Programa do espetáculo que estreou no Teatro Villa-Lobos, com temporada de 28.05 a 13.11.1988

 (INFORMAÇÕES DO PROGRAMA)

(Capa)

O MENINO MÁGICO

 Autora do livro: Rachel de Queiroz
Adaptação teatral e direção: José Roberto Mendes

Teatro Villa-Lobos
Av. Princesa Isabel, 440 – Copacabana
Reservas: 265-6695

(Verso Capa)

Pergunta-me a produção da peça tirada de O Menino Mágico. O que é para a autora, esse livrinho. Bem, pode-se dizer que O Menino Mágico é uma história de fadas, sem varinha de condão, sem nada da parafernália e dos efeitos especiais empregados habitualmente por feiticeiras e magos. As mágicas acontecem em meio às banalidades do cotidiano – vêem tão simples e naturais que, ao serem realizadas, as pessoas ficam pensando que se trata apenas de mais uma diabrura do menino Daniel.

E falando em Daniel, devo confessar que o tal livrinho eu o escrevi por encomenda expressa dele (“Vó, você nunca escreveu uma história especial para mim!”), então com oito anos. Submeti-me a sua supervisão, a sua rigorosa censura, a sua eventual colaboração. E no dia do lançamento do livro, foi ele que o autografou – afinal é muito mais importante e raro ter autógrafos do protagonista do que da simples autora.

Não posso aquilatar eu mesma do possível valor da historinha. Sorte é que a meninada parece que gosta, tanto que as edições se sucedem. Vamos ver agora o que resulta da adaptação teatral, feita com talento e entusiasmo por mestre José Roberto Mendes, autor vitorioso de outras peças igualmente baseadas em livros.

Do que vi, em ensaio, devo confessar que me senti muito gratificada. O jovem ator que encarna o Daniel – esse é para nenhum outro Daniel, nem o próprio botar defeito. Tem talento, gosto de atuar (O que me parece condição essencial ao bom artista), mostra o profissionalismo impressionante de um velho lobo do palco. E ainda por cima é bonito! O resto do elenco também de primeira, bem a altura do Daniel.

Resumindo – como autora de texto que originou a peça(o que me coloca efetivamente no meu papel de avó, avó da peça), sinto-me orgulhosa e feliz. E, mais que tudo esperançosa de que a família de D. Luizinha, operando no palco, virada em gente de carne e osso, venha a ser de verdade um grande sucesso.

O Menino Mágico

 

Autora do Livro: Rachel de Queirós
Adaptação Teatral e Direção: José Roberto Mendes
Assistente de Direção: Walder Virgolino
Iluminação: Cláudio Neves
Cenotécnica: Manuel e Pedro
Confecção de Figurinos: Mara Lopes
Diretor do Teatro: Moacir Deriquém
Realização: Núcleo Unificado de Artes e Consultor Assessoria e Planejamento

Programa da Peça
Edição: Luiz Paulo Silva
Redação: Taís Mendes
Diagramação: Reinaldo R. Jardim
Fotografia: Paulo Johas
Coordenação: Arnaldo Niskier

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José Roberto Mendes: Adaptação teatral e direção:

É diretor da TV Educativa, e em teatro dirigiu diversas peças infantis, entre as quais: Peteleco-Eco, de sua autoria, No País dos Prequetés, de Ana Maria Machado, Flicts, de Ziraldo, A Revolução dos Patos, de Walter Quaglia, e Natal Azul e Encarnado de sua autoria. Nas peças O Saruê Astronauta e A Constituinte na Nova Floresta, de Arnaldo Niskier, faz a adaptação teatral, além de dirigir a primeira.

Jonathan Nogueira

Começou sua carreira em 1984 no especial Casa de Brinquedos, direção de Augusto César Vanucci. No ano seguinte participou do especial Lápis de Cor, com Daniel Azulay. Trabalhou na novela Hipertensão, em 1986, no especial de natal de A Grande Família e no programa Chico Anysio Show, 1987. Aluno do curso de teatro Tablado, o pequeno ator de nove anos participou da montagem de Macbeth, famosa tragédia de Shakespeare, sob a direção de Ricardo Kosovisky.

Renato Neves

Estuda no teatro Tablado e já participou de várias peças infantis. Começou aos dez anos na peça Viagem à Montanha Encantada, no papel principal com produção e direção de Limachem Cherem. Mais tarde fez A Fada do Lago Azul, Chapeuzinho Vermelho, A Bruxinha que era Boa e Pinóquio em Aventura. Todas sob a direção de Cherem. Em peça adulta participou de Mariana Pineda, de Frederico Garcia Lorca, com direção de Lauro Góes, e Macbeth, de Shakespeare.

Em televisão participou da novela Corpo Santo e do programa Lupu Limpim Claplá Topô, da Rede Manchete. 

Raul Farias Lima

Começou fazendo teatro de rua, na peça Pastoril, direção de José Roberto Mendes e Luís Marinho, em 1980. Nos anos que se seguiram participou das peças: A Constituinte na Nova Floresta, de Arnaldo Niskier e direção de Rodrigo Farias Lima, Os Melhores Anos de Nossa Vida, direção de Domingos de Oliveira, e Corda Bamba, de Lygia Bojunga Nunes, com adaptação e direção de Ewerton de Castro. Em televisão trabalhou no programa Pixinguinha – 10 anos com a MPB, na TV Educativa.

(Página 2)

Cláudia Lewinsohn:

Sua primeira experiência em teatro infantil foi em 1986 na peça Fio de Linha, direção de Alice Koenow. No ano seguinte participou da Terra de Gigantes, de Vicente de Pereira e Ronaldo Resedá, sob a mesma direção. Participou de alguns filmes como o curta-metragem A Espera, direção de Maurício Farias e Luiz Fernando Carvalho, e o longa-metragem Lili Carabina, direção de Lui Farias. Além de atriz é artista plástica, tem um escritório de Programação Visual, e dá aula na Faculdade Estácio de Sá.

Beth Lamas

O seu primeiro trabalho infantil foi na peça Como a Lua, de Wladimir Capella. Ainda nessa área participou da montagem de Beleléu, de Romon Palut, com direção de Cláudio Torres Gonzaga. Outras peças: O Homem do Princípio ao Fim, de Millôr Fernandes e de direção de Clóvis Levy, Ataca, Felipe, direção de Luís Antônio Martinez Corrêa, O Ovo de Colombo, de Marília Gama e direção de Marcelo de Barreto, e Grafitti Coração, de Bernardo Horta e Marcos Milone, com direção de Bernardo Horta.

Walder Virgolino

O ator é professor de teatro da Faculdade da Cidade e da Casa de Cultura Laura Alvim. Dentre as peças que já participou destacam-se Medeia, de Eurípedes, com direção de Vilma Dulceti, Auto da Moralidade, com direção e autoria de José Ligiero Coelho, Antígona de Sócrates, sob direção de Roberto Nóvoa, Madre Joana dos Anjos, de Clóvis Levy e Tânia Pacheco, sob direção de Vilma Dulcetti, As Feiticeiras de Salém, de Arthur Miller, sob direção de Roberto Azevedo. Em teatro infantil trabalhou em A Constituinte da Nova Floresta, de Arnaldo Niskier.

(Logo) Banco BandeirantesProjeto Beneficiado pela Lei 7.505/86

(Página 3)

Edson Cabral

O início de sua carreira artística foi como cantor de música jovem. Participou do coral da Gama Filho, passando a atuar em diversos espetáculos, como Brazilian Follies, do Hotel Nacional, Golden Rio, do Scala, ao lado de Grande Otelo e Watusi, e Evita, onde fez o Magaldi, substituindo Wilton Prado. Trabalhou também em Os Destemidos Macabeus, com Daniel Barcelos, A Constituinte da Nova Floresta e O Saruê Astronauta, de Arnaldo Niskier, primeira com direção de Rodrigo Farias Lima, e a segunda com direção de José Roberto Mendes.

Anelena Cabral

Começou fazendo teatro de escola. Participou de várias peças: A Terra dos Meninos Pelados, de Graciliano Ramos, com adaptação e direção de Bia Lessa e Tonico Pereira, Timão de Atenas, de Shakespeare, com adaptação e direção de Aderbal Júnior, Além do Arco Íris, de Mércia Néri e direção de Aracy Cardoso, Ataca, Felipe, de Arthur Azevedo, com adaptação e direção de Luiz Antônio Martinez Corrêa, e A Constituinte da Nova Floresta, de Arnaldo Niskier, com direção de Rodrigo Farias Lima.

Lair Torres

Seu primeiro trabalho como atriz profissional foi em 1973, na peça Sermão Para um Machão, de Bernard Shaw, sob direção de João Bettencourt. Outros trabalhos: De Repente no Último Verão, de Tenesse Williams e direção de Martim Gonçalves, Pássaro da Morte, de Daltro Ribeiro e direção de Ruy Sandy, O Boulervard do Riso, de George Coppée e direção de Paulo Afonso de Lima. Em teatro infantil participou de várias peças como O Espantalho de Palha, Pedrinho Bolinha de Sabão, A Cidade da Lua Nova, Alice e os Gangsters e A História do Zero, todas de autoria e direção de Daltro Ribeiro.

Henrique Cazes: Arranjos

Professor de cavaquinho, sua formação musical é basicamente a da música brasileira. Fez muitos trabalhos na Rede Manchete, como as trilhas sonoras das novelas, Helena e Carmem. Tocou na Camerata Carioca, liderada pelo maestro Radamés Gnnatali, considerado o conjunto que marcou uma revolução dentro da linguagem da música instrumental brasileira. Em teatro de revista fez a direção musical da peça As Certinhas do Lalau e Tem Batibum na Ilha.

(Página 4)

Yeda Lewinsohn: Cenografia

A escultora e cenógrafa faz a sua estréia em peças infantis em O Menino Mágico. Já participou de várias produções de teatro e cinema. No teatro fez o cenário e adereços de Equus, de Peter Shaffer, o projeto para Something Unspoken, de Tenesse Willians. A Volta aos Bons Tempos, evento do Barra Shopping montado ao ar livre, entre outros. Como assistente de cenografia participou das peças Simon, Simon, Um Bonde Chamado Desejo e da Ópera Werther, no Teatro Municipal.

Valéria Meirelles: Secretaria Teatral

Tem feito um trabalho de secretaria teatral muito importante nos últimos anos. Participou das peças: O Saruê Astronauta, de Arnaldo Niskier e direção de José Roberto Mendes, e O Beco, sob direção de Leonardo Sttil.

Valéria Veríssimo: Divulgação

Como divulgadora já trabalhou em peças como Nosferatu, direção de Moacyr Góes, Antígona, direção de Helena Varvaqui, e Bafafá, sob direção de Gilles Gwizdek. Mas seu trabalho em teatro não é apenas em divulgação. Como atriz já participou das peças A Salamanca do Jarau, direção de Luís Arthur Nunes, Três vezes Shakespeare, roteiro e direção de Fábio Junqueira, O Resto da Rebordosa, direção de Fábio Pillar, entre outras.

(Logos) Natania – Edições e Jogos Criativos Ltda. e Caixa Econômica Federal

(Verso Última  Capa)

Caíque Botkay: Direção Musical

Formado em musicoterapia, assina em O Menino Mágico as músicas e a direção musical. Ele é professor da Escola de Teatro Martins Pena e da Casa de Artes de Laranjeiras (CAL), diretor de vários espetáculos na Sala Cecília Meireles. Já recebeu o prêmio de melhor música para teatro (Troféu Mambembe), em 1980, com a peça Cabaré Valentin, e em 1981 com a peça Puleiro dos Anjos. Ganhou o Troféu Mambembe de melhor texto infantil em 1981, com a peça Passa, Passa Tempo, além de quinze prêmios MEC/INACEN.

Lia Silva Mendes: Letras

Professora e escritora, além de autora de vários livros didáticos. Poeta dedica-se atualmente a literatura infantil, aliando a música e a poesia a educação brasileira. Trabalhou na Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro, tendo atingido a função de consultora em assuntos educacionais. Atualmente é Diretora de Produção Pedagógica de Bloch Educação.

Mirella Nocera:  Figurino

Ela é responsável pelos figurinos do acervo e das montagens atuais da FUNARJ. Em teatro já participou de várias peças: A Cinderela do Petróleo, de João Bettencourt, Keirbeck, A Pedra Negra, texto e direção de Eugênio Santos, tendo recebido três indicações para o prêmio Mambembe, Mangalô três Vezes, espetáculo de dança, sob a direção de Angel Vianna, Terra dos Meninos Pelados, de Graciliano Ramos e direção de Bia Lessa, Terra de Gigantes, texto de Vicente Pereira e Ronaldo Resedá, sob a direção de Alice Koenow, entre outras.

Zdenik Hampl: Coreografia

Bailarino, coreógrafo, ator e diretor de teatro. Concluiu em seu país (Tcheco-Eslováquia) a Faculdade de Direção e Dança, quando já atuava como bailarino no Teatro Municipal de Praga. Fez várias excursões pela Europa e está radicado no Brasil há muitos anos. Foi criador do grupo de dança Vacilou Dançou, e coreografou várias peças de teatro como Calabar, Rock Horror Show, entre

outras. Em novela participou de Baila Comigo e Água Viva.

(Última Capa)

Não percam!

A Magia do Teatro Infantil

Uma coletânea reunindo dez importantes peças infantis. As crianças vão adorar este lançamento.

A Constituinte da Nova Floresta: de Arnaldo Niskier
O Menino Mágico: de Rachel de Queiroz
Flicts: de Ziraldo
Natal Azul ou Encarnado: de José Roberto Mendes
O Papo-Furado: de Pedro Bloch (inédita)
Mônica e Cebolinha no Mundo de Romeu e Julieta: de Yara Maura Silva
O Saruê Astronauta: de Arnaldo Niskier
A Viagem de um Barquinho: de Sílvia Orthof
O Palhacinho Pimpão: de Lúcia Benedetti Magalhães (inédita)
Tempo Quente na Floresta Azul: de Orígenes Lessa

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