Programa do espetáculo que teve temporada de 13.09 a 21.10.2012, no CCBB, Rio de Janeiro

(INFORMAÇÕES DO PROGRAMA)

(Capa)

Banco do Brasil
apresenta

VALSA Nº 6

de Nelson Rodrigues

(Logo) Teatro Portátil
Crédito da Foto: Jorge Bispo

(Interior)

Banco do Brasil apresenta Valsa Nº 6, primeira adaptação de uma peça de Nelson Rodrigues para o teatro de animação.

O monólogo escrito em 1951 retorna aos palcos no ano em que todo o País celebra o centenário de Nelson Rodrigues. A partir do trabalho da Companhia Teatro Portátil a montagem reafirma valiosa contribuição do autor em sua forma de narrar histórias e sua criatividade em experimentar novas linguagens.

Ao receber a montagem de um dos maiores nomes da dramaturgia brasileira na qual a única personagem principal é vivida por uma boneca, o Centro Cultural Banco do Brasil incentiva o público adulto a prestigiar novos formatos e ressalta a capacidade do teatro em se manter em constante renovação.

Centro Cultural Banco do Brasil

Valsa Nº 6 e o Teatro de Animação

No ano em que se comemora o centenário de nascimento de Nelson Rodrigues nos propusemos a homenageá-lo, transpondo a poética de Valsa Nº 6 para o palco do Teatro de Animação. Desafio que faz para nós algum sentido, afinal o autor destacou-se não apenas pelo conteúdo de suas peças, mas especialmente pela forma de narrar suas histórias. A proposta de encenação desta montagem utiliza recursos de linguagem de animação para valorizar a essência poética do texto. No palco, além de uma boneca que vive a protagonista, estão presentes as memórias de Sônia, projetadas em filmes de animação. A proposta é trabalhar com diferentes dimensões narrativas e metafóricas, reais e fictícias, presentes na peça.

Valsa Nº 6 questiona nossa existência. Colocar uma boneca – um objeto inanimado – em cena, cheio de vida, indagando ao espectador sobre o que é estar vivo, representa para nós uma metáfora dessa questão central do texto. Assim como desejou o autor, que esta montagem proporcione ao público uma experiência estética especial ao lado do próprio Nelson Rodrigues, de Chopin e das formas animadas.

Flávia Reis e Alexandre Boccanera

Flávia Reis
Julia Schaeffer
Guilherme Miranda

Realização: Centro Cultural Banco do Brasil
Produção: Boccanera Produções Artísticas
Texto: Nelson Rodrigues
Direção: Alexandre Boccanera
Criação das Bonecas e Assessoria de Manipulação: Raimundo Bento
Confecção das Bonecas: Raimundo Bento, Marcos Moura e Thiago Guimarães
Confecção do Cenário: Sílvio Pereira Junior (Marcenaria Tronco)
Desenho Animado: Estúdio Donguri (Beatriz Carvalho e Diogo Nii Cavalcanti)
Trilha Sonora: Guilherme Miranda
Cenário: Suiá Burger Ferlauto
Iluminação: Aurélio de Simoni
Figurino: Antônio Guedes
Assistente de Figurino: Flavia Spinelli
Preparação Corporal e Direção de Movimento: Joana Ribeiro e Marito Olson-Forsberg
Maquiagem: Mona Magalhães
Edição dos Vídeos: Jorge Neto
Sonorização: Rossini Maltoni
Cenotécnico: Diogenes Santos Silva, Jorge Dias e Álvaro de Souza
Operação de Som: Vinicius Geria
Operação de Luz: Leandro Santiago
Assessoria de Comunicação: Bianca Senna (Astrolábio Comunicação)
Design Gráfico: Roberta Range
Direção de Produção: Alexandre Boccabeta
Produção Executiva: Bárbara Azevedo e Thamires Trianon

(Verso da Última Capa)

Fala Nelson!

Diariamente eu lanchava no Alvadia. A partir de certo momento e durante uma semana, passei a sentir uma euforia completa, um inexplicável bem estar físico. Surpreso, procurei explicar-me o fenômeno, até que seis ou sete dias depois descobri que a satisfação, a felicidade cuja origem desconhecia eram provocadas pela música de Chopin, fundo sonoro do filme À Noite Sonhamos, na ocasião exibido no Império. Creio ter nascido aí o desejo de transpor a experiência pessoal para o palco , atingir no teatro resultado semelhante: o espectador, sem saber como e por quê, sentiria profunda tensão e prazer estéticos, mesmo sem compreender a peça, nos elementos de lucidez e consciência.

Valsa Nº 6 é menos parecida com outro monólogo do que uma máquina de escrever com uma máquina de costura.

Coloquei uma morta em cena porque não vejo obrigação para que uma personagem seja viva. Para o efeito dramático, essa premissa não quer dizer nada.

(Última Capa)

De 13 de setembro a 21 de outubro de 2012
quarta a domingo, às 19h30

Sobre a Companhia

Há sete anos a companhia Teatro Portátil desenvolve uma pesquisa continuada sobre a linguagem do teatro de animação. Com o material dessa pesquisa, criou os espetáculos 2 Números e As Coisas e apresentou-se em diversas cidades no Brasil e no exterior.

Saiba mais no site: www.teatroportatil.com.br

Agradecimentos

Alexandre Guimarães, Ana Fagundes, Ana Kfouri, Beatriz Apocalypse, Bianca Carmo, Elisabeth Jofily Cruz, Fátima de Souza, Flavio Souza, Francisco Gomes, Giramundo Teatro de Bonecos (MG), Grupo Roda Gigante, Gustavo Otsuka, Isabella Carvalho, Johnny Farias, Jorge Kugler, Juliana Peixoto, Lucia Koch, Manuela Braccini, Pedro Ramôa, Suely Gerhardt, Terno Teatro de Bonecos (MG), Ulisses Tavares.

Apoio

(Logos) Casa da Glória, Lunetterie, Studio Mariana Lobato, Mega Matte, Paradiso, Stamppa.

Produção

(Logo) Boccanera Produções Artísticas

Realização

(Logos) Prefeitura do Rio, FATE, Centro Cultural Banco do Brasil, Governo Federal