Programa, 2004

Convite, 2004

Cartaz, 2004

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(INFORMAÇÕES DO PROGRAMA)

(Capa)

Cebion*

1º FESTIVAL-RIO DE TEATRO DE BONECOS

Mostra de Espetáculos
Seminário
Encontro de Coordenadores de Festivais

De 21 a 25 de janeiro de 2004
Dia 21 Teatro João Caetano
De 22 a 25 Teatro Glauce Rocha

Apoio

(Logos) Lei de Incentivo à Cultura/ Minc, Funarte, Lidador, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Jornal da Dança, ABTB

Realização

(Logo) ARTB – Associação Rio de Teatro de Bonecos

* A Persistirem os sintomas, o médico deve ser consultado. Contraindicações: Casos de litíase urinária oxálica e úrica; insuficiência renal; hipersensibilidade a qualquer um dos componentes da fórmula. MS:1.0089.0071

(Interior)

É com muita alegria que a Cebion abre 2004 apresentando um evento que resgata o papel do Rio de Janeiro na produção e na reflexão do teatro de bonecos no Brasil.

Com o patrocínio ao 1º Fest-Rio de Teatro de Bonecos, Cebion se posiciona como parceiro da cultura e reafirma seu objetivo de apoiar ações que beneficiem as pessoas, estimulando a imaginação e a criatividade, e oferecendo momentos de emoção a crianças, jovens e adultos.

1º Fest-Rio de Teatro de Bonecos

O Rio de Janeiro, por seu papel histórico, sempre foi um polo expressivo do teatro de bonecos. Também na trajetória dos festivais, sempre teve um papel marcante na difusão, na troca de experiências, no fortalecimento de suas organizações e na reflexão de temas oportunos.

Em 1958, a Associação Brasileira de Críticos Teatrais promove, no Rio de Janeiro, o primeiro Festival Brasileiro de Teatro de Bonecos e o primeiro Congresso. Depois, são realizados os I, II, III Festivais de Teatro de Marionetes e Fantoches do Rio de Janeiro, em 1966, 1967 e 1968. Como resultado da efervescência do movimento, na época, foi criada a Associação Brasileira de Teatro de Bonecos, ABTB, em 1973, cuja ideia nasceu ali, no Parque do Flamengo.

O teatro de bonecos, no país, cresceu muito, rompeu barreiras e marcou seu espaço. Mantém características próprias, como de incessante experimentação, de dedicação exaustiva de personalidades inquietas e com uma curiosa tendência de aglutinação de seus artistas e de seus estudiosos. Suas entidades organizativas, a nacional e as estaduais, driblam períodos difíceis e permanecem em atividade. No conjunto do panorama artístico brasileiro, identificam-se muitos grupos que são reconhecidos no Brasil e no exterior por seus trabalhos artísticos e pela implantação de preciosos centros de referência da nossa cultura. Da mesma forma, os Festivais de Teatro de Bonecos, que se destacam no calendário de eventos culturais brasileiros.

Estes rápidos registros são apontados, apenas, para justificar a persistência de algumas pessoas no sentido de recuperar, para o público carioca, um festival que cumpra um papel relevante como fazem os outros realizados no país. Estas pessoas foram Clorys Daly, Humberto Braga e Magda Modesto que, durante muito tempo, ficaram tentando transformar este projeto em realidade.

A programação do 1º Fest-Rio vai além da mostra de espetáculos. Inclui um Seminário, que tem como foco o panorama atual do teatro de bonecos brasileiro. Também inclui o Encontro de Coordenadores de Festivais de Teatro de Bonecos, como uma homenagem a esses parceiros e incansáveis batalhadores, oferecendo-os a oportunidade de reflexão sobre uma estratégia de ação conjunta e, portanto, mais forte, que facilite estas importantes realizações. E, ainda, o congresso da Associação Brasileira de Teatro de Bonecos – ABTB, que elege a sua diretoria para o próximo período, dentro da campanha de mobilização nacional denominada Viva ABTB Viva.

Na busca de apoio para realização destas atividade, apareceram pessoas sensíveis, na Articultura Comunicação e na empresa Merc, responsável pela marca Cebion, que perceberam a relevância do projeto. Mais do que a inclusão da logomarca de um patrocinador, ficam aqui, os agradecimentos por esta possibilidade de parceria que, desejamos, se estenda por muito tempo.

Ao nosso patrocinador, a todos que apoiaram esta iniciativa, aos participantes e ao público carioca, a ARTB faz um brinde de alegria e muito entusiasmo, desejando que sejam muito positivos os resultados deste nosso encontro, no alvorecer do ano de 2004.

                                                             Diretoria da ARTB, janeiro de 2004.

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Dia 21 de janeiro às 21h
Teatro João Caetano, Praça Tiradentes

Sevé

De Fernando Limoeiro e Wilma Martins
Zero Cia. de Bonecos, de Belo Horizonte

Depois de quinze anos dedicando-se ao público infanto-juvenil, a Zero Cia. de Bonecos apresenta um espetáculo para adultos.

Escrita por Wilma Rodrigues e Fernando Limoeiro, a peça conta o misterioso rapto da bela esposa de Sevé (Flor de Bonina) e a viagem que este inicia para descobrir seu paradeiro.

O espetáculo é apresentado como uma recriação do cancioneiro popular nordestino, repleto de religiosidade, tradições, crendices e canções que revelam a singularidade do povo do sertão brasileiro. Aproxima-se de uma epopeia, na qual o herói é um homem comum que tenta derrotar as forças do mal, personificadas pela figura do capiroto que se confunde com os prepotentes fazendeiros e senhores de engenho da década de 40.

O espetáculo estreou em novembro/2001. Atualmente, viaja por diversas cidades do país.

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Dia 22 de janeiro, às 19h
Teatro Glauce Rocha

O Princípio do Espanto

Direção e Concepção de João da Silva Araújo
Grupo Morpheus Teatro, de São Paulo

O espetáculo foi concebido por João da Silva Araújo e Roberta de Mello Casa Nova, que em novembro de 2002, formaram o grupo. É o resultado da pesquisa de uma técnica de teatro de bonecos, conhecida como manipulação direta.

Após os primeiros meses de pesquisa, notou-se que tudo giraria em torno da relação entre homem e boneco e da crescente percepção do boneco de não estar ele mesmo fazendo nada, mas sim, estar sendo movimentado e dirigido por alguém, o homem. Esta relação, não indiferente para nós, observamos como um espelho da situação humana. Nas palavras de Michel de Montaigne: “Nós não vamos, somos levados como objetos que flutuam, desta vez suavemente, de outra vez violentamente, assim como as águas de um rio são calmas ou raivosas.”

Trabalhando com essas ideias e com uma partitura de movimentos alcançada por um ator solista e seu boneco, o grupo começou a apresentar trechos de cenas em saraus e no Centro de Estudos e Práticas do Teatro de Animação, projeto patrocinado pela Lei de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo. Após estas primeiras apresentações, o grupo contou com a preciosa ajuda do bonequeiro argentino Sérgio Mercúrio, El Titiriteiro de Banfield, que mostrou a carência de dramaturgia nas cenas apresentadas, o que foi conseguido com o amável acompanhamento de Henrique Sitchim, diretor da Cia. Trucks de Teatro de Bonecos, que orientou o grupo para a construção da dramaturgia do espetáculo.

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Dia 23 de janeiro, às 19h
Teatro Glauce Rocha

Tainahakã, A Estrela Vésper

Texto de Marilda Chautard
Direção de Manoel Kobachuk
Centro de Animações, de Curitiba, Paraná

Tainahakã é uma estrela que desce do céu atraída pelo chamado da bela índia Kurimatutu, que está em idade de casar. Rejeitado por ela por se apresentar como um homem velho, é acolhido por sua irmã mais nova, Loyuá, com quem se casa e tem filhos. Tainahakã tem hábitos diferentes do povo Karajá, que vive somente da pesca e da caça. Com o passar do tempo, a família de Tainahakã cresce… Tainahakã some diariamente numa determinada direção o que se torna um grande mistério para todo Karajá. O que faz todos os dias tão longe? Tainahakã cultiva a terra e vai ensinar os Karajás a plantar e colher. Kurimatutu se arrepende de ter rejeitado seu amado e vira uma coruja Quarari quando Tainahakã se transforma num robusto e forte moço. Depois que toda nação Karajá já sabe cultivar o milho e outros vegetais, Tainahakã volta para o céu com toda a família, formando as Plêiades, Constelação das Sete Estrelas.

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Dia 24 de janeiro, às 11h
Na Fábrica da Merck

Música Maestro

Direção de Manoel Kobachuk
Centro de Animações, Curitiba, Paraná

Música maestro é um fantástico musical apresentado com marionetes altamente requintadas. Clássicos, rock, música regional brasileira, dança, vocais, jazz, etc. estão presentes, gerando na plateia momentos de raro prazer e de situações absolutamente inesperadas.

Vamos embarcar juntos nesta viagem generosa de tendências e descobrir que o sentido da vida é muito mais generoso, amplo e cheio de opções do que geralmente nos apresentam.

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Dia 24 de janeiro, às 16h
Teatro Glauce Rocha

A Viagem do Curumim

Texto de Antonio Carlos Soares e Jorge Crespo
Criação e Direção de Jorge Crespo
Cia. Jorge Crespo de Teatro de Bonecos, do Rio de Janeiro

Três anos de estudo e aperfeiçoamento, tanto do conteúdo quanto da estética, buscando oferecer às nossas crianças qualidade de diversão, informação verdadeira e arte teatral.

Para o autor do texto, o desafio foi criar uma dramaturgia atual, pois nossos irmãos índios não estão mais isolados dentro do país.

Eles participam e propõem formas de aproximação e união com a diferente cultura do “homem branco”.

Procuramos retratar seus anseios políticos e expectativas de sobrevivência cultural; e também o seu simples querer. Assim como os povos indígenas, os não índios também desejam, ou deviam desejar, o melhor para nossas crianças.

Acreditando estar contribuindo para o fortalecimento dos laços de união e compreensão entre “karaíbas” e “aborígenes”, convidamos a todos para uma viagem ao Brasil de hoje: A Viagem do Curumim.

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Dia 24 de janeiro, às 19h
Teatro Glauce Rocha

Sacy Pererê, A Lenda da Meia Noite

Cia. Teatro Lumbra, do Rio Grande do Sul
Ideia e Concepção de Alexandre Fávero

Monteiro Lobato, um dos nossos maiores escritores de livros infantis e fonte de inspiração deste espetáculo, foi o primeiro a registrar as histórias sobre o misterioso Sacy.

Um trabalho de pesquisa de opinião sobre o perneta, chamado inicialmente de “Mitologia Basílica”, foi iniciado e editado por Lobato em janeiro de 1917, no jornal O Estado de São Paulo e lançado no ano seguinte como livro, sem assinatura do autor, e com o título de O Sacy Pererê: Resultado de um Inquérito. Nele, foram registrados depoimentos, relatos de histórias e causos populares, riquíssimos em detalhes, com diferentes descrições de suas aparições e hábitos.

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Dia 25 de janeiro, às 16h
No Teatro Glauce Rocha

Pedro e o Lobo, de Prokofiev

Direção, Texto e Cenografia de Álvaro Apocalypse
Música Original de Sergei Prokofiev
Giramundo – Teatro de Bonecos, de Belo Horizonte

“É dever do compositor servir seus companheiros, embelezar a vida humana, e apontar o caminho para um futuro radiante”. Com esta afirmação cheia do otimismo pós revolucionário, Sergei Prokofiev anunciava em 1933, ao voltar do ocidente para a Rússia, sua terra natal, a função social de sua música: contribuir para a construção de um mundo melhor.

Neste momento, Prokofiev, recebendo sugestão de Natalie Satz, diretora do Teatro Infantil de Moscou, concebe a história de um valente menino e de um lobo, para ensinar às crianças as diferenças entre os instrumentos de uma orquestra. Após duas semanas, a música estava pronta.

A versão para bonecos de Pedro e o Lobo reforça com imagens a ideia inicial da versão musical: compartilhar com as crianças a estrutura elementar de uma orquestra, seus principais timbres e grupos de instrumentos.

O Giramundo optou pelo marionete a fio por sua ampla gama de movimentos, que proporcionam grande possibilidade de expressão. A figura e o texto do narrador, previstos na partitura de Prokofiev, foram substituídos pelos marionetistas que reduziram as intervenções explicativas dentro da parte musical e reforçaram as informações sobre os instrumentos musicais.

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Dia 25 de janeiro, às 19h
Teatro Glauce Rocha

Orixás

Texto e Direção de Álvaro Apocalipse
Giramundo – Teatro de Bonecos, de Belo Horizonte

O mais novo espetáculo adulto do grupo estreou no dia 11 de maio de 2001, no Teatro Giramundo.  A peça é diretamente baseada na Mitologia Africana, seus personagens e histórias. Ao falar sobre esse assunto, o Giramundo reafirma sua proposta de trabalhar temas importantes relativos à formação da Cultura Brasileira. Cobra Norato, 1979, ressalta o sentido de casamento entre a Cultura Ameríndia e a Européia, O Guarani, 1986, é uma reflexão sobre o choque de culturas no Brasil Colônia e Tiradentes, 1992, apresenta o momento histórico da Inconfidência Mineira. Os Orixás destaca a importância da Cultura Iorubá/Africana como elemento essencial para a construção de nossa identidade e completa este conjunto de visões sobre os processos de formação da Cultura Brasileira.

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Apresentando-se em espaços abertos:

Chico Daniel, do Rio Grande do Norte

O Calungueiro Chico Daniel

Francisco Ângelo da Costa nasceu em Assu, no Rio Grande do Norte, no dia 05 de setembro de 1941, filho de Daniel Ângelo da Costa e Luíza Ana Soares. Seu pai herdou de seu avô a profissão de bonequeiro, o que lhe valeu o apelido de Daniel dos Calungas.

Viajava com o pai, familiarizando-se com os mistérios do João Redondo, denominação do teatro popular de bonecos no Estado, e, a partir dos dezoito anos, passou a brincar por conta própria.

O espetáculo de Chico Daniel caracteriza-se por sua identificação com o João Redondo tradicional pelos tipos e pelas tramas que apresenta. Acrescenta algumas pitadas de inspiração urbana sem perder, entretanto, o estilo da brincadeira.

É um dos mais atuantes artistas populares, do gênero, no seu Estado e constantemente é convidado para se apresentar em encontros, festivais, no Brasil e no exterior.

Apresentação “off” Festival de Grupos do Rio de Janeiro.

(Verso)

Seminário 22 e 23 de janeiro

2ª Trajetória do Teatro de Animação no Brasil

Em foco: a realidade atual

22 de janeiro, das 14 às 18h
Auditório Murilo Miranda-Teatro Glauce Rocha

Experiências Práticas e Teóricas Sobre o Teatro Brasileiro de Títeres-panorama atual, tendo como referência trabalhos encaminhados e selecionados por uma comissão;

Dia 23 de janeiro, das 14 às 18h
Auditório Murilo Miranda-Teatro Glauce Rocha

Depoimentos de representantes dos Centros Brasileiros de Teatro de Bonecos

Com a finalidade de difusão, conhecimento e valorização dos esforços empreendidos pelos diversos Centros de Teatro de Boneco do país, sobretudo nas áreas da formação, da pesquisa e da documentação e da produção artística.

Congresso da Associação Brasileira de Teatro de Bonecos-ABTB 

21 a 23 de janeiro
21 de janeiro, das 15 às 18h
22 e 23 de janeiro, das 9 às 12h
Rio’s Hotel, Rua D.Pedro I, Praça Tiradentes

Encontro de Coordenadores de Festivais de Teatro de Bonecos

25 de janeiro, das 10 às 13h
Rio’s Hotel, Rua D.Pedro I, Praça Tiradentes

1º Fest-Rio de Teatro de Bonecos

Ficha tecnica-laranja

Comissão de Realização:
Clorys Daly, Daisy Schnabl, Gabriel Bezerra, Humberto Braga e Magda Modesto
Curadoria do Festival: Comissão de Realização
Curadoria do Seminário: Magda Modesto
Curadoria do Encontro de Coordenadores de Festivais: Humberto Braga
Produção Executiva: Clorys Daly
Assistente de Produção: Marilisa Santos
Coordenação de Palco: Jorge Crespo
Coordenação da Mostra Paralela: Gabriel Bezerra
Relatora do Seminário: Tânia Cetraro
Receptivo: Antonio Carlos
Assistente de Produção: Marilisa Santos
Secretaria: Gabriela Melo
Programação Visual: Opus4 Design
Assessoria de Imprensa: Andréa Cals

Agradecimentos

Articultura, em especial; Clarisse Cunha; Manoel Kobachuk; Funcionários do Teatro João Caetano e do Teatro Glauce Rocha e J. Yoko Produções