão: José Bouhid
Flautas: Letícia Malvares
Violoncelo: Saulo Vignoli

Cenografia, Objetos Cênicos, Bonecos, Adereços e Máscaras: Glauco Bernardi
Figurinos, Adereços, Visagismo: Heloísa Frederico
Iluminação: Aurélio de Simoni
Preparação Vocal: Chiara Santoro
Designer de Som: Carlos Fuchs e Henrique Vilhena
Ensaiador: Roberto Bahal
Caracterização: Luiz Bellini

Tema adicional Minha Terra: Josimar Carneiro e Vanessa Dantas
Assessoria Dramatúrgica de Sotaque Regional Gaúcho: Maria Carolina Ribeiro
Assessoria de Sotaque, Cultura e Tradição Regional Gaúcha: Luiziane Fortes
Ilustração/Arte Digital: Artur Rocha
Design Gráfico: Karin Palhano
Marketing Cultural: Gheu Tibério
Assistente de Marketing Cultural: Glória Dinniz
Assessoria de Imprensa: Daniella Cavalcanti
Assessoria Contábil: Cris Consult
Fotografia: Dalton Valério e Caique Cunha
Assistente de Direção Estagiária: Barbara Herz
Assistente de Figurinos e Adereços: Lili Teixeira e Anna Nodari
Pintura Cenográfica: Vandinho Beltrão
Equipe de Cenotécnica: André Brandão, Antônio Brandão, Cezinha, João Batista e Valter Rosa
Contrarregras: Antônio Brandão, Tiago Amorim, Tarcio Fernandes
Costureira: Ritinha e Maria de Lourdes
Camareira: Lia Moreira e Marlene
Operador de Som: João Paulo Pereira
Microfonista: Fábio Campos
Operador de Luz: Felipe Medeiros

Administração e Direção de Produção: Verônica Prates
Produtores Executivos: Anádia Oliveira e Valério Lima
Produtoras Associadas: Vanessa Dantas e Verônica Prates
Realização Marcatto Produções Artísticas

(Página 08 e Verso da Última Capa)

Glossário

Que beleza é o nosso Brasil e a sua relação com língua portuguesa!

Cada canto do país tem o seu jeito de falar e de dar significados diversos às palavras. Concentramos aqui, queridos guris, o significado de algumas palavras e expressões da região dos pampas que também estão presentes na nossa história.

A la puxa!: O mesmo que Puxa Vida!

Bah!: Abreviação da palavra barbaridade, que é dita tantas vezes pelo gaúcho que ele até encontrou uma maneira de simplifica-la ficando apenas bah!. E ele a diz em qualquer situação: quando está feliz, triste, com dúvida, com medo ou espantado… Faz parte da sua conversação diária, o que torna o seu jeitinho de falar ainda mais charmoso.

Bamburral: terreno com muitos bambus ou arbustos espinhentos que impedem a passagem de animais.

Bandear: mudar de lugar.

Boi Corneta: Boi que só possui um chifre, por ter quebrado um deles, ou por nascer assim mesmo. Costuma ser arredio e causador de problemas.

Bueno: bom.

Cantar Ferros: baterem as armas brancas (espadas etc) em uma luta

Capaz!: o mesmo que De jeito nenhum!

Chorar as Pitangas: reclamar, queixar

De laço a laço: de ponta a ponta.

Estância: fazenda de criação de gado

Espora: usado em montaria. Instrumento de metal que se coloca na parte detrás da bota do cavaleiro e serve para estimular a corrida ou apertar o passo do animal em que se monta.

Faceiro: alegre, contente. Também pode ser o cavalo que pisa elegante.

Garboso: galante, bonito

Gaúcho: indivíduo que se dedica às áreas pastorais, ou seja, o homem do campo do sul do Brasil, Argentina e Uruguai.

Gracias: obrigado, obrigada

Guapo: bonito, charmoso

Guri: menino

Gurizada: criançada, meninada

Moscão: distraído

Mui: muito

Pago: lugar

Paletear: cutucar o cavalo com a espora para que ele apresse o passo

Pampa: também chamado de Pampas, Campos do Sul, Campos Sulinos e Campanha Gaúcha. São os campos localizados no sul da América do Sul, onde se encontra boa parte do Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina.

Peleia: briga, luta

Piazito: menininho, criancinha

Prenda: moça gaúcha; moça jovem; a querida, aquela que o gaúcho quer namorar

Querência: lugar onde uma pessoa nasceu ou se acostumou a viver

Rio Jaguarão: rio brasileiro do estado do Rio Grande do Sul

Tchê!: amigo

Tri bom: Tão bom que é tri, ou seja, três vezes bom!

Tri legal: tão legal que é tri, ou seja, três vezes legal!

Vivente: pessoa, ser vivo.

(Ultima Capa)

Livre para todos os públicos
Jogue lixo no lixo.

Patrocínio

Lei de Incentivo à Cultura, Prefeitura do Rio, Eletrobras Furnas

Promoção

Elemidia, MOVTV, MPB Fm

Apoio

Werner Tecidos, Dry Wash, TriFil, ASPA, 8 Tempos, Casa Cruz, Rei do Mate, Forno de Minas, Marilia, Donna, Itamaraty, BioCarioca,  Conexão Infância,  Centro de Referência Cultura Infância

Realização

Marcatto, Quintal