Programa, 2006

Fotos: Márcio Lima


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(INFORMAÇÕES DO PROGRAMA)

(Capa)

Cia. Novos Novos

Apresenta

DIFERENTES IGUAIS
                                                      
(Verso da Capa)

Projeto Vila Novos Novos II

Coordenação: Cássia Valle e Débora Landim

Orientadores das Oficinas:
Cenotécnica: Paulo Batistela (Nietszche)
Identidade Cultural: Luciana Palmeira
Iluminação Cênica: Fábio Espírito Santo
Teatro: Débora Landim
Colaborador Operacional: Clóvis Gramosa dos Santos

Patrocínio

(Logo) Coelba, FAZCULTURA

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Diferentes Iguais

Diferentes Iguais mistura português, inglês e falas inventadas em dialetos imaginários. O tema abordado é a tolerância em suas diversas escalas. A ideia é mostrar, de forma lúdica e simbólica, que muitas vezes somos atores de uma realidade que nos coloca como vítimas e algozes de acontecimentos horrendos. Atuamos em uma lógica na qual é normal, vivermos entre as extravagâncias dos ricos e a mais completa necessidade dos pobres. É o mundo sem causa-consequência que criamos e que se solidificou a ponto de soar ingênuo e deslocado questioná-lo.

Em Diferentes Iguais, tudo se desenrola no local das extravagâncias, das revelações hiperbólicas: o circo. Nos bastidores desse circo imaginário, que ora escancara seu cotidiano ao público, ora mostra a ele a sua cena ensaiada, vão se desenrolando acontecimentos que buscam explicitar a atual condição humana. A vítima de hoje, quase sempre, é o algoz de amanhã. Porque é assim? – e a pergunta que ressoa.

O homem de paletó, personagem que quer comprar o circo, é o exemplo do poder com o qual convivemos, não mais ditatorial, mas imposto pelo sistema econômico e pelas urnas e até das urnas surgem o problema não está só no modelo político ou econômico, mas principalmente, no modelo de humanidade. A questão da intolerância racial, tão forte no nosso Brasil e também em tantos países do mundo, é outro assunto que não pôde nos fugir.

O Palhaço, tantas vezes usado para rir e chorar, camuflar e explicitar, consolar e caçoar, é, nesta peça, contraponto do Homem de Paletó, Atirador de facas e sua Musa vivem os dilemas do amor que tem um dono, um que comanda; que não tem o melhor dele, enfim: a troca. E a palavra, símbolo do entendimento, esta também tem destaque em Diferentes Iguais. Quem tem a palavra, tem o poder. Mas o poder pode ser usado de forma errada; e muitas vezes é

Mas, se a intolerância é perigosa, a tolerância, por vezes, também é. Como aceitar como normal o crescimento dos grupos neonazistas, o tráfico de seres-humanos em tantos países do mundo, a submissão das nações pobres frente às ricas? São algumas questões levantadas por Diferentes Iguais, um projeto que, mais do que oferecer respostas, busca colocar em cena questionamentos, oferecendo ao público a oportunidade de pensar sobre “certezas” que hoje sustentam nossa sociedade.

Diferentes Iguais, é a primeira montagem da Companhia Novos Novos dedicada a um público adolescente, com idade um tanto maior do que a que costumava ser alvo das peças anteriores. Também por isso, o assunto a ser abordado foi cuidadosamente escolhido para representar esse salto de perspectiva vivenciado pela equipe.

Assim, Diferentes Iguais trata da intolerância e da tolerância, do respeito aos costumes, às crenças, às diferenças apresentadas pelo outro. Para falar de tema tão complexo, buscou-se um espetáculo que fosse fortemente simbólico e cujo entendimento extrapolasse as fronteiras da língua. Texto, música, coreografia, cenário, figurino, iluminação, tudo, como é costume nos trabalhos do grupo, foi dimensionado para as particularidades de um elenco formado por jovens, neste caso com idades entre 14 e 18 anos. Essa é nossa trajetória. Uma história que, a partir da encenação de Diferentes Iguais, ganha mais um capítulo.                                                                                                                                                                                                        Débora Landim – Coordenadora e encenadora da Companhia Novos Novos                    

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Pontes e Teatros

A Companhia Novos Novos estreou o espetáculo Diferentes Iguais na cidade de Manchester (Inglaterra). A peça do grupo baiano esteve na programação de abertura do Contacting The World 2006 (Internacional Fund for the Promotion of Culture – UNESCO). Evento realizado entre 17 e 23 de julho. O Contacting The World se realizou no Contat Theatre e teve 12 peças em sua programação, vindas de oito países diferentes e envolvendo cerca de 160 jovens atores de lugares como Ruanda, Escócia, África do Sul, Filipinas, Nova Zelândia, Inglaterra, Índia e Brasil. Diferentes Iguais fez uma apresentação para cerca de 500 pessoas, realizou oficinas e participou de debates na Manchester University.

A ida da Companhia Novos Novos ao Contacting the World 2006 foi possibilitada pelo British Council. Mais uma passagem foi patrocinada pelo Ministério da Cultura do Brasil. Esta viagem para Manchester marcou a primeira apresentação internacional da Novos Novos, mas antes disso, integrantes já haviam viajado outras duas vezes para a Inglaterra (LIFT- London International Festival of Theatre / Londres 2003, Leicester Theatre, UK 2006) e Argentina (Projeto Phakama/ intercâmbio cultural entre Brasil, Inglaterra, África do Sul e Argentina. Buenos Aires 2006)

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Elenco

Elaine Adorno
Felipe Gonzalez
Jamile Menezes
João Victor Santana
Lucas Carvalho
Raíssa Fernandes
Thierry Gomes
Victor Almeida

Ficha Técnica

Direção: Débora Landim
Texto: Edson R. e Fábio Espírito Santo
Direção Musical : Ray Gouveia
Músicos: Felipe Menezes, João Meirelles, Leonardo Bittencourt
Divulgação: Edson Rodrigues e Assessoria de Comunicação do Teatro Vila Velha
Fotografias da Exposição: João Meirelles
Arte Gráfica Guilherme Athayde
Oficineiros: AC Costa (Oficina de Perna de Pau)
Agnaldo Buiu (Oficina de Berimbau)
Igor Gonzáles (Oficina de Técnica Circense/Malabares e Monociclo)
José Carlos (Brad) e Hamilton Filho (Oficina de Máscara Popular)
Produção: Moinhos Giro de Arte
Coreografias: Lulu Pugliese
Luz: Fábio Espírito Santo
Montagem de Luz: Alunos da Oficina de Iluminação do Projeto Vila Novos Novos II Bárbara Luciana, Daiana castro, Elizeu Santana, Geovane Ferreira, Marcelo Monteiro, Renato Rios, Joelson Gomes Cenografia: Paulo Batistela (Nietzsche)
Cenotécnico: Adriano Passos
Execução de Cenário: Alunos da Oficina de Cenotécnica do Projeto Vila Novos Novos II – Alailson Borges, Elizeu Santana, Geovane Ferreira, Josenilson Rodrigues, Levi Sena
Figurino e Maquiagem: Marísia Mota
Execução de Figurino: Na Ruth Brito Cunha, Bernadete Cruz, Rosângela Gomes, Sarai Santos
Confecção de Adereços: Francis Strappa, Ruhan Álvares, Maurício Pedrosa
Técnico de Som: Maurício Roque
Realização: Companhia Novos Novos Teatro Vila Velha

Os Novos Novos agradecem à equipe do Teatro Vila Velha, Kleber Gomes, Moacir Gramacho, Patrícia Fox. Fábio Santos, Daniel Fróes, Eduardo Rodrigues e Todos os Artistas, Músicos, Técnicos e Pais que Participaram e se Dedicaram ao Projeto.

(Página 4 e 5 – Foto) 

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Companhia Novos Novos

A Companhia Novos Novos começou a surgir em 1999, quando o diretor do teatro Vila velha, Marcio Meirelles, convidou a atriz e diretora Débora Landim para colaborar na preparação do elenco infantil da peça Pé de Guerra (2000), um texto de Sônia Robatto. A experiência foi tão positiva que Landim resolveu dar seguimento ao trabalho com as crianças do elenco.

Depois de uma intensa preparação, nasceu o espetáculo que marca o aparecimento da Novos Novos como companhia independente: Imagina Só… Aventura do fazer de 2001. Premiado e muito elogiado, Imagina Só… Aventura do fazer já mostrava as características que marcam o grupo. Seu elenco mistura crianças e adolescentes, com idades entre 07 e 18 anos, orientados por um grupo de profissionais conhecidos da cena teatral da Bahia
Coreógrafos, músicos, dramaturgos, iluminadores, cenógrafos, todos se voltam ao desafio de fazer espetáculos que tenham em palco crianças, mas que, além da função educativa, também possam apresentar uma inegável qualidade artística.

(Página 7 – Fotos) 

Projetos

A Companhia Novos Novos há quatro anos desenvolve projetos que tratam o exercício e a apreciação da arte como necessidades importantes ao homem e ações imprescindíveis à sua formação. Nesse contexto, a Companhia vem se destacando na cena artística pelos trabalhos ricos em ideias e que despertam uma contínua preocupação com a responsabilidade social, com destaque para:

As Oficinas

A oficina de teatro para crianças possibilita o contato com o lúdico, estimulando a expressão infantil e a sensibilização através da arte. O principal desta proposta é dar às crianças um conjunto de ferramentas que lhes possibilite um melhor preparo frente á vida. Não querendo formar atores. Algumas das crianças que participam das oficinas podem até, durante o processo, descobriram uma vocação neste sentido. Mas a grande preocupação é mesmo mexer com os sentimentos das crianças usando-se a arte como instrumento, apostar numa formação emocional e na formação de um ser humano mais sensível.

A oficina de teatro para crianças abrange a faixa etária entre 7 e 12 anos, tendo como objetivo principal promover a integração de realidades sociais distintas, por isso a turma é composta por participantes pagantes e bolsistas. Alguns integrantes da Companhia Novos Novos vieram dessas oficinas promovidas pelo Vila Velha, e da parceria com a UNICEF.

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Projeto Escola

Através de projeto proposto à Secretaria Municipal de Educação e Cultura da Cidade de Salvador a Novos Novos já teve dois de seus espetáculos apresentados com sucesso, para a rede municipal de ensino: Imagina Só… Aventura do Fazer (2001 e 2006) e Mundo Novo Mundo (2003). Somados, os dois espetáculos trouxeram ao Teatro Vila Velha mais de 10 mil crianças da rede municipal de ensino.

Esse projeto agrega professores e alunos em um espaço comum, dividindo as mesmas experiências e aprendizados. A ideia é fornecer subsídios e provocações à plateia e aos professores, de forma a contribuir para a construção de uma visão a respeito do fazer teatro na escola.

O Projeto propõe mais do que a simples assistência de um espetáculo. Queremos oferecer às crianças e aos educadores da rede municipal de ensino a ida ao teatro como uma atividade artística e lúdica, que possa alimentar e enriquecer o processo criativo.

A idade dos atores e suas realidades, tão próximas da plateia formada por estudantes do ensino fundamental, apontam para outro ponto positivo dessa proposta. As semelhanças quebram barreiras e aproximam o espetáculo do público, envolvendo em um mesmo ambiente atores e plateia, todos compartilhando da mesma essência lúdica inerente à condição da criança.

Projeto Vila Novos Novos I e II

A arte é o instrumento natural de sensibilização do ser humano. E o teatro tem especial destaque nessa missão educadora.

Em 2005 e 2006, a Novos Novos promoveu o projeto Vila Novos Novos I e II, que conta com o patrocínio da Coelba e do Governo do estado da Bahia, através do Fazcultura, realizando oficinas artísticas de teatro, dança, música, artes plásticas e trabalhos que explorem a ludicidade em atividades como culinária saudável e educação ambiental para crianças e oficinas básicas de iluminação cênica, cenotécnica, identidade cultural e teatro para jovens, sempre com enfoque no desenvolvimento sustentável.

Tendo como público alvo 60 crianças e adolescentes com faixa etária entre 07 e 19 anos, moradores de comunidades populares de Salvador, ou seja, um público que certamente não teria como viabilizar esse querer artístico por dificuldades financeiras.

As oficinas são desenvolvidas tendo os integrantes do elenco infanto-juvenil da Companhia como facilitadores e os artistas colaboradores como orientadores. Essas atividades são desenvolvidas no Teatro Vila Velha, não sendo cobrado nenhum valor pela participação desses jovens nas oficinas.

Num segundo momento, jovens dessas oficinas são selecionados para a remontagem das Companhia. Esses jovens são incluídos ao elenco da Cia. Novos Novos e ajudam a fazer retornar à cena os seus espetáculos.

Outro foco do projeto é a publicação literária da trilogia dos textos da Companhia. Esse livro, além de conter os textos das peças, traz informações relativas ao fazer teatro, incluindo fotos e depoimentos dos participantes. Ainda como meta, a Novos Novos gravou CD com todas as músicas compostas exclusivamente para suas montagens.

(Página 09 a 11) 

Os Espetáculos

A companhia Novos Novos realizou os seguintes espetáculos:

Imagina Só… Aventura do Fazer (2001)
Mundo Novo Mundo (2003)
Alices e Camaleões (2004)

Cada um desses espetáculos teve trajetória distinta, mas o combustível da jornada sempre foi o mesmo a ideia de que o teatro pode ser um centro que incentiva e faz multiplicar ideias e discussões.

Sobre o palco, pode-se tocar em assuntos importantes, ajudando a formar a consciência de mundo da jovem plateia. E também dos pais, já que quando o texto e o espetáculo são realmente interessantes, não existe uma faixa etária limite para sua apreciação.

Dessa impressão a respeito da arte nasceu:

Imagina Só… Aventura do Fazer, peça que estreou em 24 de novembro de 2003 e teve em seu elenco exclusivamente crianças: uma parte vinda do espetáculo Pé de Guerra (texto de Sônia Robatto e direção de Marcio Meirelles; 2000) e outra de seleções realizadas por Débora Landim durante as Oficinas do Vila.

Imagina Só… Aventura do Fazer foi realizada, então, a partir de várias leituras. O próprio argumento da história traz a relação com a peça Seis Personagens à Procura de um Autor, do dramaturgo italiano Luigi Pirandello (1867-1936), Prêmio Nobel de Literatura em 1934. Desse mote, levanta-se um universo no qual cabem fragmentos de crônicas de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), poemas de Helder Pinheiro, ideias nascidas a partir da leitura de tiras de jornais, como Calvin & Haroldo (criação do norte-americano Bill Watterson) e Mafalda (do argentino Quino). Toda essa informação foi acrescida de discussões a respeito de temas desenvolvidos em ensaios teóricos de Fanny Abramovich e também de jovens pesquisadores, que realizam estudos a respeito da construção da cultura infantil.

O material foi seguidamente revisado, discutido, pensado e modificado durante a realização do texto.

Imagina Só… Aventura do Fazer é, em essência, um texto-homenagem aos artistas que teimaram em criar para crianças. Também homenageia outro grupo de autores, aqueles de textos especiais, relatos que conseguem transpor a barreira da idade e conquistar leitores de diferentes gerações.

Mundo Novo Mundo, que estreou em 13 de setembro de 2003. Mas um importante ingrediente desse espetáculo só apareceu quando seu texto já estava em andamento. A leitura do livro da escritora baiana Gláucia Lemos, o sensível Luaral, um mundo absurdo foi um dos responsáveis pela instalação de um clima poético na história que nascia.

Circunstâncias difíceis, penosas, que são enfrentadas em um clima de suspensão da realidade; é assim Luaral, e assim também quis existir Mundo Novo Mundo. Na peça, há outra homenagem ao livro de Gláucia Lemos, através da inclusão do personagem Moby.

E mais títulos passaram de mão em mão durante a criação de Mundo Novo Mundo. Conhecemos a escritora norte-americana Karen Cushman através do seu Matilda dos Ossos; veio também Mohamed, um garoto afegão, do brasileiro Fernando Vaz; vimos filmes de ficção como o emocionante Inteligência Artificial, projeto de Stanley Kubrick (1928-1999) depois tocado por Steven Spielberg; olhemos informações sobre o aquecimento da Terra pelo efeito estufa, nível de poluição do planeta, desmatamento, o problema da escassa água doce…

Fechando a lista que serviu como argamassa para a construção de Mundo Novo Mundo, outros três livros e escritores especiais. Ítalo Calvino (1923-1985) achegou-se ao convívio de nossos estudos com seu Barão nas árvores. Já O Menino do Dedo Verde foi outro trabalho que, com sua arrebatadora força literária e poética, trouxe vários elementos para o texto definitivo de Mundo Novo Mundo. Obra de grande sucesso em todo o mundo, O Menino do Dedo Verde tem como autor o estupendo Maurice Druon, escritor francês nascido em 1918.

Por fim, o mestre: trechos de Romeu e Julieta, do poeta e dramaturgo inglês Willliam Shakespeare (1564-1616) ajudam a compor a dramaturgia de Mundo Novo Mundo em algumas cenas relacionadas aos personagens Cosme e Feila, do povo de Mundo Novo Mundo, e Katai e Maratum, da tribo dos Culpados.

Mundo Novo Mundo é uma peça que quer intervir na realidade, fazer as crianças (e também os pais) entenderem que habitamos um planeta vivo, que precisa ter seus recursos naturais preservados. Nessa montagem a questão ecológica é tema principal, mas não único. Também há espaço para se discutir o preconceito, a solidariedade e sentimentos como raiva, medo, esperança e amor, escreveu a diretora da montagem Débora Landim, à época da estreia.

Alices e Camaleões, estreou 07 de novembro de 2004, foi construído com a intenção de buscar uma maior alegria em cena. Com Mundo Novo Mundo ficou claro que o tipo de abordagem mais séria e taciturna era necessária, mas para uma companhia de teatro se mostrava também importante experimentar sempre novos climas cênicos a cada peça.

O tema de Alices e Camaleões veio da ideia de se juntar, em um mesmo projeto, dois desejos: homenagear os 40 anos do Teatro Vila Velha e também falar do nosso momento atual, com o planeta inseguro em meio a ditadores, terroristas, extremistas e presidentes imperialistas.

Alices e Camaleões é uma fábula moderna, que tem como núcleo a discussão sobre a prepotência e o convívio social. Em um mundo onde cada vez são mais comuns os atos extremos, Alices e Camaleões coloca em debate a imposição da opinião, tão presente na história da humanidade.

Para falar de ditadura, a peça também nos faz relembrar aspectos do governo militar imposto ao Brasil em1964. Um regime que, por coincidência ou ironia, implantou-se apenas alguns meses antes de ser inaugurado o teatro Vila Velha, casa de espetáculo que prima pela liberdade de expressão e criação; espaço baiano que tem a Novos Novos Como uma de suas companhias residentes.

Como material de apoio para a dramaturgia, foram pesquisados textos e documentos sobre o Golpe de 64 e suas consequências. A tirania observada em vários contos para crianças também foi estudada, e nesse quesito foram lidos trabalhos como as obras-primas do escritor inglês Lewis Carrol (1832-1898) Alice no País das Maravilhas e Através do Espelho e O que Alice Encontrou lá.

Junto ao alegre nonsensse defendido pelo trabalho de Carrol, suas observações sobre o poder, os poderosos e os que obedecem, foram de grande valia para a criação de Alices e Camaleões.

Outra inspiração que encorpou todo esse processo e também seu texto foi Yellow Submarine, filme psicodélico dos Beatles produzido nos anos 1960. As referências ao Quarteto de Liverpool emprestaram à peça Alices e Camaleões, sobretudo inspirações estéticas para a encenação e para a sua trilha sonora.

Os espetáculos da Companhia Novos Novos já foram apresentados para um público de 20 mil espectadores.

(Página 12) 

Teatro Vila Velha

Coordenação de Projetos, Programação e Gestão
Chica Carelli, Cristina Castro, Débora Landim, Fábio Espírito Santo, Gordo Neto, Gustavo Libório, Jarbas Bittencourt, Marcio Meirelles e Vinício de Oliveira Oliveira

Grupo Administrativo
Alessandro Sales, Iracy Duarte, João Evangelista, Jeudy Aragão, Joselina Graças, Josemar Graças, Gilca Miranda, Letícia Santos, Nalva Maria Santos, Paulo Gomes, Valdelina Graças e Vânia Santos

Grupo de Apoio à Programação
Camilo Fróes, Cell Dantas e Gabriel Moura (estagiário), João Meirelles (estagiário), Juliana Protásio, Maina Santana, Maise Xavier e Sheila de Andrade (estagiária)

Grupo Técnico
Edvan Santos Marques, Everaldo Belmiro, Gilmar da Silva, José Carlos Silva, Joilson Batista, Márcio Pimentel, Marco Paulo da Silva, Maurício Roque e Rivaldo Rio

Presidente e Vice da Sol Movimento da Cena
Márcia Menezes e Marísia Motta

Sociedade Teatro dos Novos
Ângela Andrade, Evelina Hoisel e Sonia Robatto

A programação do Teatro Vila Velha conta com o patrocínio de
(Logos) Funcultura, Governo Estado da Bahia

A manutenção do Teatro Vila Velha conta com o patrocínio de
(Logos) Petrobrás, Ministério da Cultura

Amigos do Vila
(Logos) Isotherm, Nova Brasil FM, IRPOS, SAÚDE Brasil, COT, SIGNS Now, Aluguel Mais, Mídia BUSDoor, Faculdades Jorge Amado

(Última Capa)

Novos Novos – Teatro Vila Velha
Avenida Sete de Setembro s/n – Passeio Púbico
Cep – 40080.570 – Salvador Bahia
Tel.: 55 71 3336.1384