Programa do espetáculo que estreou no Teatro Gonzaguinha, em 2003

Convite, 2003

Barra

Marcos Ácher e Kelzy Ecard . Fotos: Massê Llordén

Raquel Iantas, Marcos Ácher, Helena Stewart, Kelzy Ecard e Alexandre Moffati

Barra

(INFORMAÇÕES DO PROGRAMA)

(Capa)

Prefeitura do Rio
Centro de Artes Calouste Gulbenkian
Teatro Gonzaguinha

LUDI VAI À PRAIA

Baseado no Livro de Luciana Sandroni
Direção Dudu Sandroni

(Página 01)

Apresentação

Ludi Vai à Praia conta a história da menina Ludi, a Marquesa dos Bigodes de Chocolate, as voltas com a poluição da Baía de Guanabara. Heroína de nossos difíceis tempos poluídos, Ludi mergulha literalmente de cabeça na missão de limpar nossa baía. No fundo do mar a menina conhece diversos seres do mundo marinho: Dona Concha, a Ostra Ostracilda, Zé do Polvo, Tatuí , e, juntos, vivem uma aventura cheia de peripécias em busca de uma solução para salvar a baía.

Nessa busca, escrevem cartas aos governantes, à Iemanjá, mas nada conseguem.
Desanimados os seres marinhos acabam decidindo partir, mas Ludi lembra-se do Velho Lobo do Mar: com certeza ele poderia ajudar. Dito e feito: carta enviada, resposta imediata. A solução estava no espirro da Baleia Azul, velha amiga do Velho Lobo do Mar. Ao soar do estrondoso “ATCHIN” da baleia, todo o lixo de um século foi espirrado para fora da baía, junto com a menina Ludi, que enfim, realizou seu sonho de limpar a Baía de Guanabara.

(Página 02)

Uma Aula de História com o Professor Marcos

“Há alguns séculos os índios tamoios, que habitavam essa região aqui do Rio, deram um nome pra ela: Guanabara, que em português, quer dizer “O Seio do Mar”.

Bom, aí os índios estavam aqui numa boa, nadavam, pescavam, brincavam… Faziam aquela festa.

Aí, lá pelo século 16 quando os portugueses chegaram aqui pensaram que a baía fosse a foz de um grande rio e puseram o nome da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Só depois que eles perceberam que na verdade estavam diante de uma das maiores baías do Brasil. Como a baía tem uma entrada fácil, bem larga, uma boa profundidade, dava pra todos os navios entrarem. O Rio se transformou num porto açucareiro. E pra encurtar a historia: na era do Petróleo; parte da baía foi aterrada. Hoje nós temos na orla da baía umas dez mil indústrias, alguns terminais marítimos de petróleo, umas duas refinarias que passam o dia inteiro sujando e poluindo o mar e isso sem falar no esgoto que a baia recebe diariamente. E essa é a triste historia da nossa tão bela Baía de Guanabara.”

(Marcos é professor de história e pai de Ludi)

(Página 03)

Elenco

Alexandre Moffati: Aluno, Seu Cláudio, Chico, Banhista, Zé do Polvo e Gaivota
Helena Stewart: Ludi e Gaivota
Kelzy Ecard: Professora, Dona Sandra, Banhista, Ouriços, Dona Concha, Gaivota e Baleia
Marcos Ácher: Aluno, Seu Marcos, Banhista, Tatui e Velho Lobo do Mar
Raquel lantas: Aluna, Marga, Banhista, Rei Barbatano, Gaivota e Ostra Ostracilda

Participações Afetivas
Repórter: Carmem Frenzel
Apresentador: Marcos França
Turista Argentina: Massê Llordén
Ambulante: Gilray Coutinho
Especialista: Dudu Sandroni
Policiais: Glauco Santos e Tatá Oliveira
Banhista: Daniele Alves

Ficha Técnica

Direção: Dudu Sandroni
Direção de Produção: Monica Farias
Iluminação: Djalma Amaral
Criação e Confecção de Bonecos: Fernando Sant’Anna e Toninho Lobo
Figurinos: Raquel Lantas, Com o Auxilio Luxuoso de Maysa Braga
Cenário: Eduardo Athayde e Ney Madeira
Direção do Vídeo: Geraldo Pereira
Programação Visual: Gabriela França
Assessoria de Imprensa: Nádia Ferreira / Palavra & Companhia
Fotos: Massê Llordén
Trilha Sonora: Edu Ribeiro
Textos Para o Programa: Sônia Travassos
Cenotécnico: Pará Produções
Costureira: Francisca Lima Gomes
Montagem de Luz: Alberto Timbó e Jacson Costa

Equipe de Realização do Vídeo
Direção e Fotografia: Geraldo Pereira
Assistente de Direção e Som: Bernardo Carneiro
Produção: Marcelo Oliveira
Direção de Arte: Kelzy Ecard
Figurinos: Raquel Lantas e Maysa Braga
Roteiro e Edição: Geraldo Pereira e Bernardo Carneiro

(Página 04)

Agradecimentos

Tadeu Borges Freire, Eleuza Mancini, Dadaê Companhia de Teatro, Leonardo Netto, Débora Salém, Tatiana Negri, Daniel Garcia e Luciana Cardoso.

(Página 05)

A Baía de Guanabara Hoje

Nos últimos 50 anos a Baía de Guanabara vem sofrendo cada vez mais um processo de degradação: o despejo de esgotos domésticos, o lixo, e resíduos das cinco mil indústrias localizadas em seu entorno, as toneladas de graxa e óleo lançadas dos navios petroleiros em suas águas, a pesca predatória, contribuem para o enorme estado de poluição encontrado atualmente. A Baía de Guanabara não mais comporta navegação comercial em sua área mais interior, em face da pouca profundidade, em função de grande assoreamento, não há mais vida marinha em extensas regiões, a pesca comercial decresceu 90% e os manguezais, importantes na manutenção da vida marinha, foram reduzidos à metade de sua extensão original.

A despoluição da Baía de Guanabara é muito mais complexa do que se possa parecer, e não se limita apenas a limpar diretamente o corpo d’água. Ações integradas no combate à erosão, ao desmatamento, à poluição das águas e do solo, também se fazem necessárias, e tudo isso está relacionado à ocupação do espaço e às condições de vida das populações locais.

Por isso, à ação do Estado se junta também à ação de toda a sociedade que vem se organizando em ONGS, ou mesmo atuando individualmente.

O Instituto Baía de Guanabara, por exemplo, é uma das várias ONGS que atua na preservação da Baía de Guanabara. Desenvolvendo estudos, organizando eventos de mobilização comunitária e educação ambiental, a ONG tem entre seus projetos o de Recuperação e Conservação de Manguezais: o replantio de 18,5 hectares de mangue encontra-se em plena execução e os resultados já podem ser sentidos.

Também não faltam ações individuais, como a de alguns pescadores que, percebendo a necessidade de ver os manguezais limpos para a preservação da vida marinha, arregaçam as mangas e fazem o que podem para limpar o espaço de seu próprio sustento.

(Verso da Última Capa)

Divertimento

1 – Dadinho divertido
2 – Caça palavras

(Última Capa)

Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro: César Maia
Diretora do Centro de Artes Calouste Gulbenkian: Maria Edite C. R. Dantas
Teatro Gonzaguinha:
Direção Artística: Dudu Sandroni
Administração: Monica Farias
Secretaria: Daniele Alves
Contrarregra: Carlos Alberto Gil
Operador de Luz: Alberto Timbó e Jacson Costa
Operador de Som: Guilherme Azevedo
Bilheteria: Jô Dutra

Realização

(Logos) Prefeitura da Cidade do Rio, Centro de Artes Calouste Gulbenkian

Apoio

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